Declaração de acusação a Francisco

Uma declaração conjunta de acusação à orientação do pontificado do Papa Francisco foi publicada simultaneamente em dois reconhecidos jornais católicos tradicionalistas norte-americanos, nomeadamente o Catholic Family News e o The Remnant. O documento é assinado pelos respetivos editores John Vennari e Michael Matt, e pelo colunista Christopher Ferrara. Três nomes que nos habituámos a ver, ao longo de tantos anos, associados ao Fatima Center (Apostolado de Fátima fundado pelo Pe. Nicholas Gruner) na defesa da Fé Católica e da integral mensagem de Fátima.

Com fervorosa preocupação: nós acusamos o Papa Francisco

Escrito pelo The Remnant e pelo Catholic Family News

(título do documento)

accusation

O documento foi publicado sucessivamente em três partes, sob a forma de carta aberta dirigida ao Santo Padre, focando vários dos principais escândalos do pontificado do Papa Francisco que se repercutiram através da comunicação social. É um documento relativamente longo e pormenorizado, com referências a factos e ligações aos sítios onde estão documentados.

Parte 1

19 de setembro de 2016

Festa de São Januário, no mês de Nossa Senhora das Dores

Sua Santidade:

A seguinte narrativa, escrita em nosso desespero como membros leigos inferiores, é o que devemos chamar uma acusação a respeito de seu pontificado, o qual tem sido uma calamidade para a Igreja de tal proporção que encanta os poderes deste mundo. O evento culminante que nos impeliu a dar este passo foi a revelação da sua carta “confidencial” aos bispos de Buenos Aires autorizando-os, com base exclusivamente nos seus próprios pontos de vista expressos na Amoris Laetitia, a admitir determinados adúlteros públicos em “segundos casamentos” aos sacramentos da Confissão e da Sagrada Comunhão sem qualquer firme propósito de alterar suas vidas abandono as suas relações sexuais adúlteras.

[…]

Parte 2

[…]

Parte 3

[…]

Mas se  não desistir de seguir essa sua vangloriosa “visão” de uma Igreja mais “misericordiosa” e evangélica do que aquela fundada por Cristo, cuja doutrina e disciplina  Sua Santidade procura dobrar à sua própria vontade, permita aos cardeais que lamentam o erro de o terem eleito honrar os seus juramentos de sangue e, pelo menos, reclamem publicamente que  mude de rumo ou renuncie ao cargo que eles tão imprudentemente lhe confiaram.

Entretanto, temos o dever de nos opormos aos seus erros, de acordo com nossa própria posição na Igreja, e de exortar os outros católicos a participar nessa oposição usando todos os meios legítimos à nossa disposição para mitigar os danos que Sua Santidade parece determinado a infligir no Corpo Místico de Cristo. Tendo falhado todos os outros recursos interpostos, não temos outro caminho.

Deus tenha misericórdia de nós, a Sua Igreja, e de si, a sua cabeça na Terra.

Maria, Auxílio dos Cristãos, rogai por nós.

A carta de acusação faz referência a São Roberto Belarmino para justificar o sentido de obrigação que impeliu os seus autores a tomar esta atitude.

 “Assim como é lícito resistir ao Pontífice que agride o corpo, também é lícito resistir àquele que agride as almas ou destrói a ordem civil ou, acima de tudo, tenta destruir a Igreja. Eu digo que é lícito resistir-lhe não cumprindo as suas ordens e impedir a execução de sua vontade. Não é lícito, porém, julgá-lo, puni-lo, ou depô-lo.” (São Roberto Belarmino, De Controversiis sobre o Pontífice Romano, Livro II, Cap. 29)

(Reportagem da Gloria TV News, com tradução em espanhol na descrição abaixo do vídeo no Youtube)

Versão em português

(entretanto publicada)

 

Basto 9/2016

Putin vs. Obama: quem é o bom?

O jornal católico tradicionalista norte-americano The Remnant lançou, este fim de semana, um vídeo onde enaltece a liderança pro-cristã de Vladimir Putin em contraste com laicismo da governação de Barak Obama. O vídeo intercala imagens do “religioso” Putin com repetições de uma curta gravação de Obama:

Não somos mais uma nação cristã…

(Barack Hussein Obama)

No final, o vídeo conclui com as seguintes frases:

Faz-nos pensar…

Quem são os maus?

(The Remnant TV)

Enfim, quando se vê um órgão de comunicação social com a qualidade editorial e a responsabilidade social que tem o The Remnant a enaltecer um antigo agente do KGB como modelo de liderança política, é inevitável que surja uma certa azia nos estômagos daqueles que ainda se lembram da perseguição que os católicos sofreram durante os anos negros da URSS.

Vladimir Putin, apesar de elogiar frequentemente a cultura cristã, não condena o comunismo, antes pelo contrário, e considera que o colapso da URSS foi uma enorme catástrofe. No entanto, é mesmo verdade que Obama, tal como a maioria dos líderes ocidentais, governa de forma hostil ao cristianismo.

O momento atual é bastante confuso e o futuro imediato é muito incerto.

 

Basto 8/2016