Capela do Encontro – mais uma novidade jesuíta

capela do encontro.jpgA nova capela jesuíta localiza-se no Centro de Espiritualidade Santo Inácio, em Salamanca, Espanha. Projetada pelo gabinete Chérrez y Cantera Architects, esta obra foi distinguida internacionalmente com um prémio na categoria de arquitetura interior de espaços litúrgicos, no Certame Anual de Arte e Arquitetura Religiosa, copatrocinado pela Faith & Form Magazine e pela Interfaith Design.

Esta capela de aparência infernal surgiu, segundo o diretor do centro jesuíta de Salamanca, Cristóbal Jiménez sj, “da inquietude por criar novos espaços para o silêncio e a oração”. A ausência de santos e de outros elementos religiosos é para “evitar distrações e ajudar a pôr as criaturas em contacto com o seu Criador”.

Basto 10/2018

A invulgar estátua de N.ª Sr.ª da Humildade da Capela Imaculada

O sr. Pe. Joaquim Félix, professor de Teologia da Universidade Católica Portuguesa, apresenta-nos, num programa emitido pela Agência Ecclesia, a invulgar estátua de Nª Srª da Humildade da Capela Imaculada, que é assim:

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In Agência Ecclesia, 24/03/2016

A Capela Imaculada é um belo trabalho de intervenção arquitetónica, da responsabilidade do gabinete Cerejeira Fontes, na capela do Seminário de N.ª Sr.ª da Conceição, em Braga. Contudo, se tivermos em conta o ponto de partida, parece mais um trabalho encomendado pelo próprio Martinho Lutero. Elimina-se o presbitério, o altar-mor com o seu sacrário e também os santos, para se recriar um espaço amplo, de chão nivelado, pobre em iconografia, seguindo um linha teológica neoprotestante de cariz urbana.

Mais ou menos no centro do templo, inventou-se um lugar para colocar a “santinha” do escultor Asbjörn Andresen. Como os altares escasseiam, ela aparece – literalmente – sentada numa simples cadeira comum. Uma imagem sem graça que representa – segundo eles – a Virgem Cheia de Graça, mas não é mais do que uma evidência da desgraça em que caiu uma grande parte da Igreja Católica atual.

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In Agência Ecclesia, 24/03/2016

O sr. Pe. Félix explica-nos que a imagem é inspirada na iconografia ibérica, mas como nunca se viu tal coisa nas belas igrejas portuguesas e espanholas, só pode estar a referir-se aos “cabeçudos” que acompanham os “Zés Pereiras” nos arraiais minhotos.

Para além de representar um insulto à Mãe de Deus, bem como aos seus devotos, esta imagem levanta ainda outras questões relacionadas com o seu culto… Como é que se transporta uma santa destas numa procissão? Como é que os seminaristas se prostram para recitar o rosário? Será que alguém irá mesmo recitar o rosário a esta imagem? Será que alguém ainda reza o rosário?

 

 

 

Como aquilo é em Braga, quem quiser de facto rezar o terço em honra da Imaculada Conceição de Maria, o melhor será subir até à Basílica do Sameiro. Essa orgulha-se de ser um dos primeiros santuários do mundo construídos em honra da Imaculada Conceição de Maria, depois da definição dogmática decretada por Pio IX. O mesmo Papa que benzeria a bonita estátua da Imaculada Conceição aí presente no altar principal, e conforme se diz por lá, “mais bela só no Céu”.

As artes devem estar ao serviço da Fé e não o contrário.

Basto 3/2016