Entre os dias 19 de julho e 1 de setembro, está patente na Igreja Paroquial de São Mamede, em Lisboa, uma exposição pop art, da artista plástica Rueffa, intitulada “Welcome”.
A artista plástica Rueffa preparou uma exposição improvável. No primeiro piso da Igreja de São Mamede espalhou um universo de personagens icónicas da cultura mundial como Lucio Fontana, Maria Callas, Marilyn Monroe, Blondie, Beethoven, Mozart, Ray Charles ou Michael Jackson, sempre com o estilo que caracteriza como “neo pop art”.
A paróquia de São Mamede, para além de ter cedido o espaço para a exposição, fez uso pastoral das obras expostas, tentando, talvez, como vemos abaixo, sensibilizar os fiéis para a estupidez espiritual…
A inquietude de Marta
O amor de… Blondie
A rede e os peixes
Na verdade, e hoje cada vez mais, a redes de pesca também acabam por apanhar algum lixo.
A Igreja Paroquial do Campo Grande, em Lisboa, abriu as portas a José Manuel Pureza para – sentado numa poltrona, de costas para o altar-mor e para o sacrário – expressar as suas ideias radicais a quem o quis ouvir.
Jesus é um tipo que se dá com prostitutas, com cobradores de impostos que representam o colonialismo romano, que tem um gesto de amor para com um centurião, que faz isto e que nisto cria alicerces para uma mensagem não de lei, mas de amor.
A página facebook do Patriarcado de Lisboa, depois de ter publicado uma tabela em forma de checklist, que comparava os partidos portugueses concorrentes ao Parlamento Europeu no que diz respeito a algumas posições ideológicas anti-cristãs, acabou por retirá-la, admitindo tratar-se de “uma imprudência”. A amizade com o mundo não pode ser posta em causa.
Página facebook do Patriarcado de Lisboa; inDN, 15/05/2019.
A tabela tinha sido elaborada pela Federação Portuguesa pela Vida para ajudar os eleitores a diferenciar melhor algumas posições ideológicas assumidas e defendidas pelas forças partidárias que se apresentam às eleições para o Parlamento Europeu. É uma tabela bastante objetiva e de fácil leitura, que em nada belisca os “dogmas” da democracia.
Notícia de capa do Semanário Sol de 31 de julho de 2015
Relativamente a Portugal, apesar de não ter sido uma questão fácil, o problema estava resolvido já no ano passado. O Cardeal Patriarca de Lisboa levou ao Sínodo da Família a posição da Igreja Portuguesa favorável à defesa do tradicional conceito de matrimónio cristão e da necessidade de proteção à família. Esperemos que a cúria romana não reacenda o incêndio.
O jornal refere que os representantes da Igreja portuguesa estavam divididos, o que de resto não surpreende quando nem mesmo Roma tem mostrado muita certeza. Uma grande parte dos bispos, maioritariamente da Região Centro, liderados curiosamente pelo bispo de Leiria-Fátima, pretendiam introduzir as heréticas inovações kasperianas na pastoral familiar. Um solução inviável pois, com muitos teólogos têm explicado, a pastoral da Igreja não pode ser contrária à sua doutrina, mas antes o reflexo da mesma.
Na hora de decidir qual o parecer que a Igreja portuguesa ia enviar para o Vaticano sobre este assunto, o bispo António Marto apresentou um documento que subscrevia a polémica visão do cardeal Walter Kasper sobre o acesso dos divorciados recasados à comunhão. Segundo esta proposta, os recasados poderiam voltar a comungar na missa após um percurso penitencial. Haveria uma análise caso a caso e uma decisão final que caberia ao bispo da diocese.
O bispo de Leiria-Fátima, que é também o vice-presidente da CEP,apresentou esta proposta detalhadamente, recebendo olhares de entusiasmo de uns e sinais de reprovação de outros. “Demorámos muito tempo com este assunto. Havia muitos a abanar a cabeça”, contou ao SOL um dos bispos presentes na reunião.
[…]
Para o cardeal [Patriarca, D. Manuel Clemente], e ao contrário do colega de Leiria-Fátima, não deve alterar-se a doutrina católica, que defende queo casamento é indissolúvel e que os divorciados que voltam a casar vivem uma situação de adultério, estando por isso impedidos de comungar a hóstia na missa. Manuel Clemente defendeu então um caminho alternativo: o da simplificação dos processos de nulidade do matrimónio. Um procedimento que já está previsto na Igreja e consiste na avaliação das condições em que foi realizado o casamento. Se ele for considerado inválido, os casais ficam livres para uma segunda união, podendo nesse caso comungar.
Felizmente, a Verdade acabaria por prevalecer naquela reunião da Conferência Episcopal do verão passado. O Cardeal Patriarca, D. Manuel Clemente, esteve à altura do cargo que desempenha, defendendo a santidade e a indissolubilidade do Matrimónio.
Recorte da versão impressa do jornal Sol de 31 de julho de 2015 (D. Manuel Clemente na foto)
Quando saiu, no ano passado, esta notícia trouxe à memória de muita gente aquela meia frase enigmática que já fez correr muita tinta e não deixa que o Segredo de Fátima seja definitivamente enterrado, como muitos desejam.
Meia frase adicionada pela Ir. Lúcia, na sua 4ª Memória, de 1941, à já então conhecida mensagem de Fátima (início do 3º Segredo)
“O confronto final entre Deus e Satanás será sobre a família e a vida.”
“Não tenha medo, acrescentava, porque quem trabalha pela santidade do casamento e da família será sempre combatido e odiado de todas as formas, porque este é o ponto decisivo.”
“Advertia-se também, falando com João Paulo II, que este era o ponto central, porque se tocava a coluna que sustenta a Criação, a verdade sobre a relação entre o homem e a mulher, e entre as gerações. Quando se toca a coluna central, todo o edifício cai, e é isso que estamos a ver agora, neste momento, e já sabemos.”
Fazendo um triangulação destes três dados, nomeadamente, a recente posição do clero português, a meia frase enigmática de Fátima e a carta do Cardeal Caffarra, podemos deduzir parte do que poderá estar encerrado dentro do famoso “etc”. Mas há-de haver, com certeza, muito mais. Esperemos que o Santo Padre se tenha deixado também inspirar por estes três detalhes antes de redigir a importante exortação apostólica.