
Um grupo de 45 personalidades católicas, constituído maioritariamente por clérigos e académicos, enviaram uma petição ao Colégio Cardinalício para pedir ao Papa que “repudie” aquilo que entendem ser “proposições erradas” contidas na exortação apostólica Amoris Laetitia, que “podem ser entendidas como contrárias à Fé e à moral católicas”. De acordo com o jornal norte-americano National Catholic Register, esta petição foi redigida num documento de 13 páginas, traduzido em seis línguas, endereçado ao Cardeal Angelo Sodano, Decano do Colégio dos Cardeais, e também a 218 outros cardeais e patriarcas.
Para os signatários desta petição, vários elementos contidos na exortação apostólica publicada em abril encontram-se em “conflito com a doutrina católica”.
À exceção de Joseph Shaw, os signatários desta petição preferiram optar pelo anonimato, com medo de represálias. É caso para perguntar: “Quem são eles para julgá-los?”. Mas, na verdade, estes receios são cada vez mais naturais e fundamentados, uma vez que a nova “misericórdia” tende a fluir sempre para o mesmo lado, gerando grupos de excluídos que, por aqui e por ali, vão sendo acusados de coisas feias.
No mesmo sentido da petição supracitada, o portal de defesa da vida Lifesitenews reuniu 16 personalidades internacionais, defensores da vida e da família, para dar voz a um “Apelo ao Papa”. Imbuídos num “espírito de amor, humildade e Fé” suplicam ao Papa para que afirme a Verdade da Fé Católica sem ambiguidades e, dessa forma, restaure a clareza e acabe com a confusão produzida pela exortação apostólica Amoris Laetitia. Por outras palavras, apelam ao Papa para “ser o Santo Padre que os católicos necessitam”.

Esta iniciativa, concretizada em vídeo, é encabeçada por Dom Athanasius Schneider, Bispo Auxiliar da Diocese de Maria Santíssima no Cazaquistão.
A única coisa que surpreende nestas iniciativas é o facto de serem ainda tão poucas.
Pós-texto:
O grupo de personalidades anónimas referido no início do texto revelou, entretanto, as suas identidades.
Basto 7/2016