Há dias, meio a brincar, admitimos aqui a possibilidade de tentar aprender a jogar críquete, mas, neste dias, a realidade ultrapassa os nossos próprios devaneios… A Santa Sé já possui uma equipa masculina de críquete para “enfrentar muçulmanos, hindus e também anglicanos” e pretende atrair ainda freiras para esta missão.

O objetivo destes padres e seminaristas de Roma, uma espécie de missionários modernos, não é bem levar a Boa Nova aos gentios, mas antes proporcionar o “encontro” com eles, mais concretamente, encontros de críquete. Nestes encontros, Jesus Cristo, o nosso Deus, é tão respeitado como todas as outras divindades pagãs ali representadas, acabando por funcionar como mero fator de diferenciação emblemática entre todos os que adoram o críquete.

Como estamos na celebração do Centenário das Aparições, esta gente, movida por uma espiritualidade moderníssima, resolveu associar-se às celebrações de Fátima através da realização de um torneio de críquete inter-religioso…

Já tivemos outras iniciativas pastorais semelhantes e, honestamente, isto até podia ter sido bem pior…

Talvez estes padres e seminaristas, amantes do críquete, não tenham reparado que a mensagem de Fátima é, na verdade, um apelo urgente à conversão. Mas conversão a quê? O “encontrismo”, ao desvalorizar Jesus Cristo, o único caminho de salvação, não pode ser um fé muito fiável.
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Basto 4/2017
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