Aconteceu na Igreja St. Stanislaus Kostka, em Adams, Diocese de Springfield, no Estado de Massachusetts, EUA. Quando um dos paroquianos viu no boletim semanal da paróquia que a intenção da Missa de Natal seria pela conversão dos judeus, para que aceitem Jesus como o Messias, queixou-se, o que culminou na substituição do sacerdote antes da referida celebração.
Mark Dupont, porta-voz da diocese, disse que a intenção que apareceu no fim de semana passado foi considerada “incompatível” com o ensino católico “e nosso relacionamento com o povo judeu”.
“Assim que o bispo foi informado deste anúncio, ordenou que fosse alterado, e foi mesmo”, disse Dupont por email, em resposta às questões colocadas. “Reconhecemos e afirmamos que o povo judeu é o escolhido de Deus, o povo a quem o Senhor nosso Deus falou primeiro”, disse Dupont. “Nós estamos com eles como irmãos e irmãs no nosso Deus comum.”
Um obra que surge numa época em que Jesus Cristo, infelizmente, é reduzido à condição de mero elemento de diversidade cultural na grande fraternidade humana universal.
O objetivo não é chegar a uma leitura unificada da Bíblia em que as diversidades se diluam a ponto de anular, mas conhecer melhor suas respectivas interpretações e leituras, aceitando que sejam diferentes.
Nestas coisas de diálogo inter-religioso, o Pentateuco é sempre mais consensual do que o Novo Testamento, mas é interessante notar como os judeus adoram Francisco apesar de não gostarem muito de Jesus Cristo…
À semelhança dos dois anos anteriores, o rabino Marcelo Polakoff e o bispo D. Pedro Javier Torres, ambos da Argentina, publicaram mais um videoclipe de “Feliz Natal/Chanucá”.
Esta simbiose “ecuménica” de sentimentos cristãos e talmúdicos é muito estranha, particularmente nesta época do ano em que celebramos o nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo. É que, na verdade, ela junta a alegria dos que receberam o Messias do Deus de Israel, nascido da Virgem Maria em Belém da Judeia, com a alegria daqueles, precisamente, que O rejeitaram e continuam a rejeitar.
Rezemos pela conversão dos judeus que ainda não creem e pelos católicos que já deixaram de crer.
No ano passado, por esta altura, foi publicado na Argentina um videoclipe para assinalar a celebração do Natal Cristão e a celebração judaica do Chanucá. Os seus personagens não são atores cómicos, são o rabino Marcelo Polakoff e o bispo argentino D. Pedro Javier Torres.
O que une afinal a Solenidade do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo ao Chanucá judaico?
“O que levanta uma diferença entre o judaísmo e o cristianismo tem a ver não com a figura de Jesus no sentido histórico, mas com a ideia de Jesus como um messias. Compartilhamos a ideia de Jesus, mas diferimos na ideia de Cristo.”
(Rabino Marcelo Polakoff inBBC Mundo a 24/12/2010)
Significado da palavra “Cristo”: Ungido,o Ungido de Deus; o Messias; o Redentor; o Salvador.
No entanto, hoje, isso é como se fosse um mero pormenor sem importância. Festa é festa! E porque não associar a festa do Nascimento do Messias à festa daqueles que há dois milénios que O rejeitam?
O videoclipe da dança do bispo argentino faz lembrar um outro vídeo publicado poucas semanas depois… Não deve ser por acaso. A convergência de estilos pastorais é visível até na preferência pelo sinistro crucifixo de Vedele.
Jesus respondeu-lhe: «Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém pode ir até ao Pai senão por mim. (Jo 14, 6)
Enfim, são opiniões diferentes…
O que significará a palavra “evangelizar” para os atuais responsáveis pela Igreja Católica? Será apenas confraternizar, dançar e cantar? Se as religiões são todas a mesma coisa, por que razão nasceu o Messias? Serão o judeus redimidos pelo Chanucá? É claro que não!
Este ano, chegados a dezembro, os mesmos protagonistas gravaram um novo videoclipe do género do anterior, o qual se inicia com uma acutilante piada de mau gosto.
Rezemos pela conversão dos judeus e também pela conversão dos católicos a Jesus Cristo, o Deus Verdadeiro.
Acreditar que Jesus Cristo é o Filho de Deus, o Messias de Israel, deixou de ser necessário para a salvação das almas, pelo menos na opinião da Comissão [do Vaticano] para as Relações Religiosas com o Judaísmo. Num documento oficial, publicado em dezembro do ano passado, aquela comissão papal estabeleceu que os nossos irmãos judeus não necessitam de acreditar que Jesus Cristo é o Redentor da Humanidade para poderem ser salvos. Ou seja, enganou-os!
Atendendo a esta nova doutrina delirante emanada da Santa Sé, ainda não deu para perceber muito bem qual é o atual estatuto dos judeus que se converteram ao Cristianismo, incluindo os grandes santos.
Com uma ousadia que não lembra nem ao diabo, o Vaticano ignorou versículos e versículos do Novo Testamento, em especial os do Evangelho de São João, para apostatar assim:
36. No entanto, da crença cristã, de que só pode haver um caminhode salvação, isso não quer dizer,de forma alguma,que os judeussão excluídos dasalvação de Deus porque não acreditam em Jesus Cristo comoMessias de Israele Filho de Deus. […]
Para os livres pensadores que escreveram a heresia acima transcrita, sugiro que meditem nas palavras de Jesus quando disse «Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém pode ir até ao Pai senão por mim. Se ficastes a conhecer-me, conhecereis também o meu Pai. E já o conheceis, pois estais avê-lo.» (Jo 14:6,7). Mas como eles não acreditam, e querem que também nós deixemos de acreditar, propõem que Igreja Católica deixe de pregar a conversão aos judeus. Assim:
40. […] A Igrejavê-se assim obrigada a considerara evangelizaçãoem relaçãoaos judeus, que acreditamem um só Deus,com parâmetros diferentes aos que adotapara lidarcom pessoas deoutras religiõese concepções do mundo. Na prática, issosignificaque a Igreja Católicanão agenemmantémqualquer missãoinstitucionalespecífica destinada aosjudeus.
Pois, mas Jesus dissera o seguinte: «Ide, primeiramente, às ovelhas perdidas da casa de Israel.»(Mt 10:6). Portanto, aos olhos de Jesus, a conversão dos judeus é não só necessária, como também prioritária. Devemos rezar pela conversão de todos aqueles que ainda não acreditam que Jesus Cristo, o Filho de Deus Vivo, é o único caminho de Salvação.
Não se trata de racismo ou antissemitismo, o catolicismo é aberto a todas as raças e nacionalidades. Na nossa perspectiva cristã universal, respeitamos todos os judeus, sejam eles cristãos ou não cristãos, aliás, a nossa Igreja foi fundada por judeus. Os cristãos devem viver em paz com toda a gente, mas não podem deixar de anunciar a Verdade, acolhendo alegremente todos aqueles que se sentem chamados por Deus, venham eles de onde vierem.
A Igreja Católica é a Igreja Universal, fora da qual não há salvação, mas até o Papa não parece muito convencido.
Sim! Sim! Sim! Porque não, Santo Padre? Na Igreja Católica convivem diversas tradições, ritos, culturas, nações, raças, etnias e sensibilidades, mas a Fé é a mesma, a única verdadeira. Extra Ecclesiam nulla salus é uma verdade dogmática. “El encuentro” pode ser politicamente muito bonito mas não salva. O encontro com o outro é o momento de afirmar ou reafirmar a Verdade, senão torna-se num encontro vazio, sem frutos.
As nossas raízes religiosas são judaicas, nós mantemos todo o Antigo Testamento, mas o Messias já chegou, foi morto e ressuscitou, e agora tem as chaves da morte. Com Jesus Cristo, estabeleceu-se uma nova aliança entre Deus e a Humanidade, ninguém vai ao Pai senão por Ele.
E já agora, terá valido a pena a conversão do judeu Saulo a caminho de Damasco? Gostava de conhecer a opinião daqueles teólogos loucos!