E vós sereis odiados por todos, por causa do meu nome. Mas aquele que se mantiver firme até ao fim será salvo. (Mt 10, 22)
Rígidos, firmes… E agora, que devemos fazer? Vamos rezar pelas intenções que nos pede o apostolado do Pe. Eduardo Dougherty ou, pelo contrário, fazer por merecer as suas orações? Que tempos complicados!
Na homilia do dia 10 de outubro, em Santa Marta, o Papa Francisco condenou mais uma vez os “rígidos”, os “teimosos de alma”, porque “não entendem o que é a misericórdia de Deus”.
O Santo Padre alertou ontem, mais uma vez, para o perigo de ficarmos demasiado presos aos Mandamentos da Lei de Deus. A rigidez dos mandamentos, na opinião do Papa Francisco, põe em causa a nossa liberdade.
Porquê então Deus criou o mundo? “Simplesmente para partilhar a sua plenitude – afirmou o Papa – para ter alguém a quem dar e com o qual partilhar a sua plenitude”. E na recriação, Deus envia o seu Filho para “reorganizar”: faz “do feio, bonito; do erro, verdade; do mau, bom”.
“Como eu recebo isto que Deus me deu – a criação – como um dom? E se o recebo como um dom, amo a criação, protejo a Criação? Porque foi um dom! Como recebo a redenção, o perdão que Deus me deu, o fazer-me filho com o seu Filho, com amor, com ternura, com liberdade ou me escondo na rigidez dos mandamentos fechados, que sempre sempre são mais seguros – entre aspas – mas não dão alegria, porque não o faz livre. Cada um de nós pode perguntar-se como vive essas duas maravilhas, a maravilha da criação e ainda mais a maravilha da recriação. E que o Senhor nos faça entender esta grande coisa e nos faça entender aquilo que Ele fazia antes de criar o mundo: amava! Nos faça entende o seu amor por nós e nós podemos dizer – como dissemos hoje – ‘És tão grande Senhor! Obrigado, obrigado!’. Vamos adiante assim”.