
Os jornais portugueses informam que o Papa Francisco recusou aparecer em moeda de dois euros comemorativa da sua visita Portugal em 2017, a qual seria emitida pela Imprensa Nacional Casa da Moeda para assinalar a sua presença no Centenário das Aparições de Fátima. Estas iniciativas são normais em datas significativas e o número limitado destas moedas conferem-lhe uma utilidade limitada quase exclusivamente ao colecionismo numismático.
Recusar aparecer cunhado numa moeda é uma atitude piedosa e cheia de simbolismo, uma forte mensagem cristã, uma vez que o dinheiro é muitas vezes associado ao pecado. Porém, quando essa decisão se cinge, aparentemente, apenas à viagem a Portugal, ao Santuário de Nossa Senhora de Fátima, acaba por provocar alguma estranheza.
O Papa Francisco foi já tema da face de várias moedas comemorativas, inclusivamente alusivas a outras viagens pastorais, algumas até talvez menos significativas, entre as quais Filipinas, Sri Lanka e EUA. Porquê esta recusa em relação à moeda comemorativa da sua viagem a Portugal? Será que o Santo Padre virá mesmo a Portugal ou ainda não tomou essa decisão?
O ano de 2017, por diversas razões, é um ano chave na história da Igreja e da humanidade, é um ano em que se assinalam os centenários de diversos acontecimentos relevantes que tiveram lugar ao longo dos últimos 400 anos. Com efeito, a agenda papal deve ser muito concorrida em relação ao próximo ano. Neste contexto, convém lembrar os portugueses que, apesar de toda a euforia criada em torno de uma eventual presença do Santo Padre na Cova da Iria em 2017 para celebrar o Centenário das Aparições, essa presença ainda não foi confirmada, apesar de faltar pouco mais de meio ano para o evento. Nem o próprio Presidente da República Portuguesa conseguiu obter ainda a confirmação papal, ao contrário do que se verificou, por exemplo, em relação à viagem do Santo Padre à Colômbia ou ainda no caso da sua espantosa presença na Suécia para festejar a reforma protestante.
P.S.: Aproveitemos ainda este texto para reparar na integridade e na ortodoxia da Esquerda Portuguesa. A sua pureza doutrinária e o zelo pelo cumprimento dos seus mandamentos marxistas deixariam personagens como Vladimir Lenin, Mao Tse Tung ou até o próprio Karl Marx completamente perplexos se ainda fossem vivos. Já nem os camaradas Fidel Castro e Evo Morales mostram hoje tanta “fobia” à Religião Católica.
Basto 8/2016
Atenção Alex, apesar da notícia, a probabilidade de o Papa vir Fátima continua a ser maior do que a de não vir… Mas temos de estar atentos aos detalhes e a verdade é nem o Papa, nem qualquer outra fonte oficial do Vaticano confirmou ainda essa possibilidade, vá-se lá saber porquê… O que não tem muita lógica, por enquanto, é a euforia que já se vive por aqui.
Uma correção, se me permite: a Rússia será consagrada, temos essa garantia das palavras de Nossa Senhora, mas não a tempo de evitar os anunciados castigos. Como dizia o Pe. Malachi Marti, “it will be made late, but not too late”.
Nossa Senhora da Conceição nas águas do rio Paraíba? Nunca ouvi falar! Algum link?
Pois claro, que ingenuidade da minha parte… É claro que conheço a história da Nossa Senhora Aparecida! Não me lembrava do nome do rio nem associei à Nossa Senhora da Conceição! Que disparate!
Malachi Martin, para mim, é uma das figuras mais fascinantes do séc. XX, adoraria conversar com ele.
Vídeo interessante.
A grande revelação para mim é mesmo o ano de 1717, nunca tinha reparado. Estamos a falar de uma data bastante anterior à da independência do Brasil portanto, para mim, é mais uma importante prova da presença constante da Virgem Maria na história de Portugal e da Portugalidade, e em particular este nosso grande desígnio mundial na defesa do dogma da Imaculada Conceição. Sem dúvida, mais uma data que dá ao ano de 2017 um significado especial. Obrigado Alex.
De nada, Basto!
Obrigado também pelo seu comentário! Essa relação de Portugal com a Imaculada Conceição é também muito interessante. Se não me falha a memória, o Pe. Paulo Ricardo comentou isso em um dos programas dele sobre Nossa Senhora de Fátima. Não me lembro exatamente se ele mencionou a Imaculada Conceição como marca da Portugalidade, mas ele falou bastante da vocação católica de Portugal e de que o Brasil é herdeiro ou participante dessa mesma vocação.
Obrigado pelos links.
O próprio Malachi Martin era uma figura controversa e continua a ser.
De nada!
As figuras controversas são interessante!
Moeda oficial do centenário das aparições:

Um trabalho bonito que recupera o escudo português.
http://www.agencia.ecclesia.pt/noticias/nacional/fatima-2017-imprensa-nacionalcasa-da-moeda-lanca-edicao-comemorativa-pelo-centenario-das-aparicoes/
Selos dos correios comemorativos:

http://www.mediotejo.net/fatima-ctt-lancam-peca-filatelicas-do-centenario-das-aparicoes/