Extremistas pró-aborto profanam missa em Columbus, nos EUA

Um grupo de extremistas pró-aborto invadiu a Catedral de São José, com gritos de ódio contra os cristãos, na baixa da cidade de Columbus, capital de Ohio, nos EUA. Aconteceu na passada sexta-feira, dia 22 de janeiro, quando se celebrava uma missa, presidida pelo bispo local, de invocação pela proteção legal dos nascituros.

Basto 01/2021

Donald Trump pede ao Congresso uma lei que proíba o aborto nos últimos meses de gravidez

Reagindo à barbaridade da nova Lei de Saúde Reprodutiva aprovada pelo Senado do Estado de Nova Iorque, o Presidente dos EUA pediu ao Congresso a proibição do aborto nos últimos meses de gravidez.

O aborto é um ato desumano em todas as fases da gravidez.

Basto 02/2019

Estado de Nova Iorque autoriza o aborto em qualquer fase da gravidez

A nova Lei de Saúde Reprodutiva aprovada no dia 22 de janeiro pelo Senado do Estado de Nova Iorque, EUA, alarga a legalização do aborto a todas as fases de gestação, ou seja, durante os nove meses de gravidez, até momentos antes do nascimento. Deste modo, as mães daquele estado americano poderão agora abortar bebés com esta idade:

Basto 01/2019

Apostasia coletiva dos “católicos” pró-aborto na Argentina

No passado 8 de agosto, enquanto o Senado Argentino discutia a legalização do aborto – num debate longo que acabou de madrugada com o chumbo do projeto de lei -, milhares de argentinos formaram grossas filas, em várias cidades, para renunciar formalmente à Fé Católica que outrora professaram. A campanha “Apostasia Coletiva” foi lançada pela Coalición Argentina por un Estado Laico através das redes sociais com o objetivo de contestar a influência da moral cristã nas leis do Estado.

Basto 8/2018

Sacerdote jesuíta da República Dominicana prega o direito ao aborto

Um sacerdote da Companhia de Jesus da República Dominicana tem participado ativamente na campanha pela legalização do aborto em determinadas circunstâncias.

caminata.3.c.jpg

Caminhar hoje pela despenalização do está muito próximo do Jesus que ama, acompanha e não condena as pessoas em situações extremas. Acompanho-vos com as minhas orações a partir de Dajabón.

(Pe. Mario Serrano Marte na sua conta twitter, 15/07/2018 – tradução livre)

No ano passado, por esta altura, o mesmo sacerdote dava apoio às celebrações do Orgulho LGBT Dominicano.

Basto 7/2018

Estatística portuguesa desmente argumento pró-legalização do aborto

Aquele falso argumento pseudo-humanista que dizia que a descriminalização da matança de crianças durante a sua gestação não aumentaria necessariamente o número de abortos é completamente refutado pela estatística portuguesa recente.

aborto.em.portugal
Número de abortos executados em Portugal entre 1999 e 2016. Fonte: Wikipédia, acesso em 30/06/2018 (adaptado).

O número de vidas brutalmente erradicadas ao abrigo da iníqua Lei nº 16/2007, de 17 de abril, já ultrapassou várias dezenas de vezes o número de baixas portuguesas na Primeira Guerra Mundial.

Basto 7/2018

Milhares de pessoas saem à rua na Argentina para dizer “não” à legalização do aborto

No passado dia 25 de março, dia mundial da criança por nascer (definido por São João Paulo II e coincidindo com a solenidade da Anunciação do Senhor), milhares de pessoas, em várias cidades da Argentina, saíram à rua para se manifestarem contra a possibilidade de legalização do aborto naquele país americano.

A manifestação popular surge numa altura em que, mais uma vez, foi apresentado um projeto de legalização do aborto, agora assinado por 72 deputados de diferentes filiações partidárias. A defesa da vida contou com o forte apoio do clero argentino, onde se destaca a adesão de 70 bispos locais à campanha “Vale toda vida, que se tornou viral nas redes sociais.

Basto 3/2018

Arquidiocese de Quito, no Equador, concede enterro cristão a 36 bebés vítimas de aborto

quito.jpg

No âmbito do projeto “Bebés ao Céu”, a Arquidiocese de Quito, com a colaboração do Serviço Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses do Equador, enterrou os restos mortais de 36 bebés assassinados por aborto encontrados em diversas localidades do país. A cerimónia, presidida pelo arcebispo de Quito, D. Fausto Trávez, realizou-se no dia 13 de março no cemitério Jardins de Santa Rosa, na capital do Equador, tendo sido a segunda em menos de um ano, depois de já terem feito o mesmo para com outras 51 vítimas em julho do ano passado.

Basto 3/2018

Papa Francisco atribui condecoração pontifícia a ativista pró-aborto e pró-gay

abortista

A ex-ministra dos Países Baixos, Lilianne Ploumen, uma ativista extremista pró-aborto, fundadora da “She decides” (em português, “Ela decide”), uma organização de angariação de fundos para a promoção do aborto, foi condecorada pelo Papa Francisco com o título de Comendadora da Pontifícia Ordem Equestre de São Gregório Magno. Ploumen possui ainda um vasto e conhecido currículo de ações públicas na promoção da ideologia gay, onde se inclui, por exemplo, a presença no Core Group LGBTI da ONU em setembro do ano passado.

O vídeo abaixo é da rádio neerlandesa BNR:

Tradução do diálogo do vídeo acima:

BNRE esta é a enésima condecoração que Lilianne Ploumen recebe, obtida em 2017 e vinda de quem…
PloumenSim, é uma alta distinção do Vaticano; do Papa.
BNRDo Papa!…
Ploumen – Linda!
BNRSim!
PloumenÉ “Comendadora da Ordem de São Gregório”.
BNRMesmo sendo pró-aborto?
PloumenSim, pode confirmar.

(Tradução livre a partir da tradução em inglês providenciada pelo Instituto Lepanto, 12/01/2018)

As condecorações da Ordem Equestre de São Gregório Magno são normalmente atribuídas a homens e mulheres em reconhecimento de serviços prestados à Igreja, feitos notáveis, apoio à Santa Sé e bom exemplo dado à sociedade.

Basto 1/2018

Haverá maior blasfémia em Portugal?

aborto2.jpg

 

Da vasta lista de hospitais públicos do nosso país que executam abortos a pedido da mulher, uma grande parte tem nomes de santos, de Maria e até do próprio Deus.

  • Hospital da Senhora da Oliveira (Guimarães)
  • Hospital São Marcos (Braga)
  • Hospital de São Pedro (Vila Real)
  • Hospital do Médio Ave, que é o de Santo Tirso (Santo Tirso)
  • Hospital de Santo António (Porto)
  • Hospital de São João (Porto)
  • Hospital Padre Américo (Penafiel)
  • Hospital de São Sebastião (Santa Maria da Feira)
  • Hospital de São Miguel (Oliveira de Azeméis)
  • Hospital de São Teotónio (Viseu)
  • Hospital de Santo André (Leiria)
  • Hospital de Nossa Senhora do Rosário (Barreiro)
  • Hospital de Santa Maria (Lisboa)
  • Hospital de São Bernardo (Setúbal)
  • Hospital do Divino Espírito Santo (Ponta Delgada)
  • Centro Hospitalar do Médio Tejo, que inclui o Hospital de Nossa Senhora da Graça (Tomar) e o Hospital Rainha Santa Isabel (Torres Novas)

A lei do aborto foi aprovada e concretizada em Portugal por agentes políticos eleitos e reeleitos livremente pelo povo desta nação consagrada à Mãe de Deus. Os elevados custos desta política contra a vida humana, que já leva mais de uma década de infame existência, têm sido financiados com impostos de todos os portugueses. Os mesmos portugueses que, durante a mesma década, ouviram todos os discursos da “tanga”, do “apertar o cinto”, do deficit, da austeridade e da troika.

A responsabilidade é todos, incluindo os indiferentes, os que se calam e os que deviam falar mais.

Basto 10/2017

Aborto e homossexualidade mostram que chegou a “batalha final” entre Deus e Satanás – Cardeal Caffarra

caffarra.lifesitenews.jpg

 

Por Dorothy Cummings McLean e Pete Baklinski

ROMA, 19 de maio, 2017 (LifeSiteNews) – A profecia da Irmã Lúcia, vidente de Fátima, de que a batalha final entre Deus e Satanás será sobre o casamento e a família está a ser hoje cumprida, afirmou um cardeal discursando numa conferência católica em Roma.

“O que disse a Irmã Lúcia naqueles dias está a cumprir-se nestes nossos dias”, disse o Cardeal Carlo Caffarra, um dos signatários dos dubia que é arcebispo emérito de Bolonha e ex-membro do Conselho Pontifício para a Família, numa sessão de perguntas e respostas posterior ao seu discurso.

Caffarra fez os seus comentários no IV Fórum anual da Vida em Roma. Depois da sua apresentação, o cardeal Raymond Burke, outro signatário dos dubia, pediu para que os fiéis católicos “trabalhem para a consagração da Rússia ao Imaculado Coração de Maria”.

O cardeal Caffarra, que é o presidente fundador do Pontifício Instituto João Paulo II para Estudos sobre o Matrimónio e a Família, fez os seus comentários a respeito da “batalha final” em alusão a uma carta que escreveu à Ir. Lúcia, no início dos anos 80, para pedir as suas orações, quando iniciou a sua nova tarefa de fundar o instituto. Ele nunca esperara uma resposta.

Porém, para sua surpresa, Caffarra recebeu uma longa carta assinada pela Ir. Lucia, na qual falava sobre a “batalha final” que chegaria no fim dos tempos.

A vidente de Fátima escreveu que “a batalha final entre o Senhor e o reino de Satanás será a respeito do Matrimónio e da Família. Não temam, acrescentou, porque qualquer pessoa que atue a favor da santidade do Matrimónio e da Família será sempre combatida e enfrentada de todas as formas, porque este é o ponto decisivo. Depois concluiu: entretanto, Nossa Senhora já esmagou sua cabeça’”.

A carta está agora nos arquivos do Instituto Instituto João Paulo II para Estudos sobre o Matrimónio e a Família.

A batalha

Caffarra explicou, durante a sua apresentação, que existem duas forças que se opõem uma à outra na batalha. Uma é o “Coração ferido do Crucificado-Ressuscitado”, que chama a todos os homens para si mesmo. A outra é o “poder de Satanás, que não quer ser expulso do seu reino”.

O cardeal disse que o lugar onde esta batalha acontece é o coração humano.

“Jesus, a Revelação do Pai, exerce forte atração para Si mesmo. Satanás trabalha contra isso, para neutralizar a força atrativa do Crucificado-Ressuscitado. A força da verdade que nos torna livres atua no coração do homem. A força satânica da mentira é a que faz de nós escravos”, disse ele.

As duas forças de atração dão origem a duas culturas, afirmou, a “cultura da verdade e a cultura da mentira”.

“Há um livro na Sagrada Escritura, o último, o Apocalipse, que descreve o confronto final entre os dois reinos. Nesse livro, a atração de Cristo toma a forma de triunfo sobre os poderes inimigos comandados por Satanás. É um triunfo que surge depois de um longo combate. Os primeiros frutos da vitória são os mártires”, disse ele.

Caffarra disse ainda que o aborto legalizado provém da “cultura da mentira”, onde o “crime” de assassinar um ser humano é visto como um “bem”.

O aborto é um “ato sacrílego”, disse ele, acrescentando que é a “negação mais profunda da verdade do homem”.

“A razão pela qual o homem não deve derramar o sangue do homem é porque o homem é a imagem de Deus. Através do homem, Deus habita na Sua criação. Essa criação é o templo do Senhor porque o homem habita nela. Violar a intangibilidade da pessoa humana é um ato sacrílego contra a Santidade de Deus. É a tentativa satânica de gerar uma anti-criação. Ao enobrecer a matança de seres humanos, Satanás lançou as bases para sua criação: remover da criação a imagem de Deus, obscurecer Sua presença nela”, disse ele .

O cardeal explicou que o “casamento” homossexual também provém da “cultura da mentira”, uma vez que “nega completamente a verdade do casamento” conforme procede da “mente de Deus, o Criador”.

“A Divina Revelação disse-nos como Deus entende o casamento: a união legal de um homem e uma mulher, a fonte da vida. Na mente de Deus, o casamento tem uma estrutura permanente, baseada na dualidade do modo humano de ser: feminilidade e masculinidade. Não dois polos opostos, mas um com e para o outro”, disse ele.

“A união entre um homem e uma mulher, que se tornam uma só carne, é cooperação humana no ato criador de Deus”, acrescentou.

Satanás, ao impulsionar as mentiras do aborto e da homossexualidade, está a tentar destruir os dois pilares mais importantes da criação, a “pessoa humana” criada à imagem de Deus e a “união conjugal” entre um homem e uma mulher.

“A elevação axiológica do aborto a direito subjetivo é a demolição do primeiro pilar. O enobrecimento de uma relação homossexual, equiparando-a ao casamento, é a destruição do segundo pilar “, afirmou Caffarra.

O objetivo final de Satanás é “construir uma anti-criação real”, uma “criação alternativa”, onde Deus e todos os sinais da sua beleza e bondade foram apagados.

“Este é o último e terrível desafio que Satanás está a lançar contra Deus”, acrescentou o Cardeal.

Ser um fiel seguidor de Cristo nestes tempos significa “testemunhar… aberta e publicamente” a verdade da criação de Deus a respeito da dignidade da pessoa humana e do casamento.

“Alguém que não testemunha desta maneira é como um soldado que foge no momento decisivo da batalha. Já não somos testemunhas mas desertores, se não falarmos aberta e publicamente”, disse ele.

Caffarra elogiou os eventos pró-vida da Marcha pela Vida que acontecem em todo o mundo como um “grande testemunho” da verdade a respeito do valor de cada pessoa.

Ele comparou os cristãos que defrontam o pecado aos médicos que combatem a doença, explicando à audiência que tal como perante a doença não pode haver acordo de paz, o mesmo acontece com o pecado.

“Seria um médico terrível aquele que adotasse uma atitude irenista (voltada para a paz) perante a doença”, disse ele. O significado do ditado de Santo Agostinho “Amar o pecador, odiar o pecado”, explicou o cardeal, significa “caçar o pecado”. Persegui-lo nos lugares escondidos das suas mentiras e condená-lo, trazendo à luz a sua insubstancialidade”.

A edição original deste texto foi publicada pelo LifeSiteNews a 19 de maio de 2017. Tradução: odogmadafe.wordpress.com

Nota da edição: o conteúdo do artigo acima é da inteira responsabilidade do seu autor, salvo algum eventual erro de tradução. Sempre que possível, deve ser lido na sua edição original.

Basto 5/2017

Estamos a testemunhar a profecia de São João Paulo II sobre a “anti-Igreja” – afirma sacerdote católico

lightening lifesitenews
Relâmpago atinge o Vaticano, a 11 de fevereiro, poucas horas depois de Bento XVI ter anunciado a sua resignação – LifeSiteNews

Por Pete Baklinski

ROMA, 19 de maio, 2017 (LifeSiteNews) – A advertência profética de São João Paulo II sobre o aparecimento de uma “anti-Igreja” que prega um “anti-Evangelho” é hoje cumprida por líderes dentro da Igreja Católica, mesmo nos mais altos níveis, declarou hoje um padre numa palestra proferida durante uma conferência em Roma.

O Pe. Linus Clovis, da Family Life International [organização católica de defesa da família],  afirmou no seu discurso no Fórum pela Vida, em Roma, organizado pela Voice of the Family [Voz da Família], que o anti-Evangelho da anti-Igreja é muitas vezes “indistinguível da ideologia secular, que reverteu tanto a lei natural como os Dez Mandamentos.”

pe.linus.lifesitenews
Pe. Linus Clovis no Fórum da Vida, Roma, 2015 – LifeSiteNews

“Este anti-Evangelho, que procura dirigir a vontade do indivíduo para o consumo, para o prazer e para o poder em detrimento da vontade de Deus, foi rejeitado por Cristo nas tentações do deserto. Disfarçado de direitos humanos, reapareceu, com toda a sua arrogância luciferina, para promulgar uma atitude narcisista e hedonista que rejeita qualquer restrição, exceto as impostas por leis humanas”, disse ele.

Durante sua visita à América, há 41 anos, o cardeal Karol Wojtyla, arcebispo de Cracóvia, que dois anos mais tarde se tornaria Papa João Paulo II, transmitiu a sua mensagem profética, em Filadélfia, por ocasião do aniversário bicentenário da independência americana. Wojtyla dizia então:

Estamos agora diante do maior confronto histórico que a humanidade jamais atravessou. Não creio que grandes círculos da sociedade americana ou grandes círculos da comunidade cristã percebam isso completamente. Estamos agora a travar o confronto final entre a Igreja e a anti-Igreja, do Evangelho contra o anti-Evangelho.

Temos de estar preparados para sofrer grandes provações num futuro não muito distante; provações que requerem a prontidão para abdicar até mesmo das nossas vidas e uma entrega total de nós mesmos a Cristo e por Cristo. Através das vossas e das minhas orações, é possível aliviar esta tribulação, mas já não é possível evitá-la… Quantas vezes a renovação da Igreja proveio do sangue? Desta vez não será diferente.

Clovis explicou que, enquanto a ascensão da anti-Igreja tem vindo a acontecer de forma lenta mas sólida nas últimas décadas, a sua emergência tem sido especialmente percetível nos últimos anos.

“Durante o último meio-século, tem havido uma crise crescente na Igreja, decorrente tanto da falta de ensinamentos claros e inequívocos, como do clima de dissidência entre os sacerdotes, religiosos e leigos. Dentro da Igreja contemporânea, a crise atingiu um ponto de ebulição, senão mesmo de rutura, pela rejeição do paradigma sim/não de Nosso Senhor e pelo enfraquecimento de posições doutrinárias estabelecidas através de práticas pastorais inconstantes”, disse ele.

Ele observou que existe um sentimento entre os fiéis católicos de que “as coisas eclesiásticas e católicas estão a desmoronar-se e uma anarquia pastoral foi lançada sobre a Igreja”. Fez saber que existe um “exercício oculto do poder”, atualmente em funcionamento dentro da Igreja, que fomenta essa anarquia.

Consegue reformar o processo de anulação do casamento sem a habitual consulta dos respetivos dicastérios romanos; emitir uma ampla e mordaz repreensão à Cúria Romana num discurso de Natal; limpar a composição de um dicastério, o que efetivamente invalida a influência do seu prefeito, que se opôs firmemente às inovações que prejudicam os ensinamentos sobre o casamento e os princípios da liturgia; atacar os Frades Franciscanos da Imaculada; e encerrar o campus de Melbourne do Instituto João Paulo II.

Clovis explicou que o apoio ao aparecimento da anti-Igreja é um ataque direto ao próprio “pilar da criação” e ao fundamento da ordem social, nomeadamente, a verdade sobre a relação entre o homem e a mulher expressa no casamento e na família. Lembrou como a Irmã Lúcia, uma das videntes de Fátima, dissera uma vez que “a batalha final entre o Senhor e o reino de Satanás será sobre o casamento e a família”.

“É bem sabido que qualquer adulteração de uma pedra angular arrisca o colapso de todo o edifício”, disse ele. “A pedra angular, a célula básica da sociedade é o casamento e a família”.

E a anti-Igreja está a trabalhar tanto quanto pode para minar essa pedra angular.

“Através da aceitação tácita da contraceção e do divórcio, do recente abraço misericordioso aos divorciados civilmente recasados ​​e do benigno assentimento ao casamento homossexual, a pedra angular foi adulterada e o ponto ómega foi atingido”, explicou Clovis.

Ele observou como o secularismo ateu que alimenta a anti-Igreja tem “trabalhado para a falência da família, sendo o seu espírito impulsionador, a ideologia LGBT; a sua face pública, a correção política, o seu vestido de domingo, a inclusividade e o não-julgamento“.

Ele advertiu os católicos como a anti-Igreja tentará enganar os fiéis, fazendo-se passar pela a verdadeira Igreja.

É claro que a Igreja Católica e a anti-Igreja coexistem no mesmo espaço sacramental, litúrgico e jurídico. Esta última, tendo crescido, está agora a tentar passar-se pela verdadeira Igreja, fazendo o que pode para tentar induzir ou forçar os fiéis a tornarem-se adeptos, promotores e defensores de uma ideologia secular.

Se a anti-Igreja conseguir dominar todo o espaço da verdadeira Igreja, os direitos do homem suplantarão os direitos de Deus, através da profanação dos sacramentos, da profanação do santuário e do abuso do poder apostólico.

Então, os políticos que votam a favor do aborto e do casamento homossexual serão bem-vindos nas filas para Comunhão; maridos e esposas que abandonaram os seus cônjuges e filhos, para terem relações adúlteras, serão admitidos aos sacramentos; sacerdotes e teólogos que rejeitam publicamente a doutrina e a moral católica terão liberdade para exercer o ministério e promover a dissidência, enquanto os fiéis católicos serão marginalizados, caluniados e desacreditados. Deste modo, a anti-Igreja consegue alcançar seu objetivo de destronar a Deus como Criador, Salvador e Santificador, para O substituir pelo homem, o auto-criador, o auto-salvador e o auto-santificador.

Clovis disse ainda que a anti-Igreja trabalha para alcançar o seu objetivo de superar a verdadeira Igreja, intimidando os fiéis à submissão, incluindo leigos, sacerdotes e bispos.

Na prossecução dos seus objetivos, a anti-Igreja, em colaboração com os poderes seculares, recorre à lei e aos meios de comunicação para intimidar a verdadeira Igreja à submissão. Através do uso hábil dos média, os ativistas da anti-Igreja conseguiram submeter ao silêncio os bispos, o clero e a maioria da imprensa católica. Da mesma forma, os leigos estão aterrorizados pelo medo da hostilidade, do ridículo e do ódio que receberiam se fizessem frente à imposição da ideologia LGBT.

Por exemplo, em 2015, a congregação de São Nicolau de Myra, na Arquidiocese de Dublin, aplaudiu de pé o seu pároco quando este declarou, a partir do púlpito, que era gay e os exortou a apoiar o casamento homossexual no referendo irlandês. Não é difícil imaginar o tipo de tratamento que um opositor teria recebido. Portanto, a ação da influência opressiva da anti-Igreja é mais evidente quando uma pessoa, dentro da sua comunidade paroquial, tem receio de defender abertamente a revelação de Deus a respeito da homossexualidade, do aborto ou da contraceção.

Os adeptos da anti-Igreja apostam principalmente nos sacerdotes e nos bispos para prosseguirem o rumo do anti-Evangelho, sabendo que estes, uma vez submissos, podem influenciar inúmeras almas longe da verdadeira Igreja.

Os sacerdotes e os bispos são os líderes imediatos e mais naturais dos leigos e, acima de tudo, são apanhados no crescente espectro de medo gerado pela anti-Igreja. Além disso, por causa do seu voto clerical de respeito e obediência, o seu medo, sendo reverente, é fortemente agravado, especialmente quando veem a sua classe dividida; a sua unidade quebrada; a constante disciplina sacramental violada; a lei canónica ignorada; o seu espírito de evangelização descartado como proselitismo e um disparate.

No que diz respeito às suas pessoas, são rotulados como pequenos monstros que atiram pedras aos pecadores, ou que reduzem o sacramento da reconciliação a uma câmara de tortura, ou que se escondem atrás dos ensinamentos da Igreja sentados na cadeira de Moisés e que julgam por vezes com superioridade e superficialidade.

Como filhos da Igreja, eles veem-se menos merecedores de um abraço papal do que a arqui-abortista italiana Emma Bonino e ainda menos dignos de reabilitação do que o famoso falso profeta, defensor do aborto e da população global, Paul Ehrlich.

Como sacerdotes, é-lhes dito que devem pedir desculpa aos gays e que a “grande maioria” dos casamentos católicos por eles abençoados são inválidos; além disso, são apelidados de recitadores de orações e, por considerarem importante a ida à Missa e a confissão frequente, são chamados de pelagianos.

Como católicos, e sabendo que os Cinco Primeiros Sábados foram pedidos em reparação das blasfémias cometidas contra Nossa Senhora, são pessoalmente confrontados com reflexões indecentes tais como, no Calvário, onde Ela se tornou a Mãe de todos os redimidos por Cristo, a Santíssima Virgem de Fátima talvez, no Seu coração, desejou dizer ao Senhor: “Mentiras! Mentiras! Eu fui enganada.” Como “as árvores da floresta tremem diante do vento”, assim os corações dos clérigos tremem de medo perante a possibilidade de estarem a ser mais católicos do que o Papa!

Clovis classificou a influência do Papa Francisco dentro da Igreja como uma “grande e verdadeira bênção”, uma vez que os ambíguos ensinamentos papais permitiram que a anti-Igreja emergisse das sombras de forma visível e clara para todos os fiéis. Isso coloca agora os fiéis perante uma escolha clara sobre qual mestre irão seguir.

“Há mais de cem anos que se desenrola um conflito oculto na Igreja: um conflito explicitamente revelado ao Papa Leão XIII, parcialmente contido por São Pio X e desencadeado no Concílio Vaticano II. Sob Francisco, o primeiro Papa jesuíta, o primeiro Papa das Américas e o primeiro Papa cuja ordenação sacerdotal seguiu o Novo Rito, este conflito chegou ao seu máximo, com o potencial de tornar a Igreja menor, mas mais fiel”, afirmou.

Disse ainda que a mais recente exortação de Francisco Amoris Laetitia é um exemplo de uma força exercida hoje dentro da Igreja que ajuda a estabelecer a linha divisória entre a anti-Igreja e a verdadeira Igreja de Jesus Cristo.

“A Exortação Apostólica Amoris Laetitia é o catalisador que dividiu não apenas os bispos e as Conferências Episcopais uns contra os outros, mas também os sacerdotes contra os seus bispos e contra os outros sacerdotes e os leigos, ansiosos e confusos”, afirmou o sacerdote.

“Como um cavalo de Troia, a Amoris Laetitia lança ruína espiritual por toda a Igreja. Como num desafio para um duelo, ela exige a coragem para superar o medo. De uma forma ou de outra, está agora pronta para separar a anti-Igreja, referida por São João Paulo II, da Igreja fundada por Cristo. À medida que a separação começa a acontecer, cada um de nós, tal como os anjos, terá de decidir por si mesmo se prefere estar errado com Lúcifer ou certo sem ele”, acrescentou.

Clovis relacionou as suas ideias principais com o 100.º aniversário das aparições de Nossa Senhora em Fátima. Lembrou que Ela “propôs uma estratégia que, sendo adotada, garantiria a salvação de um grande número de almas”.

“A estratégia exigia que, para «apaziguar Deus, que já estava tão ofendido», três condições importantes deveriam ser satisfeitas, a saber, uma reforma dos costumes com plena adesão às leis naturais e divinas, a devoção aos Cinco Primeiros Sábados e a Consagração da Rússia ao Imaculado Coração de Maria”, afirmou.

“Então, para enfatizar ainda mais os perigosos dos tempos que se aproximavam, a Virgem, com preocupação materna, alertou para as consequências de ignorar Sua mensagem: as guerras, a Rússia espalhando seus erros, a perseguição da Igreja e do Santo Padre. Ainda assim, Ela concluiu a Sua mensagem com um sinal de esperança: «por fim, o meu Imaculado Coração triunfará e será dado ao mundo um tempo de paz»”, acrescentou.

Clovis lembrou que os católicos que procuram ser fiéis a Cristo e à Igreja por Ele fundada não precisam de ter medo da atual turbulência a que estão a assistir.

“No Batismo, tornámo-nos membros da Igreja Militante e, na Confirmação, soldados de Cristo; fomos portanto recrutados e armados para um combate mortal contra os três implacáveis ​​inimigos das nossas almas: o mundo, a carne e o diabo”, disse ele.

“Reconhecendo isso «não é contra os seres humanos que temos de lutar, mas contra os Principados, as Autoridades, os Dominadores deste mundo de trevas, e contra os espíritos do mal que estão nos céus», lutamos como os Apóstolos, tomando os mártires por nossos modelos e o próprio Cristo Jesus como nossa recompensa”, acrescentou.

A edição original deste texto foi publicada pelo LifeSiteNews a 18 de maio de 2017. Tradução: odogmadafe.wordpress.com

Nota da edição: o conteúdo do artigo acima é da inteira responsabilidade do seu autor, salvo algum eventual erro de tradução. Sempre que possível, deve ser lido na sua edição original.

Pe. Linus Clovis, em Roma, no Fórum da Vida de 2015:

O Pe. Linus Clovis é um sacerdote da arquidiocese de Castries, em Santa Lúcia, um pequeno estado insular no arquipélago das Antilhas (Índias Ocidentais), no Mar das Caraíbas.

Basto 5/2017

Papa Francisco assume em Fátima a personificação do “bispo vestido de branco”

E vimos numa luz imensa que é Deus: “algo semelhante a como se veem as pessoas num espelho quando lhe passam por diante” um bispo vestido de branco “tivemos o pressentimento de que era o Santo Padre”.

(Excerto do 3º Segredo de Fátima in Sítio Oficial do Vaticano)

Bispo vestido de branco
Cena do filme “O 13º Dia: Um Milagre em Fátima”, 2009

O Vaticano publicou antecipadamente um livreto com todas a orações das celebrações que serão presididas pelo Papa Francisco no Santuário de Fátima. Numa das orações do rito introdutório, o Papa assume-se, na primeira pessoa, como “bispo vestido de branco”, numa alusão clara à figura central do 3.º Segredo de Fátima.

Orações presididas pelo Papa Francisco
Orações do Papa Francisco para os dias 12 e 13 em Fátima – Sítio Oficial do Vaticano

Il Santo Padre:
Salve Mãe de Misericórdia,
Senhora da veste branca!
Neste lugar onde há cem anos
a todos mostraste
os desígnios da misericórdia do nosso Deus,
olho a tua veste de luz
e, como bispo vestido de branco,
lembro todos os que,
vestidos da alvura batismal,
querem viver em Deus
e rezam os mistérios de Cristo
para alcançar a paz.
(Orações do Papa Francisco para os dias 12 e 13 in Sítio Oficial do Vaticano)

Que “desígnios de misericórdia” eram esses? Estaria Nossa Senhora a referir-se a esta nova misericórdia do Papa Francisco que prescinde da contrição e nada condena, a não ser o catolicismo? Teria a Igreja demorado 100 anos para perceber finalmente a mensagem de conversão de Fátima? É difícil aceitar que os sacrifícios dos pastorinhos se destinassem à obtenção da “conversão” dos pastores de modo a aceitarem as relações adúlteras, práticas homossexuais e outras exclusões que impediam a acesso à Sagrada Comunhão. Isso não faz sentido!

Mas voltando ao “bispo vestido de branco” do 3.º Segredo, admitindo que ele seja mesmo o Papa Francisco, e dado que a profecia não se concretizou ainda nos papas anteriores, quem serão os outros personagens que, com ele, sobem a mesma “escabrosa montanha” da santidade e do martírio?

«Vimos vários outros bispos, sacerdotes, religiosos e religiosas subir uma escabrosa montanha, no cimo da qual estava uma grande cruz, de tronco tosco, como se fora de sobreiro como a casca.»

«Chegando ao cimo do monte, prostrado, de joelhos, aos pés da cruz, foi morto por um grupo de soldados que lhe disparavam vários tiros e setas e assim mesmo foram morrendo uns após os outros, os bispos, os sacerdotes, religiosos, religiosas e várias pessoas seculares. Cavalheiros e senhoras de várias classes e posições.»

(Excertos do 3.º Segredo de Fátima in Sítio Oficial do Vaticano)

Quem são essas pessoas que, tal como o Santo Padre, se encontram no difícil caminho da “grande cruz de tronco tosco”? Quem serão esses futuros santos?

Bispo vestido de branco2
Excerto do 3.º Segredo de Fátima publicado no ano 2000 Sítio Oficial do Vaticano

O tema da identidade do “bispo vestido de branco” do Segredo de Fátima é bastante pertinente e inconclusivo, foi bom que o Santo Padre o tivesse relançado. Os próprios pastorinhos não estavam completamente certos da sua identidade no momento inicial da visão que Nossa Senhora lhes proporcionou. Eles tiveram o “pressentimento” de que seria o Santo Padre, mas porquê apenas o “pressentimento”? Nenhum outro elemento da Igreja Católica ou da sociedade civil se veste de forma tão distinta e singular como o Vigário de Cristo na Terra. Ou será que o Segredo de Fátima profetiza um momento histórico de uma obscuridade tal que até a figura do Santo Padre se torna difícil de identificar?

Basto 5/2017

Na Islândia, 100% dos bebés diagnosticados com síndrome de Down são abortados. Pense nisso!

síndrome de Down

 

Por Lauren Bell

14 de Março de 2017 (PregnancyHelpNews) – Em declarações recentes à Assembleia de Cidadãos, na Irlanda, o dr. Peter McParland, obstetra na Maternidade Hospitalar Nacional, mostrou para onde as coisas se encaminham.

“Na Islândia”, disse o médico, “todos os bebés – 100% de todos os diagnosticados com síndrome de Down – são abortados”.

Os horrores da afirmação acima podem não ser bem compreendidos. A Islândia tornou-se a primeira nação a vangloriar-se de erradicar a síndrome de Down do seu país.

O dr. McParland explicou esta aniquilação sistemática afirmando que “não houve um único bebé nascido na Islândia com Síndrome de Down nos últimos cinco anos”.

A Islândia não está sozinha nas suas aspirações de criar um mundo livre de síndrome de Down. O holocausto destes bebés é uma epidemia global que tira a vida a seres humanos, criados à imagem de Deus, com base num diagnóstico pré-natal que indica a síndrome de Down.

A Dinamarca aproxima-se da Islândia e prevê que será também uma nação livre da síndrome de Down nos próximos 10 anos.

Ao mesmo tempo, na Grã-Bretanha e nos Estados Unidos, 90% dos bebés em gestação diagnosticados com síndrome de Down são abortados.

Entre as muitas razões por trás destas estatísticas tão trágicas, sabemos que alguns dos bebés diagnosticados com síndrome de Down acabam por não ter essa condição e, em outros casos, encontra-se o facto de os médicos estarem sujeitos às chocantemente denominadas ações judiciais “por nascimentos errados” quando não conseguem reconhecer os marcadores da síndrome de Down nos testes pré-natais.

Mesmo supondo que todos os diagnósticos estejam corretos, quem, mais precisamente, estamos a erradicar do nosso planeta?

A NBC News mostra alguns estudos que comprovam o seguinte:

  • 99% das pessoas com síndrome de Down estão felizes com a sua vida.
  • 97% das pessoas com síndrome de Down gostam delas próprias.
  • 96% das pessoas com síndrome de Down gostam da sua aparência.

Em termos estatísticos, a grande maioria das pessoas com síndrome de Down são elementos afetuosos, satisfeitos e felizes da nossa sociedade – algo que jamais poderia ser dito a respeito das pessoas que nasceram sem deficiências.

A síndrome de Down não tem de ser uma sentença de morte

Como o nosso mundo desvaloriza cada vez mais a vida, na medida em que tenta (e em alguns casos, com sucesso) “limpar” o planeta de qualquer pessoa que possa ter uma deficiência, a Linha Opção [Option Line, no original], centro de atendimento permanente do Heartbeat International, tem-se levantado contra essas forças culturais.

A procura urgente da Linha Opção, assim como das várias organizações de apoio à gravidez a esta associadas, aumenta diariamente.

Só em janeiro, as consultoras da Linha Opção responderam a 23.660 chamadas, textos, e-mails e conversas presenciais de mulheres e homens que procuravam ajuda durante uma gravidez inesperada.

Uma dessas chamadas veio de uma mulher grávida de gémeos que procurava ajuda desesperadamente. O seu médico tinha acabado de lhe transmitir a devastadora notícia: “Os resultados do seu teste são positivos para a síndrome de Down.”

A mulher sentia-se sozinha, confusa e em conflito sobre o que fazer então. Era a sua primeira gravidez e ela não tinha previsto receber tais notícias. Na maioria dos casos, os profissionais médicos exortariam esta mulher a considerar uma interrupção da sua gravidez com recurso ao aborto.

Em vez disso, a consultora altamente treinada da Linha Opção foi capaz de lhe oferecer esperança e ajuda prática.

A consultora explicou-lhe que independentemente do resultado da sua gravidez, existe apoio disponível, colocando imediatamente a apavorada mãe em contacto com um centro local de apoio à gravidez.

A consultora da Linha Opção terminou a conversa a rezar com aquela mãe. No final do telefonema, a mãe sentiu-se segura e encorajada a enfrentar o futuro.

Nunca é fácil para um pai receber notícias devastadoras durante uma gravidez. Mas a esmagadora maioria dos pais que têm um filho com síndrome de Down explicam que a sua visão da vida é muito mais positiva por causa do seu filho.

O valor de uma criança nascida com uma deficiência não pode ser erradicado por nenhuma nação. Elas são criadas à imagem de Deus.

Isso não é menos verdade na Islândia e na Dinamarca do que na Irlanda ou nos EUA, nem se torna menos verdade em função da contagem dos cromossomas de uma pessoa.

Este texto foi traduzido a partir da edição publicada pelo LifeSiteNews a 14/03/2017. Tradução: odogmadafe.wordpress.com

Nota da edição: o conteúdo do artigo acima é da inteira responsabilidade do seu autor, salvo algum eventual erro de tradução. Sempre que possível, deve ser lido na sua edição original.

Esta semana, a 21 de março, celebrou-se o Dia Internacional da Síndrome de Down.

Basto 3/2017

Em 10 anos, Portugal matou 160000 bebés ainda antes de nascerem

A 11 de fevereiro de 2007, precisamente há 10 anos, no dia de Nossa Senhora de Lurdes, os portugueses aprovaram, em referendo, a despenalização do aborto. Desde então foram realizados aproximadamente 160 000 abortos em Portugal por opção das mães, pagos com o dinheiro dos nossos impostos.

Se Portugal não aprovar o aborto, está salvo; mas se o aprovar, terá muito que sofrer. Pelo pecado da pessoa, paga a pessoa que dele é responsável; mas pelo pecado da Nação, paga todo o povo. Porque os governantes que promulgam as leis iníquas, fazem-no em nome do povo que os elegeu.

(Ir. Lúcia dos Santos in Um Caminho sob o Olhar de Maria, 2013)

Um dia prestaremos contas.

Basto 2/2017

Ambiguidades de Francisco em relação ao aborto

A organização católica internacional Voice of the Family (Voz da Família), sediada em Londres e dedicada às causas pro-vida e pro-família, criticou a linguagem utilizada pelo Papa Francisco na sua mensagem do “dia pela vida”.

mensagem-pro-vida1
Voice of the Family, 07/02/2017

 

A mensagem em causa foi publicada no sítio do Vaticano. Na opinião da Voice of the Family, até tem palavras encorajadoras que incentivam a uma forte ação educacional “em favor da vida humana”, lembrando que “cada vida é sagrada”, porém recorre à mesma terminologia linguística utilizada por quem promove o aborto.

mensagem-pro-vida
Gabinete de Imprensa da Santa Sé, 05/02/2017

O recurso ao eufemismo “interrupção da gravidez”, próprio do lobby abortista, em vez dos termos que descrevem corretamente o assassínio de crianças antes de nascerem, foi veemente condenado pelo Papa João Paulo II.

Vossos olhos contemplaram-me ainda em embrião » (Sal 139 138, 16): o crime abominável do aborto

58. Dentre todos os crimes que o homem pode realizar contra a vida, o aborto provocado apresenta características que o tornam particularmente grave e abjurável. O Concílio Vaticano II define-o, juntamente com o infanticídio, «crime abominável». [54]

Mas hoje, a percepção da sua gravidade vai-se obscurecendo progressivamente em muitas consciências. A aceitação do aborto na mentalidade, nos costumes e na própria lei, é sinal eloquente de uma perigosíssima crise do sentido moral que se torna cada vez mais incapaz de distinguir o bem do mal, mesmo quando está em jogo o direito fundamental à vida. Diante de tão grave situação, impõe-se mais que nunca a coragem de olhar frontalmente a verdade e chamar as coisas pelo seu nome, sem ceder a compromissos com o que nos é mais cómodo, nem à tentação de auto-engano. A propósito disto, ressoa categórica a censura do Profeta: « Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem, mal, que têm as trevas por luz e a luz por trevas » (Is 5, 20). Precisamente no caso do aborto, verifica-se a difusão de uma terminologia ambígua, como «interrupção da gravidez», que tende a esconder a verdadeira natureza dele e a atenuar a sua gravidade na opinião pública. Talvez este fenómeno linguístico seja já, em si mesmo, sintoma de um mal-estar das consciências. Mas nenhuma palavra basta para alterar a realidade das coisas: o aborto provocado é a morte deliberada e directa, independentemente da forma como venha realizada, de um ser humano na fase inicial da sua existência, que vai da concepção ao nascimento.

(João Paulo II na Carta Encíclica Evangelium Vitae, 25 de Março de 1995)

Estamos aqui, uma vez mais, perante as ambiguidades incompreensíveis que caracterizam o pontificado de Francisco. Ora aparece a enviar mensagens de condenação do aborto, ora aparece a falar a mesma linguagem ou até a elogiar aqueles que o promovem.

No ano passado, por esta altura, rasgou-se em elogios à ex-ministra italiana Emma Bonino, uma das maiores promotoras mundiais da legalização do aborto.

emma-bonino
ANSA – Agência Italiana de Notícias (edição brasileira), 09/02/2016

“Entre os grandes da Itália de hoje estão Giorgio Napolitano e Emma Bonino.”

É preciso olhar para as pessoas, para aquilo que elas fazem.

(Declarações do Papa Francisco a 08 de fevereiro de 2016 in Jornal do Brasil de 09/02/2016)

Georgio Napolitano é um político, ex-comunista, presidente da República Italiana de 2006 a 2015.

Emma Bonino é uma política italiana de esquerda, defensora do aborto, da eutanásia, da esterilização, da legalização de drogas e de outras obscenidades caraterísticas das ideologias radicais. É mundialmente conhecida como uma das maiores promotoras da liberalização do aborto. Nos anos 70, quando o aborto era ainda considerado crime em Itália, ela ensinava publicamente as mulheres a realizar abortos com recurso a uma simples bomba de encher pneus de bicicleta.

emma-bonino
Emma Bonino realiza aborto com bomba pneumática – Roma Giornale

Um “crime abominável“. Nem é necessário saber a doutrina católica para poder reconhecê-lo.

Basto 2/2017

Imagem do Papa usada em propaganda pró-aborto

A organização não governamental brasileira Anis – Instituto de Bioética utiliza a imagem do Santo Padre para promover a liberalização do aborto.

São milhões de mulheres que poderão atravessar o confessionário e receber perdão pelo pecado. O próximo passo é a ordem legal inspirar-se no Papa Francisco e também tornar o aborto um crime sem pena.

(in página do Facebook da Anis – Instituto de Bioética)

anis-francisco
Página do Facebook da Anis – Instituto de Bioética

Diz o slogan que as mulheres que praticam aborto estão “todas perdoadas pelo Papa Francisco”, mas estarão todas elas perdoadas por Deus? A resposta dependerá do grau de arrependimento de cada uma porque relativamente à misericórdia de Deus já sabemos que é infinita. O aborto é um “crime horrendo”, parafraseando o Papa Francisco, mas seria a dor do arrependimento dessas mulheres suficientemente forte para fazê-las aceitar um caminho penitencial profundo que passasse inclusivamente por um bispo?

O Papa Francisco alargou a todos os padres a faculdade de absolver o gravíssimo pecado do aborto, a qual, anteriormente, estava reservada apenas aos bispos e a alguns sacerdotes mandatados. Independente do propósito que fundamentara esta medida papal, ela acaba sempre por diminuir de algum modo a consciência individual e coletiva perante a gravidade deste crime tão “horrendo”, nomeadamente nas pessoas espiritualmente mais frágeis.

O aborto é, na sua essência, um “crime horrendo” que rebaixa a dignidade humana para patamares muito inferiores aos das restantes criaturas. Se há situações onde a justiça de Deus é mesmo pesada e implacável, esta terá de ser uma delas.

A União Soviética foi o primeiro país do mundo a legalizar o aborto a 8 de novembro de 1920. Hoje, as práticas abortivas foram legalizadas e até apoiadas socialmente – como acontece em Portugal – em grande parte dos países do mundo, muitos deles historicamente cristãos e católicos. Se quisermos relacionar esta realidade atual com a mensagem de Fátima, podemos incluí-la no inventário dos “erros da Rússia” entretanto “espalhados pelo mundo”. E já lá vão quase 100 anos…

 

Basto 12/2016