Na mesma semana em que Portugal bateu novos recordes no número de infetados e de mortes por Covid-19, os deputados que representam o povo português na Assembleia da República aprovaram, por larga maioria, a legalização da eutanásia.
Quem diria? Portugal é hoje o líder mundial no número de infetados e de mortes por Covid-19 por milhão de habitantes. O Serviço Nacional de Saúde, liderado pelo Governo Socialista com o apoio da estrema esquerda, está a rebentar pelas costuras, mesmo assim, ainda há o desplante para se aprovar mais uma lei iníqua nesta pobre nação cada vez mais desprovida de valores morais. Deus tenha misericórdia de nós.
Uma delegação portuguesa marcou presença na FITUR Gay LGBT+, a feira espanhola de destinos turísticos gay que decorreu em Madrid, entre os dias 22 e 26 de janeiro, fazendo representar-se com a marca Proudly Portugal.
“Não há nenhuma maioria parlamentar, nem nenhum governo de esquerda ou de maioria de esquerda, nem tão pouco há governo apoiado pela CDU.”
(Jerónimo de Sousa, Secretário-Geral do Partido Comunista Português e deputado na Assembleia da República eleito pela CDU)
Contexto da frase:
Discurso de Jerónimo de Sousa aos seus camaradas, no comício da CDU do dia 18 de agosto de 2019, em Alter do Chão, num momento em que se aproxima o termo do mandato do governo de António Costa, quatro anos depois de o Partido Socialista ter sido derrotado nas eleições legislativas de 2015 e da sua governação ter sido viabilizada por uma maioria parlamentar formada pelo Partido Socialista, Bloco de Esquerda, Partido Comunista Português e Partido Ecologista Os Verdes; inRTP, 18/08/2019.
Um estudo de opinião elaborado pela Pitagórica para o Jornal de Notícias, cujos resultados foram divulgados, no passado domingo, na edição impressa do JN, revela que a grande maioria dos portugueses assume-se católica apesar de não praticarem o catolicismo…
Em números, 74% dos inquiridos assumem o proselitismo católico, todavia, mais de 80% não frequentam semanalmente qualquer tipo de cerimónia religiosa e 60% não se confessam há mais de uma década ou nunca se confessaram. São quase todos batizados, mas cerca de 40% não fizeram o Sacramento da Confirmação, não casaram pela Igreja ou não batizaram os seus filhos.
Infografias JN; in Jornal de Notícias (edição impressa), páginas 4 e 5, 04/08/2019.
Assumem-se católicos, no entanto, 93% aprovam a abertura da Sagrada Comunhão aos adúlteros, 87% são contra o celibato sacerdotal, 76% querem freiras a celebrar missa e 66% esperam que a Igreja invente o novo sacramento do “matrimónio homossexual”. Com efeito, os dados que se seguem não surpreendem…
A sondagem mostra ainda que 98% dos inquiridos aprovam a atuação do Papa Francisco em geral e apenas 7% consideram a sua atuação negativa na questão dos abusos sexuais [maioritariamente homossexuais] do clero.
Infografia JN; in Jornal de Notícias (edição impressa), página 6, 04/08/2019.
Aproveita-se, como um dado positivo deste estudo, a fé em Fátima. Mas que Fátima é essa em que os portugueses acreditam?
A Igreja Paroquial do Campo Grande, em Lisboa, abriu as portas a José Manuel Pureza para – sentado numa poltrona, de costas para o altar-mor e para o sacrário – expressar as suas ideias radicais a quem o quis ouvir.
Jesus é um tipo que se dá com prostitutas, com cobradores de impostos que representam o colonialismo romano, que tem um gesto de amor para com um centurião, que faz isto e que nisto cria alicerces para uma mensagem não de lei, mas de amor.
As passadeiras LGBT que têm sido pintadas em algumas ruas da cidade de Lisboa são afinal uma ideia de autarcas eleitos pelo CDS-PP, o maior partido que representa a “democracia-cristã” em Portugal.
Os representantes do CDS-PP na Assembleia de Freguesia de Arroios, Frederico Sapage Pereira e Vítor Teles, propuseram então que se assinale a efeméride “com a colocação de passadeiras arco-íris, na avenida Almirante Reis, em frente aos sinais luminosos para passagem de peões junto aos números 1 e 13”.
A poucos dias das eleições para o Parlamento Europeu – um oneroso organismo comunitário que, ao fim de quase 70 anos de funcionamento, ainda não é fácil perceber para que serve -, o cardeal D. António Marto teme pela estabilidade das democracias liberais que alicerçam o projeto de construção europeia. Um projeto que cresceu a partir de ideais maçónicos que levaram à erradicação dos valores cristãos e nacionais das nações europeias, abrindo as portas ao ensino laico, ao esvaziamento moral da sociedade, à pornografia generalizada, à prostituição das relações sociais, ao homossexualismo galopante, à promoção do aborto livre e gratuito, ao materialismo exacerbado, etc.
Os temores do cardeal misericordista português prendem-se talvez com a emergência recente de alguns grupos minoritários no panorama político e social europeu que defendem, por exemplo, a regulação da imigração ilegal ou o fim do aborto livre e do casamento gay, entre outras obscenidades da esquerda globalista radical ditadas a partir de Bruxelas.
Há 70 anos, os bispos católicos, particularmente os portugueses, temiam o avanço do projeto da “casa comum” sobre a Europa a partir do Leste e rezavam a Nossa Senhora de Fátima para salvar a nação desse flagelo… O mundo dá cada volta!
A página facebook do Patriarcado de Lisboa, depois de ter publicado uma tabela em forma de checklist, que comparava os partidos portugueses concorrentes ao Parlamento Europeu no que diz respeito a algumas posições ideológicas anti-cristãs, acabou por retirá-la, admitindo tratar-se de “uma imprudência”. A amizade com o mundo não pode ser posta em causa.
Página facebook do Patriarcado de Lisboa; inDN, 15/05/2019.
A tabela tinha sido elaborada pela Federação Portuguesa pela Vida para ajudar os eleitores a diferenciar melhor algumas posições ideológicas assumidas e defendidas pelas forças partidárias que se apresentam às eleições para o Parlamento Europeu. É uma tabela bastante objetiva e de fácil leitura, que em nada belisca os “dogmas” da democracia.
Pode ser absurdo mas é verdade. O aniversário do golpe militar de 25 de abril de 1974, que daria início à transformação de Portugal num estado laico, é hoje celebrado na cidade de Braga ao toque dos sinos de sete igrejas locais. A iniciativa foi anunciada pela edilidade bracarense com o título, em latim, “Et Patriae Libertionem”.