
Os bispos da Argentina têm sido dos mais avançados do mundo na aplicação da nova pastoral do discernimento e integração do adultério proposta pelo Papa Francisco. Na verdade, foram eles os que levaram menos tempo a compreender o que se pretendia realmente com a Amoris Laetitia, no fundo, aquilo que o Santo Padre tem vindo a pedir, de forma subtil mas insistente, logo desde o início do seu pontificado.
Na verdade – e só não vê que não quer mesmo ver – os critérios dos bispos argentinos foram aprovados e elogiados por Francisco e, posteriormente, divulgados pelos órgãos de informação do Vaticano para servirem de exemplo para outras comunidades católicas.
Depois da celebração de uma missa solene, na arquidiocese de Santa Fé, para dar a Comunhão a pessoas que vivem relações adúlteras já aprovadas por “discernimento”, chegou agora vez da diocese de Goya oferecer as estas pessoas um caminho alternativo ao tradicional arrependimento e contrição.
“é uma questão de integrar todos, é preciso ajudar cada um a encontrar o seu próprio modo de participar na comunidade eclesial, para que ele se sinta objeto de uma misericórdia «imerecida, incondicional e gratuita»”
“ninguém pode ser condenado para sempre”, porque “não é a lógica de Evangelho. Não me refiro somente aos divorciados em uma nova união, mas a todos, em qualquer situação em que se encontrem, é sempre o caminho de Jesus, o da misericórdia e da integração. O caminho da Igreja não é o de condenar ninguém”
(Mons. Adolfo Canecin, bispo coadjutor da diocese de Goya, in Corrientes Hoy, 22/08/2007 – tradução)
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Basto 8/2017