Um obra que surge numa época em que Jesus Cristo, infelizmente, é reduzido à condição de mero elemento de diversidade cultural na grande fraternidade humana universal.
O objetivo não é chegar a uma leitura unificada da Bíblia em que as diversidades se diluam a ponto de anular, mas conhecer melhor suas respectivas interpretações e leituras, aceitando que sejam diferentes.
Nestas coisas de diálogo inter-religioso, o Pentateuco é sempre mais consensual do que o Novo Testamento, mas é interessante notar como os judeus adoram Francisco apesar de não gostarem muito de Jesus Cristo…
Eu gosto muito dos bons luteranos, dos luteranos que seguem verdadeiramente a fé de Jesus Cristo. No entanto, não gosto dos católicos mornos e dos luteranos mornos.
Este moderno “evangelho” apócrifo, publicado em 2013, foi escrito pelo rabino judaico Sergio Bergman. Bergman, para além de pastor judaico, é também um político argentino, assim como grande amigo e apreciador do Papa Francisco. É conhecido por ser um defensor do sincretismo religioso, participando frequentemente em iniciativas públicas inter-religiosas, com destaque para as famosas “celebrações ecuménicas” da Catedral de Buenos Aires.
Em novembro de 2013, Bergman contou com um convidado de honra especial na apresentação do seu “evangelho”, nada menos que Sua Excelência Reverendíssima o arcebispo D. “Tucho”. Porém, porque não foi convidado para falar sobre a arte de beijar, área em que se sentiria mais à vontade, D. “Tucho” perdeu-se completamente e saiu-se com esta, entre outras:
Ambos esperamos que o Messias venha a estabelecer o seu Reino, contudo para uns será a primeira vinda, e para outros será a segunda.
(Arcebispo D. Víctor Manuel Fernández inInfobae, 14/11/2013)
– Que horror, que blasfémia!
A notícia supracitada não refere se Sua Eminência D. “Tucho” tinha, ou não, andado às “beijocas” com alguma garrafa de vodka antes do discurso… É que, caso contrário, se essa frase foi mesmo proferida sob lucidez, é melhor ir buscar a cruz de São Bento e a água benta! Pobre Tucho!
Regressando ao autor do “evangelho”, Sergio Bergman defende aproximação do catolicismo ao judaísmo e a tudo o resto, mas recusa a ideia de que Jesus Cristo seja o Messias de Israel, o Redentor da humanidade. Para si, Jesus foi um mero rabino, como ele. E é uma pena que o seu grande amigo Bergoglio não o convença de que está completamente enganado quando espera por outro Messias, pois isso seria uma magnífica obra de misericórdia para com o próximo que lhe valeria a salvação eterna.
É bastante comum, neste dias, encontrar-se por aí muita gente, de diferentes áreas, que não aprecia muito Jesus Cristo mas adora Francisco. Até no judaísmo talmúdico isso acontece, vá-se lá saber porquê…