Na homilia de 24 de fevereiro, na Casa de Santa Marta, o Papa Francisco exortou os fiéis evitarem a lógica de casuística no juízo moral. Focando-se no tema do divórcio, tratado no evangelho do dia (Mc 10, 1-12), o Santo Padre condenou a hipocrisia dos fariseus que abordaram Jesus através de uma “lógica casuística” que é “um engano”.

A abordagem casuística é um raciocínio moral feito caso a caso, que se baseia nas particularidades de casos concretos para justificar a licitude de algo moralmente ilícito.
O “caminho de Jesus”, de acordo com o Santo Padre, não é o “da casuística” mas sim o “da Verdade”, o “da misericórdia”. O caminho da misericórdia verdadeira, do arrependimento – acrescentamos nós…
A palavra de Deus é taxativa no que diz respeito ao Matrimónio, conforme atesta o texto do evangelho sobre o qual o Papa pronunciou a homilia aqui referida.
Jesus disse: «Quem se divorciar da sua mulher e casar com outra, comete adultério contra a primeira. E se a mulher se divorciar do seu marido e casar com outro, comete adultério.» (Mc 10, 11-12)
O eufemismo “situação irregular”, utilizado frequentemente pela nova pastoral católica menos comprometida, equivale semanticamente ao termo “adultério” utilizado por Jesus Cristo no evangelho. Um pecado considerado grave, aliás mortal.
A Igreja deve ter todos os cuidados pastorais para com aqueles que mais necessitam, mas não pode, em caso algum, através da Sagrada Comunhão, oferecer a condenação eterna a quem não se encontra em condições de comungar (1Cor 11, 29).
Ao pretender-se atribuir legitimidade a uma relação adúltera, seguindo uma análise caso a caso, centrada na consciência individual e em outras particularidades, é entrar numa lógica de casuística, que dá aparência de verdadeiro juízo moral mas não passa de um sofisma, uma falsidade.
Agora só falta entender o que é o tal “discernimento”…
Será que o Santo Padre começou finalmente a perceber o sofisma doutrinal da heresia kasperiana, que ele mesmo tem promovido, de forma obstinada e incansável, desde a sua primeiríssima oração do Angelus?
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Basto 3/2017
O que ele diz (nesta intervenção), está correcto. Então qual o objectivo, do “discernimento” na malfadada Amoris Letitia?
Para quê essa reinvenção da Igreja no “Caminho Sinodal”?!
Se a ideia não é a casuística, sou obrigada a concluir que, o que se pretende é mesmo estender essa desgraça a toda a Igreja e, não apenas focada na Amazónia ou Alemanha.
Senão, vejamos o que está determinado na preparação para o próximo Sínodo da Alemanha, se é que se pode chamar aquilo de Sínodo?! São remendos podres para rebentar mais rápido. Uma verdadeira catástrofe… De qualquer forma o que afirmo não é novidade para ninguém.