
Com o mesmo carisma ecumaníaco da peregrinação de Ceuta, agora, por ocasião da celebração de mais um Deepavali, o Vaticano une-se espiritualmente à alegria dos irmãos hindus pelo triunfo do deus Rama sobre o demónio Ravana.

Como muitos católicos dirão, o Deepavali é um dos “muitos modos” de celebrar o “triunfo do bem sobre o mal”.

A lenda diz que Rama era casado com a bela deusa Sita, mas Ravana queria-a para si. Como ela não aceitou recasar-se com Ravana, este resolveu raptá-la na noite mais escura do ano. Rama porém, seu legítimo esposo, acompanhado do seu divino irmão Lakshman, e ajudados por Hanuman, o deus macaco, enfrentaram Ravana, derrotaram-no e recuperaram Sita.

Depois de matar Ravana e de recuperar sua esposa, Rama e os restantes heróis viram o caminho de regresso iluminado pelas lamparinas das pessoas que ficaram cheias de alegria por este “triunfo do bem contra o mal”.

Mais preocupados com “bem-estar de todos” neste mundo do que com a necessidade de atrair almas para Reino de Deus, os senhores do Vaticano apresentam a nossa fé no Filho de Deus Vivo como uma mera tradição espiritual ou religiosa, equivalente a tantas outras ou à simples boa vontade.
Como crentes alicerçados nas nossas próprias tradições espirituais, e como indivíduos com preocupações compartilhadas pelo bem-estar de todos, podemos dar as mãos aos seguidores de outras tradições religiosas e a todas as pessoas de boa vontade, e fazer esforços coletivos e concertados para assegurar um presente feliz e um futuro promissor para os nossos irmãos e irmãs vulneráveis!
Desejamos a todos vocês um feliz Deepavali!
(Excerto da mensagem enviada pelo Vaticano aos hindus; in Boletim da Sala de Imprensa da Santa Sé, 31/10/2018 – tradução livre)
Mas como podem os apóstolos de Cristo convencer, deste modo, os outros de que ainda vale a pena crer?
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Basto 11/2018