O Magistério da Igreja Católica, em matérias de matrimónio, família e amor conjugal, foi sujeito a uma avaliação, durante todo o processo sinodal que agora se encerra. Desde as paróquias, passando pelas dioceses e pelas conferências episcopais, até às duas assembleias sinodais, todos os fieis foram chamados a pronunciar-se sobre várias questões relacionadas com o tema da família. Foram levantadas e debatidas várias questões controversas, algumas por iniciativa do próprio Santo Padre, as quais colocaram em causa a continuidade da hermenêutica tradicional do Magistério da Igreja.
Finalmente, o Papa Francisco publicou a exortação apostólica, Amoris Laetitia, e todas as questões levantadas deveriam estar agora esclarecidas, mas as dúvidas persistem, dada a variedade de interpretações a que o documento se presta.
Neste momento, um pouco por todo o lado, pergunta-se o seguinte:
- O adultério é ainda um pecado mortal?
- E a prática de relações homossexuais?
- O pecado mortal ainda conduz ao inferno?
- Será que o inferno existe mesmo?
- Deve-se comungar quando se vive objetivamente em situação de pecado mortal?
- Os chamados “percursos de discernimento pessoal e pastoral” são também para os “recasados” pela 2ª e 3ª vez? Qual é o número máximo de “recasamentos” admissível nesta solução pastoral?
- Os pecados podem ser absolvidos a quem não se arrepende ou não tenciona corrigir a situação pecaminosa em que se encontra?
- São João Batista teve um coração duro em relação a Herodes e Herodíade?
- Henrique VIII e Ana Bolena não receberam misericórdia de São Tomás Moro? Nem o acolhimento de São João Fisher?
A “teóloga” Vicky Pollard ajuda-nos, de uma forma simples e pragmática, a perceber a nova resposta para todas estas e outras questões semelhantes.
Tradução: Sim, mas não, mas sim, mas não, mas sim, mas não, mas…
Ou em alternativa, de forma não menos simples nem menos pragmática, podemos seguir o tradicional Magistério da Igreja, nestas e noutras questões morais, doutrinais ou pastorais, cuja resposta foi sempre bem clara e segura.
Basto 4/2016