Vaticano alia-se à celebração do “triunfo” de divindades hindus “sobre o mal”

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In Vatican News, 31/10/2018 – tradução livre.

Com o mesmo carisma ecumaníaco da peregrinação de Ceuta, agora, por ocasião da celebração de mais um Deepavali, o Vaticano une-se espiritualmente à alegria dos irmãos hindus pelo triunfo do deus Rama sobre o demónio Ravana.

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In Boletim da Sala de Imprensa da Santa Sé, 31/10/2018 – tradução livre.

Como muitos católicos dirão, o Deepavali é um dos “muitos modos” de celebrar o “triunfo do bem sobre o mal”.

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“[…] procuram Deus ou encontram Deus de muitos modos.”, Papa Francisco in vídeo [sacrílego] de 2016.

A lenda diz que Rama era casado com a bela deusa Sita, mas Ravana queria-a para si. Como ela não aceitou recasar-se com Ravana, este resolveu raptá-la na noite mais escura do ano. Rama porém, seu legítimo esposo, acompanhado do seu divino irmão Lakshman, e ajudados por Hanuman, o deus macaco, enfrentaram Ravana, derrotaram-no e recuperaram Sita.

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Os protagonistas do “triunfo do bem sobre o mal”. Da esquerda para a direita: o deus Lakshman, a deusa Sita, o deus Rama e o deus Hanuman (também conhecido como o Rei dos Macacos ou ainda o Deus Macaco).

Depois de matar Ravana e de recuperar sua esposa, Rama e os restantes heróis viram o caminho de regresso iluminado pelas lamparinas das pessoas que ficaram cheias de alegria por este “triunfo do bem contra o mal”.

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Ravana, o rei demónio, personificação do mal, aquele que roubou a esposa de Rama e por isso foi destruído.

Mais preocupados com “bem-estar de todos” neste mundo do que com a necessidade de atrair almas para Reino de Deus, os senhores do Vaticano apresentam a nossa fé no Filho de Deus Vivo como uma mera tradição espiritual ou religiosa, equivalente a tantas outras ou à simples boa vontade.

Como crentes alicerçados nas nossas próprias tradições espirituais, e como indivíduos com preocupações compartilhadas pelo bem-estar de todos, podemos dar as mãos aos seguidores de outras tradições religiosas e a todas as pessoas de boa vontade, e fazer esforços coletivos e concertados para assegurar um presente feliz e um futuro promissor para os nossos irmãos e irmãs vulneráveis!

Desejamos a todos vocês um feliz Deepavali!

(Excerto da mensagem enviada pelo Vaticano aos hindus; in Boletim da Sala de Imprensa da Santa Sé, 31/10/2018 – tradução livre)

Mas como podem os apóstolos de Cristo convencer, deste modo, os outros de que ainda vale a pena crer?

 

Basto 11/2018

Deus-elefante venerado em igreja espanhola

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Ganesh, uma divindade hindu com duas pernas, quatro braços e cabeça de elefante, foi transportado esta semana em procissão desde o Mar Mediterrâneo até ao interior do Santuário de Santa Maria de África, em Ceuta. Santa Maria de África é a padroeira do enclave espanhol no Norte de África.

Recorrendo a uma frase feita, “muitos pensam de modo diferente, sentem de modo diferente“… Estão enganados!

Basto 8/2017

Conversão de hindus ao cristianismo? – “Não…”

O Cardeal D. Oswald Gracias, presidente Conferência Episcopal Indiana e também da Federação de Conferências de Bispos Asiáticas, assegurou recentemente aos indianos que a Igreja Católica não tem qualquer pretensão de converter hindus ao cristianismo.

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La Croix, 31 de janeiro de 2017

Segundo o jornal católico francês La Croix, a frase surgiu numa resposta a uma questão dos jornalistas, numa conferência de imprensa em Bhopal, no dia 30 de janeiro, relacionada com os receios levantados pela crescente propaganda pro-hindu que acusa o clero católico de promover uma agenda do Vaticano de influência na política indiana e de conversão de hindus e pessoas de estratos sociais mais baixos  ao catolicismo.

Estamos aqui para espalhar a mensagem de amor e paz e não para conversões religiosas. Nós não podemos nunca forçar alguém a converter-se, nós queremos que todos sigam a sua religião com todo o vigor.

(Cardeal Oswald Gracias in La Croix, 31/01/2017)

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Intenções de oração de janeiro de 2016 – Diálogo Inter-religioso (imagem editada para evitar eventuais “dubia”)

O cardeal D. Oswald Gracias, arcebispo de Bombaim, é um dos nove elementos escolhidos pelo Papa Francisco para o seu Conselho de Cardeais (informalmente conhecido por “G9“), anunciado a 13 de abril de 2013. Este grupo de cardeais foi criado para aconselhar o Sumo Pontífice no Governo da Igreja.

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Rome Reports, 13 de setembro de 2014

Basto 2/2017