Igreja da Santíssima Trindade, em Nogisnk, região de Moscovo, na Rússia, a única pertencente à Igreja Ortodoxa Ucraniana em todo o território russo, foi demolida por ordem judicial.
Fonte: risu.ua
Igreja da Santíssima Trindade, em Nogisnk, região de Moscovo, na Rússia, a única pertencente à Igreja Ortodoxa Ucraniana em todo o território russo, foi demolida por ordem judicial.
Fonte: risu.ua
Igreja de São Miguel Arcanjo, em Zmiivka, região de Kherson, Ucrânia, novamente atacada pelos invasores russos no dia 5 de abril de 2024.
Fonte: df.news
Anteriores ataques russos a esta igreja:
Igreja local de Zolota Balka, na região de Berislav, Ucrânia, atacada pelos invasores russos no dia 3 de abril de 2024.
Fonte: risu.ua
Fonte: youtube.com/@padrejosejacintodefarias, em 31/03/2024.
No Céu, tudo é paz e alegria. Mas, infelizmente, não é assim sobre a terra! Aqui, neste nosso mundo, o aleluia pascal contrasta ainda com os lamentos e gritos que provêm de tantas situações dolorosas: miséria, fome, doenças, guerras, violências. E todavia foi por isto mesmo que Cristo morreu e ressuscitou! Ele morreu também por causa dos nossos pecados de hoje e também para a redenção da nossa história de hoje Ele ressuscitou.
Santo Padre Bento XVI, Mensagem Urbi et Orbi da Páscoa de 2011.
Igreja local de Novoosynove, na região de Kharkiv, Ucrânia, atacada pelas forças invasoras russas no dia 18 de março de 2024.
Fonte: slk.kh.ua
“Dei a bênção a nove casais do mesmo sexo”
Pe. Daniel Lima
Contexto da frase:
A frase atribuída ao sacerdote brasileiro radicado em Portugal aparece grafada entre aspas como título de um texto publicado pela revista Sábado, na sua página digital, no dia 20 de março. À exceção do parágrafo inicial, o texto é acessivel apenas aos assinantes da publicação.
Fonte: https://www.sabado.pt/vida/detalhe/padre-daniel-dei-a-bencao-a-nove-casais-do-mesmo-sexo-
Fonte: youtube.com/@padrejosejacintodefarias, em 24/03/2024.
Igreja de São Nicolau, em Tatarka, Kiev, Ucrânia, depois de um ataque de mísseis russos no dia 21 de março de 2024.
Fonte: kp.ua
Ainda não temos a versão completa da entrevista concedida pelo Papa Francisco à RTS (Radio Télévision Suisse) que aparentemente será publicada apenas no dia 20 de março. Segundo o Gabinete de Imprensa da Santa Sé, a referência a uma “bandeira branca” na entrevista é um apelo às negociações e não à rendição da Ucrânia. Na conversa, o Santo Padre fala não só da guerra russa contra a Ucrânia, mas também da guerra entre Israel e o Hamas. Como tem feito repetidamente, o Papa Francisco apela a soluções negociadas para conflitos armados.
A este respeito, gostaríamos de refletir não sobre a declaração do Papa, mas sobre o ponto de vista das vítimas da invasão da Ucrânia pela Rússia. É importante compreender a posição da maioria dos ucranianos.
Para qualquer pessoa no terreno na Ucrânia, é claro que os cidadãos da Ucrânia estão – como afirmamos durante as nossas reuniões com os líderes religiosos, políticos e comunidades da diáspora dos EUA nas cidades de Washington DC, Filadélfia e Nova Iorque – “cansados mas inquebráveis, cansados mas resilientes.” Os ucranianos não podem render-se porque render-se significa morte. As intenções de Putin e da Rússia são claras e explícitas. Os objetivos não são os de um indivíduo: 70% da população russa apoia a guerra genocida contra a Ucrânia, tal como o Patriarca Kirill e a Igreja Ortodoxa Russa. Os objetivos expressos são articulados em ações concretas.
Na mente de Putin, não existe Ucrânia, história ucraniana, língua e vida eclesiástica ucraniana independente. Todos os assuntos ucranianos são construções ideológicas que devem ser erradicadas. A Ucrânia não é uma realidade, mas uma mera “ideologia”. A ideologia da identidade ucraniana, segundo Putin, é “nazista”.
Ao chamar todos os ucranianos (que se recusam a ser russos e aceitam o domínio russo) de “nazis”, Putin desumaniza-os. Os nazis (neste caso, os ucranianos) não têm o direito de existir. Eles precisam de ser aniquilados, mortos. Os crimes de guerra em Bucha, Irpin, Borodianka, Izium e noutros locais ocupados pelas forças russas ilustraram aos ucranianos (e a todas as pessoas de boa vontade) o objetivo claro desta guerra: eliminar a Ucrânia e os ucranianos. Vale a pena mencionar que toda ocupação russa do território ucraniano conduz à erradicação da Igreja Católica Ucraniana, de qualquer Igreja Ortodoxa Ucraniana independente e à supressão de outras religiões e de todas as instituições e expressões culturais que não apoiam a hegemonia russa.
Os ucranianos continuarão a defender-se. Eles sentem que não têm escolha. A história recente demonstrou que com Putin não haverá negociações verdadeiras. A Ucrânia negociou o seu arsenal nuclear em 1994, na altura o terceiro maior do mundo, maior do que o da França, do Reino Unido e da China juntos. Em troca, a Ucrânia recebeu garantias de segurança relativamente à sua integridade territorial (incluindo a Crimeia) e independência, que Putin foi obrigado a respeitar. O memorando de Budapeste de 1994, assinado pela Rússia, pelos EUA e pelo Reino Unido, não vale o papel em que foi escrito. O mesmo acontecerá com qualquer acordo “negociado” com a Rússia de Putin.
Não obstante as sugestões de necessidade de negociações vindas de representantes de diferentes países, incluindo o próprio Santo Padre, os ucranianos continuarão a defender a liberdade e a dignidade para alcançar uma paz justa. Eles acreditam na liberdade e na dignidade humana dada por Deus. Eles acreditam na verdade, na verdade de Deus. Eles estão convencidos de que a verdade de Deus prevalecerá.
Os bispos do Sínodo Permanente da Igreja Greco-Católica Ucraniana, reunidos nos EUA:
Sua Beatitude Sviatoslav,
Arcebispo-Mor de Kiev-Halych,
Pai e Chefe da UGCC
Reverendíssimo Borys Gudziak,
Arcebispo Católico Ucraniano e Metropolita da Filadélfia
Reverendíssimo Włodzimierz Juszczak,
Bispo da Eparquia de Wrocław — Koszalin
Reverendíssimo Bohdan Dzyurakh,
Exarca Apostólico na Alemanha e na Escandinávia
Reverendíssimo Josaphat Moshchych,
Bispo de Chernivtsi
10 de março de 2024
–
Fonte: ugcc.ua (página oficial da Igreja Greco-Católica Ucraniana), em 10 de março de 2024 (tradução nossa).
Sem condenar a agressão russa ao país vizinho, o Papa Francisco aconselha a Ucrânia a render-se perante o invasor.
A nossa vida renova-se, mas a vida da Igreja e a vida do mundo também se renovam à Luz de Deus
Fonte: youtube.com/@padrejosejacintodefarias, em 04/03/2024.
Igreja de Jesus Cristo, da comunidade protestante, em Kupyansk, Ucrânia, destruída por um bobardeamento russo no dia 28 de fevereiro de 2024. O pastor, retirado dos escombros, acabou por morrer devido a ferimentos graves.
Fonte: spzh.media
Igreja Igoriv, em Horlivka, Ucânia, danificada pelo bombardeamento russo de 25 de fevereiro de 2024.
Fonte: spzh.media
Oksana Yuchkovich, jornalista católica bielorrussa de 34 anos, foi detida em 23 de janeiro, juntamente com mais de 100 pessoas, pela polícia do seu pais, encontrando-se ainda incontactável. Oksana é uma personalidade conhecida na Bielorrússia pela sua atividade na organização de eventos católicos e pela participação num projeto televisivo cristão dirigido às crianças.
Desde que foi presa, deixou de atualizar as suas páginas nas redes soiciais, mas deixou uma publicação em tom de testamento:
Não deixes que a coisa mais preciosa que tu tens seja roubada. Eu acredito porque podemos perder tudo: ganhos, influência, bens, ficar atrás de uma porta de metal fechada num quarto sem janelas e em completa solidão e escuridão, mas mesmo assim, sem nada, teremos – fé. E ela nos conduzirá pelo corredor da paz, nos encherá de esperança e nos ajudará a suportar as maiores trevas e o frio.
Não permitas que seja destruído o teu Amor, que na mesma escuridão e frio não permitirá que nasça o medo e aquecerá os teus dedos gelados. Não permitas que a tua ligação com a família, tanto a tua família de sangue como a família do teu povo, seja destruída. As tradições que carregamos de família também são um dos principais fatores para nos preservarmos e levarmos a luz.
Não deixes que a tua compaixão seja destruída, porque ela salva aqueles que estão em apuros: atrás das grades, nos hospitais, nas ruas…
Não vamos destruir a nossa memória. Afinal, ela ajuda-nos a preservar a nossa dignidade e a ter orgulho do nosso passado e, por isso, a construir um futuro honesto e a resistir aos crimes contra a humanidade. E sê corajoso neste confronto.
Cuida de todos à tua volta.
Oksana Yuchkovich, Janeiro de 2024 (tradução nossa).
A repressão política sobre pessoas e instituições religiosas tem vindo a aumentar no protetorado putinista da Bielorrússia.
Fontes: rkc.org.ua e katolik.life.
Ihar Losik, agora com 31 anos, é um jornalista bielorrusso católico, prisoneiro político no protetorado putinista da Bielorrússia. Encontra-se há mais de um ano incontactável, a sua família recebeu uma última carta enviada a 20 de fevereiro de 2023. Desde então, não lhe é permitido trocar correspondência, nem receber encomendas ou visitas. Losik foi condenado a uma pena de 15 anos por ter criticado o regime político do seu país.
Desesperado, em 2021, chegou a enviar uma carta ao Papa Francisco na qual pede ajuda e orações:
“Foram feitas ameaças à minha família, à minha filha de 2 anos – essas pessoas não consideram nada sagrado. Eles decidiram simplesmente acabar comigo. Eles não me deixaram outra opção a não ser provar minha inocência postumamente. Tentei abrir minhas veias”, […]. “Quinze anos de prisão por nada, sem ver minha filha é pior que a morte.”
Excerto da carta enviada ao por Ihar Losik ao Papa, em agosto de 2021; in Catholic News Agency, 31/07/2023 (tradução nossa).
Por muito más que sejam as chamadas democracias do Ocidente, é difícil perceber como é que tantos conservadores e católicos ocidentais desejam que este tipo de regime vença na Ucrânia, na Europa e no mundo em geral. Isto só pode ser mesmo o resultado de uma grande operação psicológica, como escreveu recentemente o jornalista e historiador italiano Roberto de Mattei. De entre todos os erros que a Rússia espalhou pelo mundo, este deve ser o mais difícil de compreender.
Fonte: rferl.org e catholicnewsagency.com.
Pe. Henrykh (Henadz) Akalatovich, sacerdote católico de 70 anos de idade, em novembro de 2023, sobre acusação de “alta traição” à nação.
De acordo com o último relatório da ONG bielorrussa Viasna, em 31 de janeiro de 2024, o protetorado putinista da Bielorrússia tinha já 1.429 presos políticos, incluindo 170 mulheres e cerca de 530 jovens.
Fonte: agensir.it
Pe. Grigory Mikhnov-Vaitenko, sacerdote ortodoxo russo de São Petersburgo, detido depois de anunciar que iria celebrar um serviço religioso em memória de Alexei Navalny. A sua detenção ocorreu pouco tempo depois de ser conhecida a morte do opisitor do regime putinista, à semelhança do que aconteceu com mais de 170 pessoas que espontaneamente tentaram homenagear publicamente o político falecido.
Fonte: themoscowtimes.com
Fonte: youtube.com/@padrejosejacintodefarias, em 25/02/2024.
Igreja de Santa Maria Madalena, em Avdiivka, Ucrânia, em Fevereiro de 2024.
Fonte: risu.ua