Aquele falso argumento pseudo-humanista que dizia que a descriminalização da matança de crianças durante a sua gestação não aumentaria necessariamente o número de abortos é completamente refutado pela estatística portuguesa recente.
Número de abortos executados em Portugal entre 1999 e 2016. Fonte: Wikipédia, acesso em 30/06/2018 (adaptado).
O número de vidas brutalmente erradicadas ao abrigo da iníqua Lei nº 16/2007, de 17 de abril, já ultrapassou várias dezenas de vezes o número de baixas portuguesas na Primeira Guerra Mundial.
O cardeal D. Raymond Burke terminou ontem a sua visita a Portugal na cidade do Porto, onde apresentou o seu mais recente livro “O Amor Divino Encarnado”.
Cardeal D. Raymond Leo Burke no auditório do Hotel Ipanema Park, no Porto, 06/11/2017.
Independentemente das opiniões que cada um possa ter, este cardeal é uma figura da Igreja que dispensa qualquer tipo de apresentação, merecendo, portanto, todo o respeito fraternal e institucional. No entanto, a sua presença na segunda cidade mais importante do país parece que não conseguiu atrair um único representante do clero nortenho. A julgar pela indumentária dos presentes, o único sacerdote que ali se deslocara percorreu mais de uma centena de quilómetros para marcar presença.
A edição portuguesa deste livro encontra-se à venda na página da editora Caminhos Romanos.
Neste livro, o Cardeal Raymond Burke analisa a beleza e o poder da Sagrada Eucaristia, à luz dos ensinamentos de São João Paulo II e Bento XVI.
(in contracapa do livro “O Amor Divino Encarnado”, do Cardeal Burke)
Por vezes parece que entramos num novo paradigma religioso.
Os bispos portugueses continuam a necessitar das orações de todos nós. Durante esta semana, se possível ainda hoje, devemos fazer uma visita ao Santíssimo Sacramento para orar e confirmar, mais uma vez, o nosso total empenho na conservação do dogma da Fé em Portugal, o qual conduzirá o mundo ao triunfo do Imaculado Coração de Maria.
Durante esta semana, os bispos portugueses terão sido, muito provavelmente, submetidos a mais uma “suave apresentação de produtos” pastorais inovadores, durante as jornadas que decorreram em Fátima entre 19 a 21 de junho.
O tema das jornadas não podia estar mais na moda: ‘Formação da consciência e discernimento’, à luz das orientações do Papa para a família. E como toda a gente já sabe perfeitamente quais são as orientações do Papa para a família, é bastante provável que estas jornadas tenham sido orientadas no sentido da adaptação do clero português à aprovação “pastoral” do adultério e permissão de confissões e comunhões sacrílegas. As inovações radicais pretendidas para a Igreja Portuguesa já estão em vigor em vários países e dioceses do mundo inteiro, ainda que se encontrem em completa contradição com a doutrina da Igreja, conforme atestou o prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé.
A popularidade da ideologia da “nova misericórdia” é uma forte ameaça à doutrina cristã sobre o matrimónio e da família, apresentando-se, para muitos, como uma alternativa inquestionável.
Apresentação do manual “Como aplicar Amoris Laetitia“ do cardeal Martínez Sistach, em Madrid, in13TV (canal da Conferência Episcopal Espanhola), 15/02/2017
Esperemos que os bispos portugueses continuem fiéis Jesus Cristo e não caiam na tentação de entrar no novo “spa” episcopal. Nossa Senhora os guarde.
Neste dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, que é também o dia do Anjo Custódio da nossa nação, o Anjo de Portugal, o mundo continua a olhar para nós…
Há 100 anos, Nossa Senhora confiou a Portugal a missão de conservar para sempre a Fé e o mundo sabe disso.
Hoje, durante a atual crise de Fé que atravessa a cristandade, afetando principalmente os mais altos representantes da Igreja Católica, a humanidade olha ansiosamente para Portugal, à espera de um sinal claro da Terra de Santa Maria. O mundo necessita desse sinal anunciado em Fátima.
A Igreja Portuguesa está ainda em período adaptação à nova doutrina do Papa Francisco sobre a família e o matrimónio. O vídeo abaixo, publicado em novembro do ano passado, tem como protagonista o sr. Pe. Carlos Carneiro SJ e tem a chancela da Arquidiocese de Braga.
Convém lembrar que, se o jornal Sol não se enganou, em 2015, o arcebispo de Braga, D. Jorge Ortiga, era um dos principais opositores à aprovação “pastoral” do adultério. Esperemos que continue fiel ao seu ministério.
Algumas frases a respeito da Amoris Laetitia que merecem destaque:
(Estas citações não dispensam a visualização do vídeo onde estão contextualizadas)
“Quem vier ler este texto – estão a ver – apenas de um ponto de vista técnico, de facto fica pasmado e fica mais pasmado quando o próprio Papa diz que há questões, inclusive de discussão teológica e doutrinal, que não se respondem e que não se resolvem apenas por uma declaração, digamos assim, magisterial – estão a ver – dele ou dos bispos da Igreja Católica.”
“O Papa não pode sufocar a missão – estão a ver – dos outros seus irmãos bispos.”
“E porque é que é a “alegria do amor” e não aparece no título a “alegria da família”? Porque, ao contrário do que muitos têm dito, este texto não é uma exortação apostólica sobre a família, é um texto que é sobre o amor, é sobre o amor mais do que na família, mas a família é um dos lugares privilegiados onde o amor se realiza, onde o amor acontece, onde o amor, se concretiza.”
“…e quando fala nas realidades – estão a ver – que tocam situações muito delicadas e muito particulares de realidades amorosas como, por exemplo, são – estão a ver – recasamentos ou segundos casamentos pelo civil, quando fala, por exemplo, das pessoas com uma orientação homossexual e que querem ou não querem casar, ou como é que os pais católicos – imaginem – educam um filho com esta orientação e estas coisas todas [?], o que me espanta, e é muito importante saber, é a aprovação destes aspetos. Quer dizer, a mim, eu nunca pensei que estes pontos fossem tão avaliados positivamente…“
“Por exemplo, imaginem os namorados que vivem juntos antes de casar, e muitas outras situações idênticas… Está ali? Está sim senhor… E então que é que se diz? Está bem ou está mal? Não é está bem ou está mal, o que se diz é que há um caminho…”
“Mas para mim, o mais grave de tudo não era poder comungar ou não poder comungar, é nunca mais poder ser absolvido [!], que a maioria das pessoas nem sabe disto.”
“…isto é uma novidade para o nosso mundo e para a nossa cultura porque – estão a ver – quer dizer, a geração que me precedeu, a geração dos meus pais, dos meus avós era uma geração para quem a regra, a norma, tinha outro peso…”
A realização deste tipo de tertúlias, bem como a sua publicação por parte de uma arquidiocese historicamente tão importante como é a de Braga, comprova aquilo que o cardeal D. Vicenzo Paglia, presidente do Pontifício Conselho para a Família, dizia ontem à Radio Vaticano: a Amoris Laetitia está a ser acolhida pelos fiéis com entusiasmo.
Há uma grandíssima recepção por parte do povo de Deus, em todos os lugares no mundo. É um texto que tem sido acolhido com entusiasmo, no qual as pessoas veem grande simpatia pelas famílias, é também um texto de grande esperança. Passado um ano, os frutos são notáveis, mas obviamente a complexidade das situações exigirá ainda aplicações mais ligadas aos vários contextos culturais.
Um ano depois do aparecimento da Amoris Laetitia e da sua proliferação a nível mundial, não há ainda registos de casos confirmados desta perigosa prática pastoral em Portugal. Contudo, nos últimos dias, a imprensa católica portuguesa tem mostrado alguns indícios que fazem temer um surto de misericórdia atípica com a chegada da primavera e por causa da viagem do Papa Francisco a Fátima.
Neste momento, uma das regiões mais ameaçadas é a Península de Setúbal, por diversas razões:
A vontade da diocese de Setúbal de “potenciar ao nível local os frutos do trabalho de base” que o Papa Francisco tem dedicado à família (conforme se ouve na peça abaixo).
A recente aposta na criação de um novo tribunal eclesiástico para responder à crescente procura de nulidade matrimonial na região.
Possivelmente, o risco português será maior em algumas regiões do que em outras, mas seria prudente se país tivesse um plano de contingência nacional para responder preventivamente ao risco do avanço da nova misericórdia. O grande problema é que os leigos, aqueles têm olhos e veem, estão à espera dos seus sacerdotes, que por sua vez estão à espera dos seus bispos, e estes do(s) seu(s) Papa(s). Até lá, a consagração ao Imaculado Coração de Maria e a prática da devoção dos Cinco Primeiros Sábados podem ser um eficaz remédio profilático contra o perigo tentador da nova misericórdia. No caso da Península de Setúbal, há ainda a Senhora da Atalaia.
Em caso de emergência, fujam para a Serra da Arrábida…
O sr. Pe. Antonio Spadaro, homem forte da máquina de informação do Vaticano, veio ao Algarve dar um contributo para a “atualização” do clero das dioceses do Sul. Este jesuíta italiano, próximo do Papa Francisco, é um dos grandes promotores das inovações teológicas radicais promovidas pelo atual pontífice.
Não esconde o seu apreço pela nova misericórdia e critica quem, de alguma forma, a põe em causa, recorrendo aos mais absurdos argumentos. No caso dos “dubia” colocados pelos quatro cardeais, chegou até a recorrer à matemática para defender a abertura da Sagrada Comunhão a adúlteros nos termos propostos pelo Santo Padre.
Curiosamente, e provável que ele não saiba, há quem recorra precisamente a esse mesmo argumento matemático para se referir ao que “tem a ver” com o diabo… Mas ele insiste, e até vai mais longe quando nos lembra – e nisto tem razão – que o Papa já respondera aos “dubia” na carta enviada aos bispos argentinos, remetendo-nos assim para a respetiva leitura.
Agora deslocou-se a Portugal, à “periferia” da Europa, onde aproveitou para, de algum modo, começar a preparar a vinda do Papa Francisco em maio com a sua, já conhecida, “terapia”.
O sr. Pe. Spadaro deve estar a adorar o sol de inverno na Praia da Rocha, dadas as fotos e comentários que tem publicado sobre a sua passagem por Portugal.
O jornal público investigou os efeitos da reforma do Papa Francisco nos processos de nulidade matrimonial em Portugal. Dos 14 tribunais eclesiásticos existentes no nosso país, um é militar, portanto não é vocacionado para estas questões. Relativamente aos restantes, o Público só não teve acesso aos dados de Angra do Heroísmo e do Funchal.
O jornal contabilizou “196 pedidos de nulidade do casamento católico” neste ano de 2016 que ainda não terminou, correspondendo a um aumento superior a 50% face ao ano de 2015.
Público, 21/11/2016 (reportagem nas páginas 10 e 11)
“A iniciativa do Papa teve o mérito de ajudar a encarar estas declarações de nulidade matrimonial como parte da pastoral.”
(Pe. Fernando Varela, vigário judicial de Leiria-Fátima, in Público 21/11/2016)
Hoje choveu choveu bastante em Portugal, o que é normal para o mês de novembro. Mas não estará a Igreja Católica a aproximar-se também do seu inverno? É que a tempestade não para sequer por um momento, acabando por molhar sobretudo a santidade do matrimónio e da família.
Partindo da ideia de um amigo, este blogue pede a todos os seus leitores, colaboradores e amigos, em Portugal, no Brasil e no mundo em geral para rezarem hoje o terço a Nossa Senhora do Rosário de Fátima com a intenção de que o dogma da fé sempre se conserve em Portugal.E se possível façamos uma visita ao Santíssimo Sacramento para oferecer essa intenção.
Sacrário da Sé do Porto
Mais cedo ou mais tarde, o Imaculado Coração de Maria acabará por triunfar. Se for mais cedo, melhor será para todos nós.
De acordo com uma sondagem levada a cabo pela WIN/Gallup, uma organização especializada em estudos de mercado, Portugal aparece como o país, a nível mundial, onde o Papa Francisco é mais popular, somando um total de 94% de opiniões favoráveis e apenas 2% desfavoráveis; 4% não sabem ou não respondem. Este estudo de opinião, concluído no final do mês de março, utilizou uma amostra de mais de 63 milhares de inquiridos, distribuídos por 64 países.
Outras conclusões:
O Papa tem uma imagem positiva a nível mundial, reconhecida por muitas pessoas de crenças religiosas não católicas;
54% da população mundial tem uma opinião positiva do Papa Francisco, 12% tem uma opinião negativa e 34% não tem opinião formada.
A sua popularidade ultrapassa a de outros líderes mundiais como Obama ou Merkel.
A Argélia é o país onde o Papa regista mais opiniões desfavoráveis, seguido-se a Palestina e a Turquia, respetivamente.
A Espanha regista 80% de opiniões favoráveis e 9% desfavoráveis, 11% não sabem ou não respondem, surgindo em 7º lugar.
O Brasil regista 73% de opiniões favoráveis e 13% desfavoráveis, 14% não sabem ou não respondem, aparecendo em 15º lugar.
Portugal e Brasil foram os únicos países da CPLP contemplados neste estudo.
Se este estudo estiver certo, podemos dizer que o Santo Padre tem o mundo com ele, e em especial os portugueses.