A banda Gen Verde, uma girls band de pop-rock “católico” nascida no seio do Movimento Focolares, inicia, esta semana, uma digressão em terras lusitanas para apresentar à juventude o seu novo projeto “From the Inside Outside”.
Ao todo, as Gen Verde organizarão seis retiros – chamemos-lhes assim – onde, além dos concertos, serão dinamizados workshops de preparação dos jovens para a participação no próprio concerto, seguindo o propósito da fundadora do movimento católico onde a banda surgiu.
“[…] com o objetivo de elas, através da música, fazerem uma revolução. Uma revolução de amor em que, no fundo, através da música conseguiriam transmitir a ideia de que aquilo que é mais importante é este amor ao próximo e, através disso, criar um mundo mais unido onde a fraternidade universal fosse possível.”
(Madalena Sepúlveda Maia, Movimento Focolares; in Ecclesia, 23/04/2019)
O itinerário da girls band católica em Portugal passará por seis cidades portuguesas, começando no Minho e acabando no Algarve, e inclui uma atuação no Centro Pastoral Paulo VI, no Santuário de Fátima, no fim de semana anterior ao 13 de Maio.
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Basto 04/2019
Na minha juventude, tive um profundo contacto com este Movimento, embora nunca me tenha integrado na totalidade. Participei em várias ” Mariápolis”, em Fátima, recebia a Palavra de vida, mensalmente, e assinava a Revista. Devo-lhe muito, porque foi nele que sedimentei toda a minha Vivência Espiritual, adquirida na família, e por influência de outras andanças…
Colocando Jesus ” no meio de nós”, evocando a Palavra : “Onde dois ou três estiverem Reunidos em Meu Nome Eu estarei no meio deles, e tudo que pedirem ao Pai em Meu Nome, lhes será concedido”, vivi experiências concretas e maravilhosas da Acção de Jesus, no nosso dia a dia, completando o que para nós é impossível, além de aprender a CONCRETIZAR o AMOR AO PRÓXIMO, vendo, “SEMPRE”, Jesus, no outro, principalmente, nos mais fragilizados! A Radicalidade EXIGIDA, na VIVÊNCIA da Palavra de Deus, fascinava-me, o que já não posso dizer, hoje, pelo que assistimos na nossa Igreja; mas já na época, éramos apelidados de “fanáticos”.
Assisti a alguns espectáculos e confesso que, na altura, até gostava; porém, eram realizados, em lugares próprios, e nunca “profanando” Celebrações!
Hoje, “estou a Leste de toda a Organização do Movimento; ficou, apenas, a semente, que tento pôr a germinar, mas com muita MAIOR dificuldade, dado o panorama geral da nossa Igreja!
Muito provavelmente irei “meter a foice em seara alheia”, arriscando um comentário sobre aquilo que não conheço. Perdoem-me por isso. Se estiver enganada (e Deus queira que esteja), corrijam-me, por favor.
A minha sensibilidade ou instinto católico, me obriga a identificar, neste grupo um “certo odor” a “revolução”, ou NOM, GNOSE, uma espécie de Teologia da Libertação ou se quiserem o tal antropocentrismo exacerbado, centrado em ideologia hegeliana, gramsciana. Gramsci, seguidor das ideologias marxistas, na Escola de Frankfurt, “revolucionou”, de uma forma mais subtil, a cultura Ocidental, transformando-a, a fim de minar por dentro a Fé baseada na teologia aristotélico-tomista.
Assim vão inoculando, nos jovens a ideia, não da transcendência, mas sim na imanência deste mundo.
Tudo isto vem ao encontro do que oiço falar o Padre Paulo Ricardo:
“Todo o conteúdo do sagrado e do transcendente é esvaziado na imanência humana.
Tudo o que for necessário para favorecer a revolução será feito…O povo deve ser engajado num processo de engenharia social e a religião deve ser metamorfoseada quantas vezes forem necessárias para ajudar nesse processo. O revolucionário não busca a verdade, pois não crê em sua existência. E uma vez que o marxismo viu que não conseguia destruir a Igreja a partir de fora (Revolução Russa, Gulags, Guerra Civil Espanhola) partiu para uma nova tática: infiltrar-se na Igreja…”
O problema é que ninguém vê…e constatamos que a Europa, gradualmente se vai tornando pagã…com a chancela da Igreja…
Agora entendo porque é que o meu falecido pároco que era bastante conservador, nunca “via com bons olhos”, o desenrolar dos Focolares. Ele usava uma expressão muito interessante: “Muito humanos e pouco divinos”…
Amiga, ao contrário do que estás a pensar, posso afirmar tudo o que expus, porque o vivi; é um Movimento muito sério, com grande Espiritualidade, e Radicalidade na Vivência da Palavra, e com Provas dadas! Assisti a muitas Conversões onde JESUS VIVO, colocado no Meio de nós, completa a Sua Obra, tal como nos promete na Sua Palavra. Fiz vários retiros, em Fátima, sob a Protecção e Bênção de Nossa Senhora, daí o nome”Mariápolis”, onde aprendi a Rezar com a vida, reconhecendo, sempre, Jesus no irmão; Esse Jesus Abandonado, que vive nos mais fragilizados! Se assim fizermos, nunca mais teremos coragem de marginalizar, julgar ou ferir, seja quem lá quem for: a nossa vontade é sempre a de Amar Esse Jesus, no outro, mas com a Misericórdia que SALVA, sempre pronta a CONVERTER.
É a Concretização de tudo o que nos é ensinado, teoricamente, com a mais valia de sentirmos uma Motivação acrescida! Comigo, foi assim. Como já fazia tudo espontâneamente, e por Princípio, comecei a dar-lhe esse Sentido, ao ponto de verificar a Acção directa de Jesus no meio de nós! Vivi situações incríveis!
Depois, há a Unidade Fraterna como reflexo dessa Prática.
Se forem fiéis, podem ter a certeza de que JESUS, com o tempo, vai colocando situações cada vez mais difíceis, mas Ele nunca FALTA!
Chiara Lubich, sua Fundadora, quando começou, nunca teve a pretensão de chegar aonde chegou. Se, hoje, existem pequenos acidentes de percurso, filtremos o ESSENCIAL, porque onde o HOMEM entra, há sempre desvios: Só Deus perscruta o coração!
Amar o Próximo como a mim mesmo é Jesus que o manda, depois de Amar a Deus sobre todas as coisas. Porém, Ele diz-nos: Como podes dizer que Amas a Deus que não vês, se não Amas o teu irmão que vês?
Amar o Próximo, vendo Jesus no irmão, é o 1º passo para chegar a Deus! No nosso sim constante à Sua Vontade, em “todas” as atitudes, esforçando-nos por ser Perfeitos, é que está o segredo para que Ele Se manifeste. Deus sabe esperar, mas não quer nada pela metade! Amar, Amar sempre, foi o Novo Mandamento que Ele nos deu, porque até ali, que faziam os fariseus?
Logo, podem inventar teorias sobre a JUSTIÇA SOCIAL, chamando-lhe o que bem entenderem; se a nossa Fé não tiver obras, é vã, não é isso que Jesus, também, nos diz?
Sendo assim, devemos concluir, que Deus QUER que sejamos justos, fraternos e partilhemos com Amor, pois, como viviam os primeiros Cristãos? Até punham tudo em comum….
Se, hoje, existem doutrinas ateias, que incentivam à igualdade, usando a violência, por muito que nos doa, é porque nós, Cristãos, não SEGUIMOS o MESTRE e continuamos a sê-lo, pela metade… Daí, travarmos a Acção de Deus, escandalizando os demais.
Não é porque se fala do AMOR AO PRÓXIMO ou da PARTILHA e da IGUALDADE, que já somos todos Marxistas!
Então, Quem é Jesus? Ele Mesmo nos diz que não façamos acepção de pessoas, pois, somos todos filhos do Mesmo Pai que está nos Céus! Nem sequer permite, que chamemos mestre a ninguém ou doutor, porque só temos UM MESTRE, que é ELE!