No oitavo consistório presidido por Francisco, que teve lugar na tarde deste sábado, 27 de agosto, o grande ausente nas escolhas papais foi, mais uma vez, D. Sviatoslav Shevchuck, o líder da maior igreja católica oriental. Este facto, como refere o Pe. Raymond J. de Souza, no National Catholic Register, representa um insulto à Ucrânia, numa altura em que o povo ucraniano é vítima de uma sangrenta agressão externa, ordenada pelo ditador assassino Vladimir Putin, com o imprimaturdo líder da cismática Igreja Ortodoxa Russa.
Desde o início da agressão russa, o líder da Igreja Greco-Católica Ucraniana tem exercido uma ação pastoral muito intensa, com mensagens videográficas diárias de apoio ao povo ucraniano, em que condena, de forma clara e direta, os crimes dos invasores no seu país.
O arcebispo-mor D. Sviatoslav Shevchuck, nascido nos horrores do comunismo soviético, especialista em teologia moral e fluente em várias línguas, seria um forte candidato ao trono de Pedro num futuro conclave. No entanto, nem o seu passado pastoral comum com cardeal D. Bergoglio na Argentina foi suficiente para convencer Francisco nos sucessivos consistórios, em que tem demonstrado maior preferência por bispos progressistas e até homossexualistas.
A segunda maior das igrejas católicas continuará, deste modo, sem qualquer representação no colégio cardinalício, como tem acontecido desde 2017, após o falecimento do cardeal D. Lubomyr Husar. É desta forma que o Vaticano reconhece séculos de fidelidade dos católicos ucranianos confirmada pelo sangue de tantos mártires.
A Rússia e a liderança da igreja oficial do regime putinista agradem…
No final do Angelus de hoje [1 de setembro], Francisco anunciou um consistório para a criação de novos cardeais, marcado para 5 de outubro de 2019. Os cardeais eleitores (com menos de 80 anos de idade) serão:
Miguel Angel Ayuso Guixot, M. C. C. J. – Presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso;
José Tolentino Mendonça – Arquivista e Bibliotecário da Santa Igreja Romana;
Ignatius Suharyo Hardjoatmodjo – Arcebispo de Jacarta;
Juan da Caridade García Rodríguez – Arcebispo de Havana;
Fridolin Ambongo Besungu, O. F. M. cap – Arcebispo de Kinshasa;
Jean-Claude Höllerich, S. J. – Arcebispo do Luxemburgo;
Alvaro L. Ramazzini Imeri – Bispo de Huehuetenamgo, Guatemala;
Matteo Zuppi – Arcebispo de Bolonha [presente na imagem acima];
Cristóbal Lopez Romero, S. D. B. – Arcebispo de Rabat;
Michael Czerny, S. J. – Subsecretário para os Migrantes (Santa Sé).
Eles são, sem dúvida, o grupo de cardeais eleitores mais liberal alguma vez escolhido.Dois deles, pelo menos, são largamente conhecidos nos círculos romanos pelas suas preferências “gay” (sendo a palavra “gay” usada aqui de propósito para incluir toda a “cultura gay” homossexual referida por Bento XVI no seu documento de 2005 sobre os seminaristas a evitar), outros dois são jesuítas liberais. Mesmo aqueles que são explicitamente não liberais, como o Arcebispo de Kinshasa, foram escolhidos provavelmente devido à sua extrema proximidade com a Igreja alemã e com as preocupações dos bispos alemães.
Quanto a Michael Fitzgerald, escolhido como um dos três cardeais sem direito a voto, lembramos esta postagem de 2006 sobre o motivo pelo qual Bento XVI o enviou para longe do Vaticano.
A paixão da Igreja durará muitas décadas mais. E Francisco jamais renunciará. Além disso, os marionetistas deixá-lo-ão em coma “a criar cardeais” durante anos, se isso for necessário para refazer totalmente o Colégio de Cardeais.
Nota da edição: o conteúdo do texto acima é da inteira responsabilidade do seu autor, salvo algum eventual erro de tradução. A presente edição destina-se exclusivamente à sua divulgação. Sempre que possível, o texto deve ser lido na sua edição original. A imagem não faz parte da publicação original.
“Ser gay não é um pecado, mas mais do que a aprovação do mundo gay, trata-se de respeito, é possível ser gay e viver como um bom sacerdote. O importante é respeitar o voto de castidade porque essa é a verdadeira escolha.”
Frase proferida no âmbito de um colóquio intitulado “A Igreja de Francisco”, promovido pelo diário esquerdista italiano La Repubblica; in La Repubblica, 09/06/2019 – tradução livre.
A Alegria do Amor tem proporcionado bastante alegria na carreira eclesiástica do prelado transmontano, um homem moderno de mente aberta e liberta dos velhos preconceitos católicos e fatimistas relativos ao divórcio e ao recasamento civil. Poucas semanas após ter sido criado de cardeal, D. António Marto é agora nomeado pelo mesmo Papa para o Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, vendo assim reconhecido o mérito da sua forte adesão às novas e revolucionárias doutrinas de Francisco sobre a família e o matrimónio.
Depois de se ter empenhado afincadamente para ver implementada a prática de Amoris Laetitia em Portugal, o bispo de Leiria-Fátima irá agora exercer funções no departamento do Vaticano responsável pelas questões relacionadas com a família e, desse modo, ajudar a implementar essa prática sacrílega no resto do mundo católico.
O bispo português será um colaborador próximo do arcebispo pró-gay de Dallas (EUA), D. Kevin Farrell, também ele criado cardeal por Francisco e nomeado prefeito do mesmo dicastério.
Logo veremos se o bispo de Leiria-Fátima conseguirá convencer os mais céticos acerca da “genialidade” da nova solução pastoral do Papa Francisco para os casos de adultério continuado e persistente. No fundo, é como ensinar a fazer omeletes sem ovos…
A história faz-se de personagens, factos e processos devidamente documentados, portanto aqui ficam alguns recortes das publicações da época para facilitar o trabalho dos historiadores do presente.
2015
Recortes de “Notícias” da diocese de Leiria-Fátima, 28/04/2015.
Recortes do jornal “Sol” do dia 31 de julho de 2015 (a controversa exortação Amoris Laetitia seria publicada apenas a 8 abril do ano seguinte)
Recortes de “Notícias” da diocese de Leiria-Fátima, 29/09/2016.
2018
Pré anúncio da operação misericordista conjunta dos bispos da Região Centro; inExpresso, 03/03/2018.
Recortes do manual de instruções de D. António Marto para a abertura da Sagrada Comunhão a “fiéis divorciados a viver em nova união”; insítio oficial da diocese de Leiria-Fátima.
Observamos os factos, as conclusões ficarão para os historiadores.
“Ele [Papa Francisco] deve ter ficado muito impressionado, no diálogo comigo. Viu em mim um apoio firme para a reforma da Igreja.”
(D. António Marto, Bispo de Leiria-Fátima, nomeado pelo Papa Francisco para cardeal)
Contexto da frase:
Faz parte da resposta do bispo à pergunta “Alguma vez pensou chegar tão alto?” colocada durante uma entrevista conduzida pelas jornalistas Aura Miguel, da Rádio Renascença, e Rosa Pedroso Lima, do Expresso; inRenascença, 02/06/2018.
O Santo Padre anunciou o nome de D. António Marto, atual bispo de Leiria-Fátima, entre os 14 novos cardeais da Igreja Católica que serão criados no próximo consistório do dia 29 de junho.
É um ato de confiança pessoal do Papa. Pois eu creio que é um ato de confiança pessoal do Papa na minha humilde pessoa.
Já estive em duas audiências com o Santo Padre, o Santo Padre conhece bem o que eu penso e sabe que tem em mim um apoiante de toda esta reforma que ele está a fazer na Igreja… Uma reforma por uma Igreja mais evangélica, uma Igreja mais próxima, uma Igreja mais misericordiosa e ele nisso pode contar comigo.
Talvez D. António Marto entenda que Igreja não era suficientemente misericordiosa antes do Papa Francisco… E quando falamos da misericórdia do Papa Francisco, o tema da abertura da Sagrada Comunhão a adúlteros é incontornável, uma vez que, até agora, essa é incontestavelmente a grande marca do seu “misericordioso” pontificado.
“Conversão”, “misericórdia” e “casamentos que não são de Deus” são temas centrais na mensagem de Fátima, portanto é natural que o bispo de Fátima se interesse por eles, ainda para mais quando, por coincidência, até possui o mesmo apelido de dois dos videntes das aparições.
Muitos matrimónios não são bons, não agradam a Nosso Senhor e não são de Deus.
À boa maneira de Francisco, também D. António Marto defende a necessidade de conversão… dos pastores!
Um método…
O método proposto na exortação pontifícia [Amoris Laetitia] requer uma conversão dos pastores e das comunidades para admitirem a diversidade de situações.
(D. António Marto, discurso de abertura da “Escola Razões da Esperança” a 27 de setembro de 2016; in Diocese de Leiria-Fátima, 28/09/2016)
Um desafio…
O Papa deixa o desafio de uma «conversão pastoral» que se traduza numa «maneira nova de ser pastores por parte de padres e bispos».
(D. António Marto ao jornal Presente Leiria-Fátima; inEcclesia, 12/04/2016)
Um golpe de génio…
O Papa Francisco, de modo genial, introduziu uma mudança da disciplina sem pôr em causa a doutrina sobre o matrimónio e a família.
(D. António Marto ao jornal Presente Leiria-Fátima inEcclesia, 12/04/2016)
Em 2015, um ano antes da publicação da controversa exortação apostólica Amoris Laetitia, foi D. António Marto que, segundo o jornal Sol, liderou o grupo de bispos da Região Centro que pretendia abrir a Sagrada Comunhão aos adúlteros nos termos propostos pelo herético cardeal D. Walter Kasper e elogiados pelo próprio Papa Francisco.
Chegou o momento do reconhecimento pelo seu apoio, conforme o próprio bispo de Leiria-Fátima admitiu.
Cardeal Vincent Nichols inYoutube, 2016 (entrevista à Salt and Light, 22 de outubro de 2015)
O cardeal inglês D. Vincent Nicolas, da Arquidiocese de Westminster, recomendou a organização ativista gay “Quest” (“Busca”, em português) aos seus sacerdotes. Esta organização, que se propõe a dar apoio pastoral a católicos LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e afins), tinha sido censurada pelo cardeal D. Basil Hume, antigo arcebispo de Westminster, por promover o homossexualismo e defender orientações contrárias ao ensinamento da Igreja que afirma que os atos homossexuais são “intrinsecamente desordenados”.
Foi há poucos dias atrás que D. Vincent Nichols endereçou uma carta aos seus sacerdotes, a que o Life Site News teve acesso, na qual recomendava a Quest para ajudar “aqueles que vivem com uma atração pelo mesmo sexo e muitas vezes estão ansiosos sobre o seu caminho para Deus e o seu relacionamento com a Igreja”. A carta dizia ainda que “a Quest, que foi fundada em 1973, é uma organização nacional que presta apoio aos católicos LGBT, seus amigos e familiares”.
Mas que tipo de apoio pastoral presta essa organização?
Quest – Apoio Pastoral para Católicos LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais)
Nos seus estatutos, a Quest afirma que um dos seus objetivos é reunir “leigos e leigas que buscam maneiras de conciliar a prática plena da sua fé católica com a plena expressão das suas naturezas homossexuais“. A Quest assume, na sua página da internet, que deseja ver a “aceitação das relações homossexuais pela Igreja”.
Esta organização apoiada pelo cardeal de Westminster participa nas paradas do Orgulho Gay e o seu sítio na internet apresenta, em lugar de destaque, uma oração assinada pelo famoso ativista gay britânico Pe. Bernárd Lynch.
“Sou um padre católico há mais de 40 anos. […] Estou casado com o meu marido Billy desde 1998.”
Até que ponto nos surpreende a recente iniciativa do cardeal Nichols?
Se tivermos em conta que, neste mesmo ano em que se assinala o centenário das aparições de Fátima, D. Vincent Nichols consagrou a Inglaterra e o País de Gales ao Imaculado Coração de Maria, podemos ficar estupefactos com os recentes desenvolvimentos na arquidiocese de Westminster. No entanto, são conhecidos alguns precedentes problemáticos do cardeal Nichols no tratamento da questão dos “atos intrinsecamente desordenados”, em particular no que se refere à prática de sodomia. Por exemplo, em 2011, D. Vincent Nichols elogiou as uniões civis homossexuaise,em 2015, durante o Sínodo da Família, confessou a sua desilusão pelo facto de a Igreja não ter ido “suficientemente longe” no “acolhimento, respeito e valorização” dos casais homossexuais, incitando-a a fazê-lo. Ao mesmo tempo, sabemos que já celebrou missas para a comunidade LGBT do grupo chamado “Soho Masses”, na Igreja Jesuíta da Imaculada Conceição de Westminster (uma espécie a paróquia gay local, devidamente autorizada). Tendo em conta estes precedentes, o noticiado desenvolvimento “pastoral” na arquidiocese londrina acaba por não ser tão surpreendente.
O cartaz está disponível no sítio da Igreja Paroquial do Sagrado Coração de Jesus de New Jersey, nos EUA, e convida os fiéis a associarem-se às famílias lésbicas, gays, bissexuais e transexuais nesta “peregrinação LGBT”. O ponto alto da “peregrinação” será a celebração de uma missa sacrílega numa das capelas da basílica do Sagrado Coração de Jesus.
Cartaz da “Peregrinação LGBT” à Catedral Basílica do Sagrado Coração de Jesus de New Jersey no dia 21 de maio de 2017
Catolicismo com ideologia gay é uma mistura perigosa…
O sr. Pe. James Martin SJ, mundialmente conhecido pela sua pastoral gay e há poucos dias nomeado pelo Papa Francisco como consultor da Secretaria para a Comunicação do Vaticano, acabou de lançar um livro baseado no seu conceito pastoral de “ponte com dois sentidos”.
“Construindo a Ponte: como a Igreja Católica e a Comunidade LGBT podem entrar numa relação de respeito, compaixão e sensibilidade” (novo livro do Pe. James Martin SJ)
A conhecida abordagem pastoral deste jesuíta rejeita o apelo à conversão das pessoas com comportamentos LGBTQ (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgéneros) para, em alternativa, propor à Igreja a aceitação desses comportamentos desde sempre condenados.
Cadeal Kevin Farrell(antigo bispo de Dallas e atual Prefeito do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida):
“Um livro bem-vindo e muito necessário que ajudará os bispos, sacerdotes, associados pastorais e todos os líderes da igreja a ministrar mais compassivamente à comunidade LGBT. Ajudará também os católicos LGBT a sentirem-se mais em casa, naquela que é, afinal, a sua Igreja.”
Cardeal Joseph Tobin, arcebispo de Newark (EUA):
“Em muitas partes da nossa igreja as pessoas LGBT foram feitas para se sentirem indesejadas, excluídas e até mesmo envergonhadas.O valente, profético e inspirador livro do Padre Martin marca um passo essencial para convidar os líderes das igrejas a ministrarem com mais compaixão e a lembrar aos católicos LGBT que fazem parte da nossa igreja como qualquer outro católico”.
Outra crítica favorável citada pela editora é o forte elogio do bispo radical Robert McElroy, da diocese de San Diego (EUA), considerado por muitos como um dos bispos mais “misericordiosos” do mundo e – entre nós – um forte candidato ao barrete cardinalício.
“O Evangelho exige que os católicos LGBT sejam genuinamente amados e valorizados na vida da Igreja. Eles não o são.Martin fornece-nos a linguagem, a perspetiva e o sentido de urgência para realizar a tarefa árdua, mas monumentalmente cristã, de substituir uma cultura de alienação por uma cultura de inclusão misericordiosa.”
Ainda a congratulação de uma popular freira contemporânea, a Ir. Jeannine Gramick, uma religiosa americana pertencente à congregação das Irmãs de Loreto e conhecida defensora de várias “sensibilidades” sexuais.
“Sexualidade, género e religião – uma mistura volátil! Com este livro, o Padre Martin mostra como o Rosário e a bandeira do arco-íris podem encontrar-se pacificamente.Depois deste livro de leitura obrigatória, entenderás porquê a New Ways Ministry homenageou o Padre Martin com a ‘Condecoração Construindo Pontes’.”