“[…] um dos fenómenos mais graves e preocupantes que se vive na nossa época: a mudança climática. Trata-se de um dos principais desafios que devemos enfrentar e para isso a humanidade é chamada a cultivar três grandes qualidade morais: honestidade, responsabilidade e valentia.”
(Sua Santidade Francisco I; in Vatican News, 23/09/2019)
Greta Thunberg, a adolescente sueca extremista do aquecimento atmosférico (à esquerda, na sua visita à Santa Sé, a 17 de abril de 2019; à direita, discursando na ONU, na Cimeira da Ação Climática, no dia 23 de setembro de 2019).
O ponto de partida é a encíclica papal Laudato Si, publicada em maio do ano passado, “sobre o cuidado com da Casa Comum” onde, de facto, a palavra “comum” é repetida mais de meia centena de vezes. Uma encíclica que, conforme se esperava, teve uma grande aceitação universal, os seus ensinamentos vão ao encontro da agenda globalista, e receberam abertura por da parte de outras crenças religiosas e não religiosas. Por mais estranho que possa parecer, despertou interesse até mesmo dentro do Partido Comunista Português.
“A humanidade ainda tem a capacidade de trabalhar em conjunto na construção da nossa casa comum.”
Os regimes comunistas proibiram a Fé e a esperança num paraíso transcendente, o seu propósito era construir um paraíso terrestre, imanente, material e acessível a todos, portanto, uma casa comum. A Fé Católica é, na sua essência, antagónica em relação ao ideal comunista, portanto recomenda-se prudência. O Reino de Deus não é deste mundo.
O tema principal é as emissões de carbono e o (mal justificado) aquecimento global. Tratando-se de uma iniciativa panreligiosa, espera-se que o “dia” e o “tempo” da criação recebam uma forte adesão também de muitas pessoas que acreditam em outras divindades que não Jesus Cristo.
Ao participarmos numa oração em que cada um reza à sua divindade, estamos a admitir que essas divindades são tão válidas e reais como Nosso Senhor Jesus Cristo, o que é inaceitável do ponto de vista da nossa Fé Católica.
Depois, para que serve tudo isto? Evita-se abordar claramente a necessidade de arrependimento e conversão dos pecados graves, daqueles que levam à condenação eterna, para se enfatizar questões ecológicas que, apesar da sua importância, são simplesmente coisas deste mundo, que pertencem a esta existência temporal… O que espera a Igreja que façam os seus fieis durante o dia de hoje e durante este mês?
Meditar sobre a nossa pegada ecológica?
Rezar para aumentar o gelo do Ártico?
Pedir perdão por não termos utilizado o transporte público durante a semana passada?
Pedir a graça de Deus para andarmos mais de bicicleta?
Pedir perdão por não termos comprado um frigorífico de classe A++?
Orar ao anjo da guarda para que nos lembre sempre de apagar luz?
Pedir perdão por todo o carbono que produzimos durante o ano passado?
Enfim, tudo isto parece algo absurdo… E não se trata de desvalorizar a preocupação ambiental, nem sequer de sugerir que a Igreja se deva abster dessas questões. O problema aqui é o desvio do foco de atenção dos fieis e dos pastores da Igreja face ao que é essencial. A missão principal da Igreja não é salvar os homens dos problemas climáticos provocados pelas emissões de carbono, mas antes salvar as almas, conduzi-las até Deus.
“Peço-vos em nome de Deus que defendam a Mãe Terra.”
Para este dia e para este mês, fica aqui o convite para rezarmos, em alternativa, à Mãe de Deus para nos proteger da grande apostasia que atingiu a Igreja fundada pelo seu Filho Jesus Cristo.