
ROMA, 28 de abril, 2017 (LifeSiteNews) – O Papa Francisco voltou a falar criticamente dos fiéis que abraçam fortemente a doutrina católica, recorrendo a termos pejorativos que tem usado com frequência como a hipocrisia e o fariseísmo.
“Vocês não podem ser mais restritivos do que a própria Igreja”, disse ele a uma associação de leigos reunida na manhã de quinta-feira no Vaticano, “nem mais papistas que o Papa”.
Dirigindo-se ao Congresso do Fórum Internacional da Ação Católica, na Sala do Sínodo, o Papa disse aos participantes que queria que eles estivessem entre o povo e que há uma necessidade de “misericórdia ativa”.
O tema do encontro de três dias da associação foi “Ação Católica é missão com todos e por todos”.
“Não sejam guardas fronteiriços”, disse ele à conferência.
“Por favor, abram as portas”, pediu o Papa Francisco, “não administrem testes de perfeição cristã porque só promoverão um fariseísmo hipócrita”.
O Papa tem falado, por várias vezes, como se a projeção de um ideal cristão fosse algo inatingível.
Ele também alertou na quinta-feira contra a tentativa de clericalizar os leigos.
Convocar os leigos para uma vocação porque realizam um valioso serviço à Igreja, em vez de deixar isso para o Espírito Santo, “preocupa-me”, disse o Papa Francisco, de acordo com o Catholic Herald. “Não clericalizem!”
O Papa falou também negativamente sobre “o proselitismo ou a coerção” que, como reportou o Catholic Herald, “vai contra o evangelho.”
“Fico triste por ver pessoas que estão no ministério – leigos, consagrados, sacerdotes, bispos – que ainda jogam a carta de proselitismo”, afirmou. “Não! Isso é feito com a atração. Essa é a frase genial do Papa Bento XVI “.
A noção de trabalhar para converter os outros à Fé é algo que ele criticou de forma repetida anteriormente.
No mês passado, em entrevista ao jornal alemão Die Zeit, o Papa Francisco, no âmbito de uma discussão sobre a crise de vocações na Alemanha, condenou o proselitismo.
“Isso não tem nada a ver com o proselitismo”, afirmou ele em relação ao baixo número de sacerdotes na Alemanha. “Pelo proselitismo, não ganharão vocações…”
Definiu o proselitismo como “a caça àqueles que têm uma fé diferente, como acontece com uma organização de caridade que caça membros. Depois vêm muitos jovens que não se sentem chamados e arruínam a Igreja.”
O Papa afirmou, em outubro, que “existe um pecado muito grave contra o ecumenismo: o proselitismo. Nós nunca devíamos proselitizar os ortodoxos! “
Mais tarde, nesse mesmo mês, durante uma reunião com peregrinos luteranos no Salão Paulo VI, no Vaticano, ele apelidou o proselitismo religioso de “veneno”.
Numa entrevista de 2013, o Papa afirmou que “O proselitismo é um completo absurdo, não faz sentido“.
No ano seguinte, dirigindo-se a um movimento apostólico, o Papa Francisco desencorajou o proselitismo, “porque não funciona“. Também citou então o Papa Bento XVI dizendo: “A Igreja não cresce pelo proselitismo, mas pela atração”.
A desaprovação dos católicos que mantêm o ensino e a tradição da Igreja em alta consideração tem sido muito frequente em todo o papado de Francisco.
Em janeiro de 2016, afirmou que os católicos que dizem “sempre foi feito desta maneira” têm um “coração fechado”, “nunca alcançarão a verdade completa” e estão “fechados às surpresas do Espírito Santo“.
Numa homilia de junho de 2016, o Papa pregou contra a rígida aplicação da doutrina da Igreja, chamando-a de “as cadeias da rigidez das leis”. Acrescentou que a Igreja nunca nos ensina “isto ou aquilo” e “Isso não é católico, é herético“.
Em novembro de 2016, ao avaliar o crescente número de jovens que abraçaram a Missa Latina, perguntou: “Porquê tanta rigidez?”
“Cavam, cavam, essa rigidez esconde sempre alguma coisa, insegurança ou até algo mais”, declarou o Papa Francisco. “A rigidez é defensiva. O amor verdadeiro não é rígido.”
As suas críticas são tão numerosas e direcionadas que até levaram um bloguista, no Reino Unido, a anotá-las continuamente numa lista intitulada “O Pequeno Livro de Insultos do Papa Francisco”.
A edição original deste texto foi publicada pelo LifeSiteNews a 28 de abril de 2017. Tradução: odogmadafe.wordpress.com
Nota da edição: o conteúdo do artigo acima é da inteira responsabilidade do seu autor, salvo algum eventual erro de tradução. Sempre que possível, deve ser lido na sua edição original.
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Basto 5/2017
Vale a pena perder tempo a ler os textos do Papa à procura de um pepita católica no meio da escória secularizante? Cada vez mais me convenço que não.
O tempo é mais importante que o espaço – diz ele. Um dia todos os seminaristas e jovens sacerdotes nados e criados nos tempos dos outros senhores chegarão a bispos e a cardeais e – se Deus quiser –
teremos novamente um Papa católico.
Entretanto, é preciso termos cuidado para não levarmos com uma parede em cima durante o processo de demolição em curso.
“O tempo é superior ao espaço”, não é isso a tal teoria da “completude” que já tínhamos aqui tratado antes? Os jesuítas portugueses parecem que levam muito a sério essa nova doutrina.
Pessoalmente, acho que a doutrina moral da Igreja é, de um modo geral, bastante fácil de entender, embora, por vezes, difícil de seguir quando nos deparamos com o caminho da cruz… Não vale a pena complicar aquilo que sempre foi simples.
Temos o caso de vermos vários Jesuítas que quando falam estão muito longe da doutrina Tradicional, vimos logo com o novo superior.
Como o Papa também é Jesuita em parte o que se vê pode também ser resultado de um problema de grupo.
Não sei se se pode generalizar, mas temos visto uns avanços muito preocupantes da parte de proeminentes jesuítas, mesmo sem nos referirmos propriamente ao Papa.
Somos assim tão maus em comparação com os cristão de outras eras para merecermos estar a passar por isto tudo?
Aparentemente, sim. Miserere Nobis.
Sinceramente também penso que sim João, a nossa geração merece tudo isto e ainda aquilo que – acredito que – estará ainda por vir!
No fundamental que é na relação com Deus somos, porque invertemos os papeis.
Apesar de em muitos casos vir do ensino que recebemos e de nos deixarmos levar por uma religiosidade muito superficial. É muito fácil seguir nessa superficialidade.
O que têm de bom estas acções do Papa e de muitos outros membros é permitirem as pessoas acordar do que se passa.
Em relação a sermos maus e da inversão dos papeis dou o exemplo do abandono da batina e do hábito religioso. Podia-se até de certa forma aceitar se considerar-se apenas como um abandono para se tornarem mais simples e parecidos com o mundo. Mas o pior é passar a usar a batina/clergyman/hábito religioso só nos momentos solenes do mundo. Ou seja, um símbolo que era indicativo do abandono do mundo passou a ser um símbolo de exaltação no mundo.
Concordo Francisco, as coisas absurdas a que temos assistido ultimamente fazem-nos sair de uma certa superficialidade religiosa, é como uma terapia de choque, autênticos baldes de água fria! Fazem-nos meditar e procurar a verdadeira essência das coisas…
Relativamente ao facto de os padres passarem a andar vestidos à paisana, é evidente que não abona muito a favor da credibilidade sacerdotal. A batina, que se tornou tão obsoleta e invulgar, é uma verdadeira armadura que transmite uma imagem de respeito e de santidade, embora não seja, em si, condição nem garantia de um melhor ofício pastoral.
Depois de ter lido, e já há alguns anos, as várias profecias de Nossa Senhora, tudo aquilo porque estamos a passar, neste momento, está lá de forma bem explícita: o SECULARISMO na Igreja, motivado pelo abandono da oração, da ganância materialista, da vaidade intelectual, consequência da proliferação dos “maus livros”, nas almas CONSAGRADAS, escolhidas para SALVAR A HUMANIDADE!
O DIABO não é o MACACO de Deus? Aquele que tenta IMITÁ-LO, sempre, mas para DISTORCER a VERDADE, oferecendo-nos uma Igreja paralela, aparentemente, mais HUMANA e, por isso, mais atractiva?
Pois, reparem, como ele sabe manipular o conceito de HUMANIDADE ou AMOR AO PRÓXIMO, para nos ENGANAR com falsas teorias e falsos conceitos de misericórdia barata que não SALVA, PORQUE NÃO CONVERTE, e é na CONVERSÃO que o mundo pode ser TRANSFORMADO para MELHOR , COM DEUS, E EM DEUS, porque é ELE que, Abençoando, “Transforma Todas as Coisas”!
Daí, penso eu, haver uma necessidade enorme de ORAÇÃO e ser muito propositado o CONSELHO de Jesus no livro — “O Evangelho como me foi Revelado”, de Maria Valtorta: “Para o fim, a confusão vai ser tão grande, que os Sacerdotes têm de ser SANTOS; não, como ANJOS, para que possam atrair as Bênçãos de Deus, para si, e para os demais!”
Ora, mesmo que ainda restem alguns com esse propósito, acho que a maioria está CEGA pelo que é mais fácil. E o que mais me dói, é ver alguns, com quem privei de perto, deixarem influenciar-se e, aos poucos, perderem a LUCIDEZ que, tantas vezes, nos transmitiram!