Santo Padre condena os católicos que rezam a “oração do papagaio”

Na sua homilia do dia 4 de abril, na capela da Casa de Santa Marta, na presença do Presidente da República Italiana, Francisco condenou os católicos que rezam a “oração do papagaio”, numa alusão à repetição de pai-nossos e ave-marias.

oração.do.papagaio
In Vatican News, 04/0472019.

De uma forma bastante confusa, o Santo Padre explicou que, na oração, é preciso ter a coragem de lutar com Deus para que Jesus interceda por nós junto do Pai.

Às vezes, quando vemos as pessoas que lutam com o Senhor para ter alguma coisa, pensamos que o fazem como se estivessem lutando com Deus, para chegar ao que pedem. […] É preciso muita coragem para rezar assim.

[…] E quando eu rezo, seja com a persuasão, seja com o mercantilizar, seja gaguejando, seja discutindo com o Senhor, mas é Ele que toma a minha oração e a apresenta ao Pai.

(Papa Francisco, in Vatican News, 04/04/2019)

Basto 04/2019

7 thoughts on “Santo Padre condena os católicos que rezam a “oração do papagaio”

  1. Maria Ribeiro 6 de Abril de 2019 / 11:36

    É curioso porque nesse mesmo dia, pelas 20h aconteceu na Paróquia de Fátima algo muito importante, com repercussão mundial, o “Mater Fátima”, transmitido pela media social, em muitos países, ao qual os Santuários Marianos internacionais, aderiram em força. Foi assim que, na Presença Real de Jesus Eucaristia, se rezaram muitos Padre Nossos e muitas Avé Marias…

    Temos aqui um balanço muito especial dos 6 anos deste pontificado, sempre muito pertinente, vindo do Prof. Roberto de Mattei…
    https://onepeterfive.com/mattei-francis-hypocrisy-lies/

  2. maria martins 6 de Abril de 2019 / 16:35

    Penso que, neste pequeno enxerto, o Papa Francisco não está a desvalorizar a oração do Pai nosso e da Avé Maria, mas, somente, aqueles que o fazem de maneira rotineira e sem meditar na mensagem que encerram; e eu contra mim falo! Quantas distracções, durante o Terço! Porém, acredito, que Deus Pai vê o Coração….
    No livro, “O caminho da Perfeição”, Santa Teresa de Ávila fala disso mesmo, afirmando, depois de explicar frase por frase cada Oração de que, num Pai Nosso bem rezado, está TUDO AQUILO de que precisamos para a nossa vida; não fosse Ele, a única Oração que Jesus ensinou…
    .Relativamente, à luta com Deus, eu interpreto, e com experiência própria que, às vezes, Deus testa a nossa Fé até ao limite. Ele conhece-nos melhor do que nós mesmos e, então, quase nos leva ao desespero e ao desânimo e, aqui, é preciso darmos o “grito do Ipiranga”, para que nos atenda, fazendo-nos sentir que é Ele que nos TIRA do fundo do poço e, assim, termos a certeza de que Ele, sempre, esteve no comando, embora, parecendo distraído… porque, se as coisas forem demasiado fáceis, poderemos pensar, que tudo não passou de uma ilusão ou coincidência!
    Também concordo que há pessoas que se limitam a rezar umas quantas Avé Marias, Pai Nossos e outras orações e, mesmo podendo, não se esforçam por fazer tudo o que delas depende, para ajudar os outros. Ensinaram-me, e Santa Teresa também o afirma, que Deus só age depois da nossa parte estar “toda” feita: Ele apenas completa, o que para nós for impossível: nunca substitui o Homem!
    Jesus, no livro de Maria Valtorta, “O Evangelho como me foi Revelado”, também Se queixa dos “papagaios”, que O louvam só com os lábios e cujo coração está longe!
    Contudo, não acredito que o Papa Francisco tivesse ido buscar essa metáfora lá, porque se lesse essa Obra, agiria de outra forma!
    E quanto a termos Jesus como 1º Intercessor, tendo sido Homem, dá-nos, claro, muita mais Confiança; e como passou pelos mesmos tormentos humanos…. sentimo-Lo mais perto das nossas fraquezas e, diante do Pai , mais apto a pedir como um irmão mais velho, que nos perdoe !

  3. maria martins 14 de Abril de 2019 / 13:43

    Também, aqui, ele poderia querer dizer que devemos ser persistentes e “aguerridos” na oração sem, contudo, perder a HUMILDADE. Vemos isso em alguns Santos e numa por quem nutro especial admiração e devoção: Teresa de Ávila.
    Penso ser do conhecimento da maioria, que no seu íntimo, ela também lhe custava perceber porque Deus prova os mais Fiéis e os mais Santos. Assim quando, numa viagem, para reformar um convento, teve um acidente e caiu do cavalo, ela refilou: ” Não sabes que vou em Teu Serviço? Foi, então, que ouviu uma voz que era a de Jesus: “Teresa, é assim, que trato aqueles que Me Amam”; ao que ela respondeu de imediato: “Agora sei, porque é que tens tão poucos!
    Deus não resiste a um coração contrito e, por vezes, o sofrimento é tanto , que dificilmente conseguimos conter a revolta, porque nada entendemos…

    No livro “O Evangelho como me foi Revelado” de Maria Valtorta, Jesus aconselha Marta a ser compreensiva e tolerante com Maria, depois da sua Conversão. Ela, Maria, viciada como estava, quando largou o pecado, tornou-se irascível ao ponto de se revoltar com tudo e com todos (tal como os drogados em tempo de abstinência) e Marta já não a conseguia aturar, indo desabafar com jesus, quase Lhe dizendo, que era melhor que Maria voltasse ao que era antes. Jesus, cheio de Paciência e Compreensão, porque conhecia o sofrimento de Maria, apenas, orientava Marta, para que tivesse paciência, a ajudasse e relevasse o que ela fazia, porque o processo era gradual e muito doloroso, mas valeria a pena.
    Por aqui, ficamos a Conhecer melhor o quanto Deus, que é Pai, também, releva as nossas revoltas, desde que sejam para nos CONVERTERMOS e VOLTARMOS À VERDADEIRA VIDA

  4. Luís Godinho 23 de Abril de 2019 / 19:02

    Desprezo total pela tradição cristã, nos vários tipos de oração seja súplica seja de outro modo. Inventa um novo tipo de espiritualidade e chama de papagaios quem não reza como ele. Está desmascarado este senhor não confirma na fé os católicos.

  5. maria martins 4 de Maio de 2019 / 12:55

    Luís, não sei a que se refere quando fala de traição à Tradição, porque os meus conhecimentos, somente, vêm, das catequeses que me ensinaram, da vivência da Palavra e da família; nunca estudei Teologia nem nada com ela relacionada, academicamente ou intelectualmente.
    Contudo, pelo que tenho aprendido, na leitura da vida dos Místicos a quem Jesus Revelou estratégias para melhor vivermos as Suas Mensagens, pude constatar, que todos eles tiveram “verdadeiros desertos”, com dúvidas avassaladoras onde a sua Fé foi TESTADA até ao limite, chegando a ter verdadeiros desabafos de “quase” revolta, por nada entenderem.
    Teresa de Calcutá, nas suas cartas, pede ao Director Espiritual que as queime, pois, teme estar a dizer heresias, tal era o seu sofrimento: “Não sei o que Ele, Jesus, ganha com isto”,ou, “Falo de Jesus e não sinto nada!”
    O Padre Pio chegou a temer perder a Fé… Teresa de Ávila nem entendia e questionava o porquê do sofrimento; o Próprio Jesus questionou o Pai na hora do ABANDONO: “PAI,PAI, PORQUE ME ABANDONASTE?!” Todas estas situações revelam a nossa fragilidade e incompreensão humanas, perante o sofrimento e isso não quer dizer que estejamos a REJEITAR Deus , mas sim, a Alertá-lo para os nossos limites que, apesar de os conhecer, Ele “teima” em testar!… Porém, acredito, que é aqui, que Deus vê, realmente, o quando “desejamos” ser-Lhe fiéis e, então, na maior parte da vezes, é quando Ele REDOBRA as Bênçãos e a Sua Graça, fazendo-nos entender que, sempre, esteve connosco: a tal purificação “no crisol”.
    Ora, tenho a certeza, de que o Nosso Deus prefere “aqueles” que o PROCURAM DE VERDADE , ATÉ, questionando o Seu Amor, do que o MORNOS que ele tanto diz abominar.

  6. Alex 30 de Maio de 2019 / 13:34

    Basto, eu achei uma homilia do Pe. Paulo Ricardo em Portugal na festa da Apresentação do Senhor este ano (Fátima – 02-02-2019). Como sempre, uma homilia muito bonita e bem embasada teologicamente. Interessante que ele falou também da vocação missionária e católica de Portugal, que levou a fé católica ao Brasil. Veja!

    https://youtu.be/3aRpM8bEmU8

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