Mais um ultra-misericordista para um alto cargo da Cúria Romana

O Papa Francisco nomeou o misericordista radical D. Charles Jude Scicluna, arcebispo de Malta, para Secretário Adjunto da Congregação para a Doutrina da Fé.

D. Charles Jude Scicluna, Arcebispo de Malta, ao lado de D. Mario Grech, Bispo de Gozo (Gozo é uma diocese sufragânea de Malta)

Scicluna foi um dos primeiros bispos do mundo a aderir à nova doutrina do Papa Francisco que tolera o divórcio e o recasamento. Neste sentido, logo em janeiro de 2017, publicou, em conjunto o bispo de Gozo, os critérios que autorizam a abertura da Sagrada Comunhão a praticantes habituais de adultério, nos termos do controverso documento Amoris Laetitia.

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Catholic Herald, 13 de janeiro de 2017.

O novo elemento da Congregação para a Doutrina da Fé é conhecido por tolerar e participar em cerimónias de apoio ao movimento LGBT nas igrejas de Malta.

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Malta Today, 18 de maio de 2014.

A página oficial da Arquidiocese de Malta faz questão de mostrar que D. Charles Scicluna teve muito gosto em receber de presente um livro de propaganda LGBT, intitulado “Os Nossos Filhos”, oferecido por elementos da comunidade gay Drachma.

O novo elemento do antigo Santo Ofício defende que o Estado deve criar legislação que proteja as uniões homossexuais, uma vez que tais uniões, segundo o arcebispo, “não deixam de ser um serviço à dignidade destas pessoas“, apesar de achar que a palavra “casamento” não é a mais adequada para estes casos…

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Página oficial da Arquidiocese de Malta, 01/07/2016.

Este homem foi convidado pelo Santo Padre para desempenhar um alto cargo no organismo da Igreja responsável por difundir a doutrina católica e defender a tradição da nossa fé.

Basto 11/2018

Fiéis de Malta rejeitam o sacrilégio imposto pelos seus bispos

Grupo de fiéis de Malta publicou uma súplica aos bispos locais para revogarem as orientações que promovem a comunhão de adúlteros. A súplica ocupa uma página inteira no mais importante jornal nacional e foi paga pelos responsáveis como uma informação publicitária.

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Times of Malta, 25 de janeiro de 2017

A pagina assume o formato de carta aberta dirigida aos bispos de Malta, intitulando-se:  Uma Súplica pela Verdadeira Misericórdia e Arrependimento. O grupo de católicos responsáveis está ligado à organização internacional Veri Catholici.

A carta exorta os bispos a serem de facto os “sucessores do Apóstolo Paulo nas Ilhas de Malta” e apela a todos os bispos católicos do mundo para defenderem a Sagrada Eucaristia e a Fé Católica nos sacramentos do Matrimónio e da Reconciliação.

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Página oficial da Igreja Católica em Malta

Malta é um  microestado insular localizado no Mar Mediterrâneo, tem apenas duas dioceses. A adesão dos seus dois bispos a esta nova “misericórdia” do Papa Francisco, implica toda a hierarquia religiosa daquela nação. Todos os sacerdotes malteses estão agora institucionalmente obrigados, pela hierarquia local, a praticar o sacrilégio de dar a comunhão a adúlteros.

Basto 2/2017

A ‘Alegria do Amor’ em Malta

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Manchete do Catholic Herald em 13/01/2017

Bispos de Malta dizem aos recasados: tomem a Comunhão se se sentem em paz com Deus

Os bispos dizem que evitar o sexo talvez seja ‘humanamente impossível’

(Manchete do Catholic Herald em 13/01/2017)

Ignorando a doutrina católica, os bispos de Malta acabam de publicar um documento intitulado ‘Normas para a Aplicação do Capítulo VIII da Amoris Laetitia onde autorizam a comunhão a pessoas que vivem em adultério.

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Normas para a Aplicação do Capítulo VIII da Amoris Laetitia – Arcebispo de Malta e Bispo de Gozo

Esta atitude radical da Igreja de Malta foi universalmente elogiada pelo Vaticano, quando lhe atribuiu destaque na sua publicação oficial, o L’Osservatore Romano (página 7).

Ainda esta semana, o Cardeal Burke, patrono da Ordem de Malta, preocupado com a proliferação deste tipo de leituras heréticas da exortação papal, tinha avisado que se algum dia a interpretação da diocese de San Diego se universalizar, “então acabou o ensinamento da Igreja sobre o matrimónio”. Felizmente ainda não se universalizou mas já chegou a Malta, e logo durante a Epifania.

Basto 1/2017