A banda argentina de rock católico dedicada à “nova evangelização” fez parte dos programas das últimas edições da Jornada Mundial da Juventude e espera marcar presença também, em 2022, na capital portuguesa.
O evento católico precisará de reunir alguns nomes grandes em Portugal, dada a forte concorrência do Meo Sudoeste e de outros festivais de verão.
A banda Gen Verde, uma girls band de pop-rock “católico” nascida no seio do Movimento Focolares, inicia, esta semana, uma digressão em terras lusitanas para apresentar à juventude o seu novo projeto “From the Inside Outside”.
Ao todo, as Gen Verde organizarão seis retiros – chamemos-lhes assim – onde, além dos concertos, serão dinamizados workshops de preparação dos jovens para a participação no próprio concerto, seguindo o propósito da fundadora do movimento católico onde a banda surgiu.
“[…] com o objetivo de elas, através da música, fazerem uma revolução. Uma revolução de amor em que, no fundo, através da música conseguiriam transmitir a ideia de que aquilo que é mais importante é este amor ao próximo e, através disso, criar um mundo mais unido onde a fraternidade universal fosse possível.”
(Madalena Sepúlveda Maia, Movimento Focolares; inEcclesia, 23/04/2019)
O itinerário da girls band católica em Portugal passará por seis cidades portuguesas, começando no Minho e acabando no Algarve, e inclui uma atuação no Centro Pastoral Paulo VI, no Santuário de Fátima, no fim de semana anterior ao 13 de Maio.
A religiosa Cristina Scuccia, que descobrira há poucos anos a sua vocação para o escândalo num concurso de talentos da televisão italiana, partiu em “missão” rumo aos EUA para provocar escândalo na televisão americana. Na sua recente participação no The World’s Best, do canal de televisão CBS, a freira rebelde concorreu com uma interpretação do tema “Born this way” da cantora satânica Lady Gaga.
A música “Born this way”, que quer dizer “nascido(a) deste jeito”, foi mundialmente adotada pela comunidade gay como um hino LGBT.
O Pe. Jason Gouveia, o precursor da nova pastoral Brassika, também gravou uma versão do hino oficial da Jornada Mundial da Juventude 2019. Trata-se de uma interpretação em ritmo raeggaton, produzida com o apoio do Dj Roony Moura, para fazer abanar o capacete em qualquer discoteca mais ou menos católica.
O clero português quer mostrar que está preparado para receber a JMJ de 2022.
A banda espanhola de “rock católico” La Voz del Desierto regressacom um novo disco e um videoclipe gravado nos EUA, preparando-se agora para uma digressão no Continente Americano.
Será isto a “nova evangelização”? Serão estes os novos missionários da Igreja Católica?
Fundada em Portland, nos EUA, The Thirsting assume-se comouma banda de “música católica de vanguarda” que “proclama abertamente as verdades da fé católica”. O seu primeiro álbum foi lançado em 2008 e, desde então, já lançou mais dois, em 2011 e 2017, respetivamente.
“The Thirsting são um excelente exemplo de uma forma de atualizar a Nova Evangelização.”
Ninguém tem nada contra este tipo de espetáculos, até porque são uma boa alternativa de verão aos concertos de música pimba, mas tinha mesmo de ser dentro da Igreja?
O concelho de Loures tem espaços bem mais adequados a este tipo de iniciativas, mas mesmo que não tivesse, havia sempre a hipótese de uma tenda de eventos.
O Santuário de Fátima divulgou ontem o hino oficial para a visita do Papa Francisco a Fátima, publicando um videoclipe produzido pela Agência Ecclesia. Intitula-se “Deus em mim”. A letra é do Pe. José Tolentino Mendonça, a música de João Gil e as vozes pertencem ao grupo Vocal Emotion.
Fiquei muito contente quando me disseram que construísse uma letra em torno de um refrão estabelecido, que tem a ver com a proposta do centenário e com a visita do Papa Francisco: “Com Maria, peregrino da esperança e da paz”. Essas seriam as palavras centrais.
Eu só teria de contar como é que se chega a elas; como é que dos múltiplos caminhos, pertenças e procuras (ou não-pertenças ou não procuras) descobrimos, no fundo do coração, que uma das experiências mais vitais que Fátima proporciona é a possibilidade de nos descobrirmos peregrinos.
(Pe. José Tolentino de Mendonça in Agência Eccleisa, 12/03/2017)
Esta música não é só para as pessoas de Igreja, como se costumam denominar, mas é para toda a gente. É para crentes, é para não crentes, é para pessoas que gostem de música – que eu acho que abrange todos e todas as culturas.
Não somos propriamente um grupo de pessoas que estão juntas por razões católicas, mas pela música.
(João Eiró, membro dos Vocal Emotion, inRádio Renascença, 12/03/2017)
Um “hino pop”, como lhe chamou a emissora católica portuguesa, para receber um “Papa pop”, como é considerado pelo mundo.
No exemplar, que está nas bancas nesta quinta-feira, a Rolling Stone destaca que o Papa que veio do sul do mundo “conquistou a todos os jovens com suas palavras de atenção pelos últimos e pelos mais pobres, com seus gestos próximos das pessoas comuns, com sua atitude decididamente popular. É pop!”
A revista assinala ainda que o Papa está “de acordo com nossos tempos”.
A cantora irlandesa Emily Clarke, em antecipação da possível viagem papal à Irlanda em 2018, compôs e interpretou a música “Papa Francis” dedicada ao Santo Padre.
Não há muito para dizer em relação a este videoclipe…
No ano passado, por esta altura, foi publicado na Argentina um videoclipe para assinalar a celebração do Natal Cristão e a celebração judaica do Chanucá. Os seus personagens não são atores cómicos, são o rabino Marcelo Polakoff e o bispo argentino D. Pedro Javier Torres.
O que une afinal a Solenidade do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo ao Chanucá judaico?
“O que levanta uma diferença entre o judaísmo e o cristianismo tem a ver não com a figura de Jesus no sentido histórico, mas com a ideia de Jesus como um messias. Compartilhamos a ideia de Jesus, mas diferimos na ideia de Cristo.”
(Rabino Marcelo Polakoff inBBC Mundo a 24/12/2010)
Significado da palavra “Cristo”: Ungido,o Ungido de Deus; o Messias; o Redentor; o Salvador.
No entanto, hoje, isso é como se fosse um mero pormenor sem importância. Festa é festa! E porque não associar a festa do Nascimento do Messias à festa daqueles que há dois milénios que O rejeitam?
O videoclipe da dança do bispo argentino faz lembrar um outro vídeo publicado poucas semanas depois… Não deve ser por acaso. A convergência de estilos pastorais é visível até na preferência pelo sinistro crucifixo de Vedele.
Jesus respondeu-lhe: «Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém pode ir até ao Pai senão por mim. (Jo 14, 6)
Enfim, são opiniões diferentes…
O que significará a palavra “evangelizar” para os atuais responsáveis pela Igreja Católica? Será apenas confraternizar, dançar e cantar? Se as religiões são todas a mesma coisa, por que razão nasceu o Messias? Serão o judeus redimidos pelo Chanucá? É claro que não!
Este ano, chegados a dezembro, os mesmos protagonistas gravaram um novo videoclipe do género do anterior, o qual se inicia com uma acutilante piada de mau gosto.
Rezemos pela conversão dos judeus e também pela conversão dos católicos a Jesus Cristo, o Deus Verdadeiro.
Depois do enorme sucesso que o musical “O dia em que o Sol bailou” teve no passado mês de maio, um espetáculo encomendado pelo Santuário de Fátima à Vortice Dance Company, a administração do Santuário de Fátima decidiu voltar a apostar neste nicho pastoral.
Desta vez, a produção do espetáculo foi delegada à Elenco Produções que o apresentou ao público no fim de semana seguinte à peregrinação aniversária de outubro, no Centro Pastoral Paulo VI, no Santuário de Fátima. A emissora católica portuguesa descreveu-o como algo “entre o heavy metal e um Ave Maria”.
Entre o Céu e a Terra (musical de outubro de 2016) – Youtube
O “longo, mas prazeroso” processo de criação contou com ações de formação promovidas pelo Santuário e um acompanhamento por parte de uma equipa de Fátima, que se mostrou “muito disponível” para contar algumas histórias, bem como apontar para referências musicais que acabaram por influenciar o espetáculo, aclarou.
O musical, criado com total liberdade, “fala de qualquer um e de histórias que todos conhecem”, realçou João Ribeiro, afirmando que “a fé” é o elo de ligação entre as histórias, apesar de essa mesma fé não ser necessariamente “em Deus”.
Entre o Céu e a Terra (musical de outubro de 2016) – RTP
“[…] assumindo-se como o musical oficial da Celebração do Centenário das Aparições, o espetáculo que agora chega ao grande público resulta do desafio lançado pelo Santuário à Elenco Produções, ainda em 2014, de pensar as Aparições sob um olhar contemporâneo, promovendo a Mensagem de Fátima e apresentando uma abordagem artística única deste acontecimento que marcou o século XX”.
(da “nota de imprensa” do Santuário de Fátima inExpresso, 19/09/2016)
Não conhecemos o orçamento desta excentricidade, mas sabemos que estas coisas não são nada baratas. Esperemos que tenha valido a pena!