“LGBT” passa a fazer parte do glossário do Vaticano

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Joshua McElwee, coautor do livro A Pope Francis Lexicon observou na sua conta Twitter que o Instrumentum Laboris para o chamado Sínodo dos Jovens inaugura a utilização do acrónimo “LGBT” em documentos oficiais do Vaticano.

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Twitter de Joshua McElwee, 19/06/2018 (tradução livre).

 

197. Por exemplo, no SI [seminário internacional sobre a situação dos jovens no mundo, de 11 a 15 de setembro de 2017], alguns especialistas têm apontado como o fenómeno da migração pode tornar-se uma oportunidade para um diálogo intercultural e para a renovação de comunidades cristãs em risco de involução. Alguns jovens LGBT, através de várias contribuições feitas à Secretaria do Sínodo, desejam “beneficiar de maior proximidade” e experimentar um maior cuidado da Igreja, ao mesmo tempo que algumas CEs [Conferências Episcopais] questionam o que propor “aos jovens que em vez de formarem casais heterossexuais decidem formar casais homossexuais e, acima de tudo, desejam estar perto da Igreja “.

(Excerto do Instrumentum Laboris para a XV Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos; in Boletim da Sala de Imprensa do Vaticano, 19/06/2018 – tradução livre)

O Pe. James Martin SJ, ativista gay e consultor do Vaticano para as comunicações, não poderia ter ficado mais feliz com esta evolução ideológica no léxico da Igreja Católica Romana.

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Twitter do Pe. James Martin SJ, 19/06/2018 (tradução livre).

LGBT é um acrónimo frequentemente utilizado nos meios homossexualistas para referir um grupo social emergente que inclui “lésbicas, gays, bissexuais e transexuais” militantes da ideologia gay. Encontra-se, no entanto, já algo desatualizado, uma vez que tem vindo a ser substituído por outros mais recentes e expansivos, como LGBTI, LGBTQ e LGBTQ+, à medida que vai incluindo cada vez mais sensibilidades heterofóbicas. E se alguém pensa que isto ficará por aqui, está bem enganado… No ano passado, por exemplo, no Canadá, os professores do Ensino Básico foram obrigados a frequentar uma ação de formação sobre “LGGBDTTTIQQAAPP”.

Basto 6/2018

Sínodo dos jovens “pode terminar com uma revolução social”

O Vaticano já publicou o Instrumentum Laboris para a XV Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, também conhecida como o Sínodo dos Jovens, que decorrerá em outubro. A apresentação ficou a cargo do Secretário Geral do Sínodo, o Cardeal D. Lorenzo Baldissieri.

A esta distância e conhecendo-se os preparativos, muitos católicos temem já as consequências de mais um sínodo da era Francisco.

De repente, a palavra “revolução” passou a ser uma constante na linguagem da Igreja, mas não deixa de ser bastante adequada.

Basto 6/2018