Quando a multidão que recebera o Santo Padre em estado de histeria coletiva, na Sala Paulo VI, estava já confortavelmente sentada, Francisco propôs um “novo exercício espiritual”.
Vale a pena ver também o vídeo abaixo, apesar de não estar traduzido, porque permite captar melhor o entusiasmo, a auto-confiança e a convicção do Santo Padre à medida que avança no “novo exercício espiritual”.
Em 1916, na Loca do Cabeço, em Fátima, os pastorinhos aprenderam com o Anjo um exercício espiritual radicalmente diferente ao nível do nosso posicionamento perante Deus.
Ao chegar junto de nós, disse:– Não temais! Sou o Anjo da Paz. Orai comigo.E ajoelhando em terra, curvou a fronte até ao chão e fez-nos repetir três vezes estas palavras:– Meu Deus! Eu creio, adoro, espero e amo-Vos. Peço-Vos perdão para os que não creem, não adoram, não esperam e não Vos amam.Depois, erguendo-se, disse:– Orai assim. Os Corações de Jesus e Maria estão atentos à voz das vossas súplicas.
As suas palavras gravaram-se de tal forma na nossa mente, que jamais nos esqueceram. E, desde aí, passávamos largo tempo assim prostrados repetindo-as, às vezes, até cair cansados.
(Ir. Lúcia do Imaculado Coração de Maria, IV Memória, 1941)
Que Deus nos ama já nós sabemos, a questão fundamental, aqui, é como corresponder ao Seu amor. Optar por permanecer amarrados ao pecado porque Ele nos ama de qualquer modo, ou porque achamos que Ele é só Misericórdia, seria equivalente chamar injusto a Deus. Temos portanto de tentar corresponder a esse grande amor com Fé, com orações e com ações. Através da verdadeira reconciliação com Ele.
A nossa posição perante o amor de Deus é aqui fundamental, até mesmo em termos físicos. Ajoelhar-se perante Deus para O adorar, quando Ele está fisicamente presente na Sagrada Eucaristia, é uma postura de humildade verdadeira e de veneração. É uma pena que o Santo Padre tenha grandes dificuldades em fazê-lo porque, desse modo, daria uma grande lição sobre o amor de Deus a toda a humanidade.
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Basto 2/2017