
No dia 4 de abril, na capela da Casa de Santa Marta, o Santo Padre fez outra daquelas homilias que causam arrepios na espinha. Recorreu mais uma vez à figura da serpente para explicar o seu entender a respeito do verdadeiro significado da cruz, símbolo dos cristãos. Mas desta vez foi longe demais ao sugerir que, por nós, “Cristo tornou-se diabo” na cruz.

“A cruz então, afirmou, «para algumas pessoas é um distintivo de pertença: “Sim, eu trago a cruz para mostrar que eu sou um cristão”». E «está bem» mas «não só como distintivo como se fosse uma equipa, o emblema de uma equipa»; mas, disse Francisco, «como a memória dele [Jesus] que se fez pecado, que se fez diabo, serpente, por nós; ele humilhou-se até ao ponto de aniquilar-se totalmente».”
(Papa Francisco, 04 de abril de 2017 – tradução livre)
Terá sido esta a doutrina que inspirou Antonio Vedele?
O exotismo doutrinal desta afirmação mereceu destaque de primeira página na imprensa italiana.

–
Basto 4/2017