É um fé inclusiva, onde cabem todos os ídolos pagãos e tudo em que se queira acreditar e ainda o nada. Quem não acredita em nada, é convidado a rezar ao nada…
Grupo de neocatólicos reza “via-sacra” amazónica em Roma, misturando as estações do Caminho da Cruz com feitiçaria tribal, cultos pagãos e cartazes de ativistas dos movimentos marxistas indigenistas. O ritual sincretista termina no interior da Igreja de Santa Maria em Traspontina, mesmo à porta do Vaticano, onde, por estes dias, se celebram diariamente exóticos “momentos de espiritualidade amazónica“.
No passado dia 7 de outubro, dia de Nossa Senhora do Rosário, alguns bispos presentes na Basílica de São Pedro, em Roma, juntaram-se à dança pagã em honra da Mãe Terra, transportando depois a estatueta da divindade pagã, em procissão, até à sala onde decorrem os trabalhos do Sínodo da Amazónia.
O atual pontífice da Igreja Católica continua determinado em substituir o velho cristianismo por “uma compreensão mais ampla e mais profunda da realidade”, de acordo com o novo paradigma da coexistência das diversas religiões que, segundo a novíssima doutrina de Francisco, é desejado por Deus. O foco central deixa de ser Jesus Cristo e a salvação universal para passar a ser a preservação da “casa comum”. Neste sentido, Francisco irá celebrar um “Pacto Educativo Global“, em Roma, no dia 14 de maio de 2020.
Eis então a necessidade de construir uma «aldeia da educação», onde, na diversidade, se partilhe o compromisso de gerar uma rede de relações humanas e abertas. Para isso, antes de mais nada, o terreno deve ser bonificado das discriminações com uma injeção de fraternidade, como defende o Papa no Documento assinado com o Grande Imã de Al-Azhar.
É a Igreja de Jesus Cristo transformada numa enorme ONG ao serviço da Nova Ordem Mundial. Ou será que alguém ainda acredita que o Papa Francisco irá aproveitar o facto de ser na semana das aparições de Fátima para convidar aquela gente toda a prostrar-se perante o Santíssimo Sacramento em adoração ou a rezar o terço pelo triunfo do Imaculado Coração de Maria?
Durante o encontro inter-religioso que ontem se realizou em Maputo, onde estiveram presentes representantes de diversas falsas religiões existentes em Moçambique, o Santo Padre destacou o discernimento vocacional de Eusébio da Silva Ferreira e da sua forte perseverança no futebolismo.
O Papa Francisco, em mais um dos seus ensinamentos absurdos e contrários ao Evangelho, declarou que Deus deseja a coexistência de várias religiões diferentes numa fraternidade humana universal. Nesse sentido, a salvação universal não viria da fé em Jesus Cristo, o Salvador do Mundo, mas antes da capacidade de “convivência comum”, independentemente daquilo em que cada um acredite.
Dirigimo-nos aos intelectuais, aos filósofos, aos homens de religião, aos artistas, aos operadores dos mass-media e aos homens de cultura em todo o mundo, para que redescubram os valores da paz, da justiça, do bem, da beleza, da fraternidade humana e da convivência comum, para confirmar a importância destes valores como âncora de salvação para todos e procurar difundi-los por toda a parte.
[…]
O pluralismo e as diversidades de religião, de cor, de sexo, de raça e de língua fazem parte daquele sábio desígnio divino com que Deus criou os seres humanos.
A declaração escrita foi assinada por Francisco e coassinada pelo líder maometano de Abu Dabhi, o Grão Imame Ahmad Al-Tayyeb, durante a recente viagem apostólica do Papa Francisco aos Emirados Árabes Unidos.
É evidente que Francisco – e isto é assustador – só causaria alguma surpresa nesta viagem “apostólica” se pregasse aos muçulmanos a Verdade do Evangelho e a necessidade de conversão a Jesus Cristo. Convém recordar que, ainda há pouco tempo, a Santa Sé fez um apelo de conversão aos irmãos muçulmanos, mas não era bem a Jesus Cristo que se referiam…
À semelhança dos dois anos anteriores, o rabino Marcelo Polakoff e o bispo D. Pedro Javier Torres, ambos da Argentina, publicaram mais um videoclipe de “Feliz Natal/Chanucá”.
Esta simbiose “ecuménica” de sentimentos cristãos e talmúdicos é muito estranha, particularmente nesta época do ano em que celebramos o nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo. É que, na verdade, ela junta a alegria dos que receberam o Messias do Deus de Israel, nascido da Virgem Maria em Belém da Judeia, com a alegria daqueles, precisamente, que O rejeitaram e continuam a rejeitar.
Rezemos pela conversão dos judeus que ainda não creem e pelos católicos que já deixaram de crer.
Em janeiro de 2016, o Vaticano chocou alguns católicos com a publicação de um vídeo sacrílego onde a imagem do Menino Jesus aparecia equiparada a símbolos de crenças não cristãs e onde o Santo Padre explicava que “muitos […] procuram ou encontram Deus de diversas maneiras“, inclusivamente através da confiança “em Buda”.
Este vídeo dava início a uma série catequética repleta de exotismo onde, logo no mês seguinte, o Santo Padre continuava que “precisamos de uma conversão que nos una a todos“. Conversão a quê?
Uma conversão universal ao cristianismo ambientalismo?
Quase dois anos depois, o Vaticano resolveu agora, neste mês de novembro, lançar uma versão light do vídeo sacrílego de janeiro de 2016. Nesta nova versão, as partes graficamente mais abusivas e ultrajantes em relação a Nosso Senhor Jesus Cristo foram retiradas e substituídas por beijinhos e abraços, mantendo-se contudo o mesmo guião pautado pela indiferença sincretista do versão anterior.
Vídeo do Papa Nº1 – 01/2016 – versão original
Vídeo do Papa Nº1 v2 – 11/2017 – nova versão light
Não se conhecem ainda as razões que terão levado a produtora a fazer uma nova versão deste vídeo. Talvez tenha sido por uma questão de respeito pelas pessoas mais sensíveis. Nesta necessidade de diálogo é necessário demonstrar algum respeito também por aqueles que ainda acreditam.
Ao chegar ao seu 19.º episódio, o enredo da série “Vídeo do Papa”, produzida pela empresa argentina La Machi, torna-se cada vez mais surpreendente e imprevisível… O Santo Padre pede agora para rezarmos pelas “pessoas afastadas da Fé Cristã”.
No entanto, pelo que percebemos neste episódio, os visados das orações são os próprios cristãos!
Tendo em conta outros episódios anteriores, dá vontade de perguntar o que é a “esperança cristã” à qual se refere agora o Santo Padre? Se o cristianismo for apenas um dos “muitos modos” de “encontrar Deus”, a “nossa alegria” é a alegria de possuir uma religião igual a todas as outras… É a alegria vã de, no fundo, não possuir nada!
Nesse caso, talvez nem valha a pena preocuparmo-nos com as “pessoas afastadas da Fé Cristã” porque, pelo que diz o Santo Padre, podem sempre “encontrar Deus de muitos modos”. Talvez elas queiram procurar um outro modo diferente de “encontrar Deus”, já que é tudo a mesma coisa…
No ano passado, por esta altura, foi publicado na Argentina um videoclipe para assinalar a celebração do Natal Cristão e a celebração judaica do Chanucá. Os seus personagens não são atores cómicos, são o rabino Marcelo Polakoff e o bispo argentino D. Pedro Javier Torres.
O que une afinal a Solenidade do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo ao Chanucá judaico?
“O que levanta uma diferença entre o judaísmo e o cristianismo tem a ver não com a figura de Jesus no sentido histórico, mas com a ideia de Jesus como um messias. Compartilhamos a ideia de Jesus, mas diferimos na ideia de Cristo.”
(Rabino Marcelo Polakoff inBBC Mundo a 24/12/2010)
Significado da palavra “Cristo”: Ungido,o Ungido de Deus; o Messias; o Redentor; o Salvador.
No entanto, hoje, isso é como se fosse um mero pormenor sem importância. Festa é festa! E porque não associar a festa do Nascimento do Messias à festa daqueles que há dois milénios que O rejeitam?
O videoclipe da dança do bispo argentino faz lembrar um outro vídeo publicado poucas semanas depois… Não deve ser por acaso. A convergência de estilos pastorais é visível até na preferência pelo sinistro crucifixo de Vedele.
Jesus respondeu-lhe: «Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém pode ir até ao Pai senão por mim. (Jo 14, 6)
Enfim, são opiniões diferentes…
O que significará a palavra “evangelizar” para os atuais responsáveis pela Igreja Católica? Será apenas confraternizar, dançar e cantar? Se as religiões são todas a mesma coisa, por que razão nasceu o Messias? Serão o judeus redimidos pelo Chanucá? É claro que não!
Este ano, chegados a dezembro, os mesmos protagonistas gravaram um novo videoclipe do género do anterior, o qual se inicia com uma acutilante piada de mau gosto.
Rezemos pela conversão dos judeus e também pela conversão dos católicos a Jesus Cristo, o Deus Verdadeiro.
À semelhança do ano passado, este evento teve lugar no aniversário da “Invocação pela Paz” promovida pelo Papa Francisco, na Santa Sé, no dia 8 de junho de 2014. Esta “invocação” panreligiosa visava fomentar a paz entre israelitas e palestinianos, tendo ocorrido poucos meses depois da viagem papal à Terra Santa.
Senhor, ajudai-nos Vós! Dai-nos Vós a paz, ensinai-nos Vós a paz, guiai-nos Vós para a paz. Abri os nossos olhos e os nossos corações e dai-nos a coragem de dizer: «nunca mais a guerra»; «com a guerra, tudo fica destruído».
Excerto da oração do Papa Francisco pela paz in Agência Ecclesia, 08/06/2014
Muita gente distraída não reparou na coincidência das datas, que talvez não passasse mesmo de uma mera coincidência, mas exatamente um mês depois desta “invocação” multirreligiosa ter ocorrido, no dia 8 de julho de 2014, iniciou-se um novo conflito armado entre Israel e a Palestina – o mais violento desde 1967 – que produziu milhares de mortos na Terra Santa, para além das listas intermináveis de feridos e desalojados.
Todos nós queremos a Mãe Terra porque ela é quem nos deu a vida e nos protege, eu diria que é também a irmã Terra porque nos acompanha no nosso caminho existencial, mas o nosso dever é cuidar dela como se cuida de uma mãe ou de uma irmã, com responsabilidade, com ternura e paz.
Mãe Terra, Mãe Natureza, deusa Gaia, ou também Pachamama na América do Sul, são tudo designações semelhantes atribuídas a uma divindade pagã, própria do ideário mitológico das civilizações antigas. Na idade contemporânea, esta divindade é ainda evocada por culturas tribais e movimentos neopagãos de origem urbana.
Matthias Merian, 1617
Ouvir o Bispo de Roma, o Vigário de Cristo na Terra, evocar publicamente aquela assombrosa figura lendária, afirmando que ela “nos deu a vida e nos protege”, deve ter provocado espanto até aos simpáticos jainistas que ali estavam de passagem! Contudo, os restantes prelados católicos ali presentes ouviram o Santo Padre – aparentemente – com uma certa indiferença, como se já estivessem habituados às suas excentricidades espontâneas…