Frases que nos fazem pensar: Padre Daniel Lima

“Dei a bênção a nove casais do mesmo sexo”

Pe. Daniel Lima

Contexto da frase:

A frase atribuída ao sacerdote brasileiro radicado em Portugal aparece grafada entre aspas como título de um texto publicado pela revista Sábado, na sua página digital, no dia 20 de março. À exceção do parágrafo inicial, o texto é acessivel apenas aos assinantes da publicação.

Fonte: https://www.sabado.pt/vida/detalhe/padre-daniel-dei-a-bencao-a-nove-casais-do-mesmo-sexo-

Funeral carnavalesco e sacrílego de um prostituto transexual famoso em catedral nova-iorquina

O funeral do prostituto transexual “Cecilia Gentili”, na última quinta-feira, 15 de fevereiro, atraiu muitos doidos vestidos com fantasias carnavalescas à Catedral de São Patrício, Sé da Arquidiocese de Nova Iorque. Durante a cerimónia sacrílega, fizeram várias excentricidades como insultar Santa Cecília a partir do púlpito, cantar músicas profanas, gritar, aplaudir e até dançar à volta do morto.

@fransquishco

for cecilia gentili, 1400 people in st. patrick’s cathedral cant stop giving standing ovations to esta puta…. the first trans woman who has ever held a funeral service there 🌹

♬ original sound – fran

Padres e bispos do mundo inteiro demarcam-se das bênçãos ‘gay’ de Tucho e Francisco [atualizado em 3 de fevereiro de 2024]

Risco de cisma na Igreja?

Um pouco por todo o mundo, padres, bispos e cardeais rejeitam cabalmente as sacrílegas bênçãos gay aprovadas pelo Papa Francisco e pelo novo Prefeito do Dicastério para a Doutrina da Fé no infame documento Fiducia Supplicans. Em vários países assistiu-se a uma rejeição formal e imediata assumida pela totalidade dos bispos nacionais através das suas conferências episcopais.

Destaca-se, neste âmbito, a lucidez e a prontidão da Igreja no Continente Africano, a sua reação rápida e clara na defesa da doutrina e da moral católicas fazem dela uma verdadeira “Igreja em saída”, um exemplo que parte das “periferias” para o resto do mundo católico, recorrendo a palavras do Santo Padre.

CONFERÊNCIAS EPISCOPAIS:

Conferência de Bispos do Malawi

Os bispos do Malawi declararam que “Bênçãos de qualquer tipo e para uniões do mesmo sexo de qualquer tipo não são permitidas no Malawi”.

Fonte: https://twitter.com/austeni/status/1737774561750315015 (21/12/2023).

Conferência de Bispos Católicos da Zâmbia

A Conferência de Bispos Católicos da Zâmbia declara: “A fim de evitar qualquer confusão e ambiguidade pastoral, bem como para não violar a lei do nosso país que proíbe as uniões e atividades entre pessoas do mesmo sexo, […] a Conferência orienta que a Declaração do Dicastério para a Doutrina da Fé de 18 de dezembro, 2023, relativa à bênção de casais do mesmo sexo, seja considerada para reflexão adicional, e não para implementação na Zâmbia.”

Fonte: https://twitter.com/ednyoka/status/1737441037583352086 (20/12/2023).

Conferência Episcopal do Ruanda

A Conferência Episcopal do Ruanda rejeita Fiducia Supplicans, publicando documento onde afirma que as bênçãos entre pessoas do mesmo sexo seriam “confundidas com o sacramento do casamento” e a Igreja não pode abençoar o casamento entre pessoas do mesmo sexo, pois são contra a lei de Deus.

Fonte: https://www.eglisecatholiquerwanda.org/spip.php?article2082 via https://twitter.com/MLJHaynes/status/1737939138655982026 (21/12/2023).

Conferência Episcopal do Uganda

A Conferência Episcopal do Uganda esclareceu, numa conferência de imprensa dada por D. Paul Ssemogerere, Arcebispo de Kampala, que a Igreja Católica do Uganda rejeita as bençãos homossexuais.

Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=bKBW2_5qltw (21/12/2023).

Conferência Episcopal Nacional dos Camarões

A Conferência Episcopal Nacional dos Camarões divulgou um documento onde afirma: “A homossexualidade falsifica e corrompe a antropologia humana e banaliza a sexualidade, o casamento e a família, os fundamentos da sociedade. […] Na verdade, a homossexualidade coloca a humanidade contra si mesma e destrói-a.”

Fonte: https://acrobat.adobe.com/id/urn:aaid:sc:VA6C2:9202418f-75dd-4834-a01d-8bad0d784078 (21/12/2023).

Conferência de Bispos Católicos da Nigéria

A Conferência de Bispos Católicos da Nigéria, o maior país africano, emite declaração onde “assegura a todo o Povo de Deus que o ensinamento da Igreja Católica sobre o casamento permanece o mesmo. Não há, portanto, nenhuma possibilidade na Igreja de abençoar uniões e atividades entre pessoas do mesmo sexo. Isso iria contra a lei de Deus, os ensinamentos da Igreja, as leis da nossa nação e as sensibilidades culturais do nosso povo.”

Fonte: https://twitter.com/frjamesa/status/1737576981099610510 (20/12/2023).

Conferência de Bispos Católicos Romanos da Ucrânia

A Conferência de Bispos Católicos Romanos na Ucrânia (Rito Latino) emite um comunicado onde afirma que “não há bênçãos para quem vive em pecado”.

Fonte: https://rkc.org.ua/blog/2023/12/19/yepyskopat-ukrayiny-nemaye-blagoslovennya-na-zhyttya-u-grisi/ (19/12/2023).

Igreja Greco-Católica Ucraniana

O líder da Igreja Greco-Católica Ucrania esclarece que a controversa declaração do “aplica-se exclusivamente à Igreja Latina e não tem força jurídica para os fiéis da Igreja Greco-Católica Ucraniana. […] Segundo as tradições do rito bizantino, o conceito de “bênção” significa aprovação, permissão ou mesmo ordem para um determinado tipo de ação, oração e práticas ascéticas, incluindo certos tipos de jejum e oração. Obviamente, a bênção do sacerdote tem sempre uma dimensão evangelizadora e catequética e, portanto, não pode de forma alguma contradizer o ensinamento da Igreja Católica sobre a família como união de amor fiel, indissolúvel e fecunda entre um homem e uma mulher, que Nosso Senhor Jesus Cristo elevado à dignidade do Santíssimo Sacramento do Matrimónio. O discernimento pastoral exorta-nos a evitar gestos, expressões e conceitos ambíguos que possam distorcer ou deturpar a palavra de Deus e o ensinamento da Igreja.

Fonte: https://ugcc.ua/data/komunikat-shchodo-retseptsiy-v-ugkts-deklaratsiy-dykasteriy-virovchennya-fiducia-supplicans-pro-dushpastyrske-znachennya-blagosloven-4124/ (22/12/2023).

Conferência Episcopal Nacional dos Camarões

A Conferência Episcopal Nacional dos Camarões publicou uma declaração de clarificação onde reafirma um compromisso firme com o ensinamento tradicional da Igreja: “Portanto, proibimos formalmente todas as bênçãos de “casais homossexuais” na Igreja dos Camarões.

Fonte: https://actucameroun.com/2023/12/22/les-eveques-du-cameroun-contre-les-benedictions-des-couples-homosexuels-declaration/?utm_content=cmp-true (21/12/2023).

Conferência Episcopal Polaca

A Conferência Episcopal Polaca, através de uma declaração do seu porta-voz, Pe. Leszek Gęsiak SJ, esclarece que “as pessoas que mantêm relações entre pessoas do mesmo sexo “não podem receber uma bênção”. “Visto que a prática de atos sexuais fora do casamento, isto é, fora da união indissolúvel entre um homem e uma mulher aberta à transmissão da vida, é sempre uma ofensa à vontade e à sabedoria de Deus expressa no sexto mandamento… as pessoas que estão em tal um relacionamento não pode receber uma bênção. Isto se aplica em particular às pessoas em relacionamentos do mesmo sexo”, escreveu o Pe. Leszek Gęsiak, porta-voz da Conferência Episcopal Polaca, depois de consultar aos membros do Conselho Permanente da conferência.

Fonte: https://info.wiara.pl/doc/8613887.Rzecznik-Episkopatu-Deklaracja-Fiducia-supplicans-w-niczym-nie (21/12/2023).

Conferência Episcopal de Angola e São Tomé

Os bispos da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST) manifestaram “perplexidade” com as bênçãos a “casais irregulares” e determinaram que não sejam realizadas nestes dois países porque “criariam um enorme escândalo e confusão entre os fiéis”.

Fonte: https://www.sapo.pt/noticias/atualidade/bispos-de-angola-e-sao-tome-determinam-que_6587febc708c9d4acd6be48a (24/12/2023).

Conferência de Bispos Católicos do Zimbábue

A Conferência dos Bispos Católicos do Zimbabué publicou no passado domingo uma declaração pastoral onde afirma: “Em respeito à lei do país, à nossa cultura e por razões morais, instruímos os pastores a desistir de ações que possam ser consideradas uma bênção para as uniões do mesmo sexo, trazendo confusão e até escândalo ao nosso povo”, acrescentando que a declaração do Vaticano gerou “ansiedade e confusão”.

Fonte: https://www.newzimbabwe.com/zimbabwean-bishops-reject-popes-move-to-bless-same-sex-relationships/ (26/12/2023).

Conferência Episcopal Húngara

A Conferência Episcopal Húngara instrui os sacerdotes para não darem bênçãos a uniões homossexuais: “Considerando a situação pastoral do nosso país, a Conferência Episcopal especifica que os ministros ordenados podem abençoar todas as pessoas individualmente, independentemente da sua identidade de género e orientação sexual, mas devem sempre evitar a bênção comum para os casais que vivem juntos em união de facto ou num casamento que não é válido na Igreja, ou que vivem numa união de facto entre pessoas do mesmo sexo.

Fonte: https://katolikus.hu/article/communication-14387939 (27/12/2023).

Conferência Episcopal de Moçambique

A Conferência Episcopal de Moçambique publica declaração onde afirma: “Nós, os bispos, decidimos que em Moçambique não se dê bênção a uniões irregulares e uniões do mesmo sexo.”

Fonte: https://www.facebook.com/cepiscopalmz (28/12/2023).

Conferência dos Bispos da Costa do Marfim

Numa declaração lida pelo bispo D. Marcellin Kouadio, a Conferência dos Bispos da Costa do Marfim afirma que o documento do Vaticano “semeou a confusão no povo de Deus” e concluem deste modo: “Por isso, pedimos aos ministros ordenados que se abstenham de abençoar casais do mesmo sexo e casais em situação irregular”.

Fonte: https://www.facebook.com/EcclesiaTVCI1 (27/12/2023).

Conferência Episcopal do Haiti

Os bispos do Haiti pulicaram uma declaração onde afirmam que, mesmo “seguindo” os bons argumentos apresentados na ‘Fiducia Supplicans’, decidiram que “permanecem fiel a esta exortação de São Paulo a Timóteo: “Conserva o depósito da Fé em toda a sua beleza, com a ajuda do Espírito Santo que habita em nós” (2 Timóteo 1: 14). A declaração foi assinada individualmente por cada um dos bispos haitianos.

Fonte: https://www.haitilibre.com/en/news-41278-haiti-flash-the-vatican-authorizes-the-blessing-of-homosexual-couples-reactions-from-the-bishops-of-haiti.html (24/12/2023).

Conferência dos Bispos Católicos do Burundi

A Conferência dos Bispos Católicos do Burundi publica declaração onde afirma que a homossexualidade é contrária aos valores culturais da sociedade burundiana, proibindo as bençãos a casais homossexuais nestes termos: “Nenhum padre pode abençoar os pecadores públicos que não fazem nenhum gesto de arrependimento para renunciar aos seus pecados”.

Fonte: https://eglisecatholique.bi/images/communiques/CECAB_Communiqu_sur_Fiducia_supplicans_Dec_2023.pdf (22/12/2023).

Conferência Episcopal do Benim

Reagindo às orientações do Dicastério para a Doutrina da Fé, a Conferência Episcopal do Benim, à semelhança de outros episcopados africanos, pediu aos sacerdotes de todo o território nacional que “se abstenham de qualquer forma de bênção aos casais do mesmo sexo”, numa declaração intitulada “Que nada vos separe de Cristo e da Sua Igreja Católica”.

Fonte: https://visages-du-benin.com/apres-les-eveques-de-cote_d_ivoire-la-conference-episcopale-du-benin-dit-aussi-non-a-la-benediction_des_couples_homosexuels/ (14/12/2023).

Conferência dos Bispos Católicos da Bielorrússia (Rito Latino)

Os bispos da Bielorrússia emitiram uma declaração, no início deste mês de fevereiro, em que afirmam que “A Igreja Católica na Bielorrússia não pretende colocar em prática a possibilidade de bênção aos casais que vivem em união irregular e aos casais do mesmo sexo proposta pela DeclaraçãoFiducia Supplicans.

Fonte: https://catholic.by/3/news/belarus/16874-pavedamlenne-kanferentsyi-katalitskikh-biskupa-u-belarusi-adnosna-daktrynalnaj-deklaratsyi-fiducia-supplicans (01/02/2024).

CONGREGAÇÕES E OUTRAS ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS:

Confraria do Clero Católico dos EUA

A Confraria do Clero Católico dos EUA emite declaração dura para divulgação imediata. “O comportamento pecaminoso e as inclinações desordenadas nunca podem ser abençoados ou tolerados. […] Advertir os pecadores ainda é uma obra de misericórdia e obscurecer a sua visão moral não o é; mesmo que seja chamado de ‘bênção’.”

Fonte: https://catholicclergy.net/ccc-statements/ (22/12/2023).

Confraria do Clero Católico do Reino Unido

A Confraria do Clero Católico do Reino Unido, uma organização que representa cerca de 500 padres, divulgou uma carta assinada reafirmando o ensinamento da Igreja em relação ao casamento e às uniões do mesmo sexo, relativamente às quais o Vaticano aprovou bençãos pastorais. De acordo com esta organização, “tais bênçãos pastorais são pastoral e praticamente inadmissíveis”.

Fonte: https://catholicclergy.net/statement-of-the-british-confraternity-of-catholic-clergy-concerning-fiducia-supplicans/ (23/12/2023).

Confraria do Clero Católico da Austrália

A Confraria do Clero Católico da Austrália publica declaração em que afirma: “Os sacerdotes ordenados são ministros das bênçãos de Deus dadas para santificar a pessoa humana e construir tudo o que há de verdadeiro, bom e belo na vida humana. Embora as pessoas humanas pecadoras que buscam a misericórdia de Deus sejam autênticos destinatários das bênçãos de Deus, tais bênçãos, por sua natureza, estão ordenadas à comunhão com Deus; à conversão e à santificação e, portanto, nunca pode ser concedida a atos pecaminosos nem legitimar relações que sejam intrinsecamente incompatíveis com o plano divino.”

Fonte: https://catholicclergy.net/statement-of-the-australian-confraternity-of-catholic-clergy-concerning-fiducia-supplicans/ (22/12/2023).

Congregação dos Filhos do Santíssimo Redentor

A Congregação dos Filhos do Santíssimos Redentor, mais conhecidos como os Redentoristas Transalpinos, divulgam uma declaração escrita onde afirma que estão “com o Cardeal Müller, os bispos do Malawi, do Cazaquistão, da Zâmbia e da Nigéria, com o Arcebispo Viganò, o Bispo Strickland e todos os bispos, sacerdotes e fiéis que reconhecem que a bênção sacerdotal dos casais em situações de “relacionamentos irregulares” e a bênção de “casais homossexuais” opõem-se à Fé e à Moral Católica; […] Nossa Senhora deu a conhecer ao mundo em La Salette, Lourdes, Fátima e Akita que Nosso Senhor já está demasiado ofendido. A Declaração  Fiducia Supplicans, publicada nestes dias antes do Natal, é profundamente ofensiva a Nosso Senhor.”

Fonte: https://papastronsay.blogspot.com/2023/12/on-declaration-fiducia-supplicans-our.html?m=1 (22/12/2023).

Marianos da Imaculada Conceição

A Congregação dos Padres Marianos da Imaculada Conceição da Santíssima Virgem Maria publica um documento onde afirma: “Abençoar pessoas que lutam contra o pecado, mas que se esforçam para fazer a vontade de Deus e conformar as suas vidas com os ensinamentos da Igreja, não só é permitido, mas fortemente encorajado. O clero mariano continuará a abençoar o pecador individual, mas não podemos de forma alguma conceder bênçãos que possam inferir que estamos tolerando ou abençoando o pecado das uniões irregulares.”

Fonte: https://drive.google.com/file/d/1eFmk9VbM7lO-Nd9FvcmcKf5VS5MqrkHo/view (21/12/2023).

Fraternidade Sacerdotal São Pio X

O Padre Davide Pagliarani, Superior Geral da Fraternidade Sacerdotal São Pio X emitiu uma declaração onde afirma: “É importante salientar a natureza escandalosa deste texto, que, apesar da confusão semântica, parece contrariar a decisão anterior da Congregação para a Doutrina da Fé”.

Fonte: https://www.lifesitenews.com/news/scandalous-sspx-issues-statement-on-vaticans-approval-of-same-sex-blessings/ (19/12/2923).

BISPOS E DIOCESES:

Bispos D. Tomash Peta e D. Athanasius Schneider

O Arcebispo D. Tomash Peta e o bispo D. Athanasius Schneider, da Arquidiocese de Santa Maria, em Astana, Cazaquistão, publicaram um comunicado conjunto condenando fortemente as bênção de uniões pecaminosas: “Abençoar casais em situação irregular e casais do mesmo sexo é um grave abuso do santíssimo Nome de Deus, uma vez que este Nome é invocado sobre uma união objetivamente pecaminosa de adultério ou atividade homossexual.”

Fonte: https://senzapagare.blogspot.com/2023/12/d-tomash-peta-e-d-athanasius-schneider.html (19/12/2023).

Cardeal D. Fridolin Besungu

Cardeal D. Fridolin Ambongo Besungu, Arcebispo de Kinshasa, na República Democrática do Congo, e presidente do Simpósio das Conferências Episcopais de África e Madagáscar, afirmou que o documento está a causar “perplexidade entre os fiéis” e, portanto, sugere que todas as conferências episcopais africanas formulem uma resposta conjunta ao documento.

Fonte: https://rorate-caeli.blogspot.com/2023/12/cardinal-ambongo-president-of-african.html (21/12/2023).

Cardeal D. Gerhard Müller

Cardeal D. Gerhard Müller, Prefeito Emérito da Congregação para a Doutrina da Fé, publica um documento onde desmonta cabalmente os falsos argumentos do atual Dicastério Para a Doutrina da Fé. Segundo o Müller, o sacerdote que abençoa as relações pecaminosas “comete um ato sacrílego e blasfemo” contra Deus e, no mesmo sentido, o bispo diocesano “é obrigado a impedir esses atos sacrílegos, caso contrário tornar-se-ia cúmplice deles e negaria o mandato que lhe foi dado por Cristo para confirmar os seus irmãos na fé.”

Fonte: https://newdailycompass.com/en/mueller-blessings-for-gay-couples-are-blasphemous (21/12/2023).

Arcebispo D. Jesús Sanz Montes

D. Jesús Sanz Montes, Arcebispo de Oviedo, Espanha, afirma: “Fiducia Supplicans é controversa. Desnecessário depois do que foi dito pelo mesmo Dicastério e endossado pelo mesmo Papa há apenas 2 anos. Uma pressa não sinodal e uma afirmação ambígua num documento que confunde e desilude. Abençoamos pessoas, não relacionamentos e circunstâncias.”

Fonte: https://twitter.com/jsmofm/status/1738244142323409373 (22/12/2023).

D. José Ignacio Munilla

D. José Ignacio Munilla, Bispo de Orihuela-Alicante, na Espanha, explica que “o Evangelho nos convida a abençoar todos os que se abrem ao dom de Deus, incluindo aqueles que vivem em situações afetivas irregulares, embora não nos conceda nenhum poder para abençoar as suas uniões contrárias ao desígnio de Deus”.

Fonte: https://www.aciprensa.com/noticias/102407/obispo-munilla-se-bendice-a-los-pecadores-no-a-su-pecado (19/12/2023).

Arcebispo D. Carlo Maria Viganò

O ex-Nuncio Apostólico nos EUA publicou um documento com acusações gravíssimas onde acusa Francisco de ser um servo de Satanás. “Se este Documento, juntamente com outros pronunciamentos mais ou menos oficiais, realmente tivesse como objetivo o bem dos adúlteros, concubinários e sodomitas, deveria ter-lhes apontado o heroísmo do testemunho cristão, lembrado-lhes do auto-sacrifício que Nosso Senhor O Senhor pede a cada um de nós e os ensina a confiar na Graça de Deus para superar as provações e viver em conformidade com a Sua Vontade.”

Fonte: https://exsurgedomine.it/231220-fiducia-supplicans-eng/ (20/12/2023).

Bispo D. Marian Eleganti

D. Marian Eleganti, Bispo Auxiliar Emérito de Chur, Suiça, escreveu: “O chamado Magistério de Francisco, que é apresentado como algo novo e sem precedentes em contraste com a tradição, é uma criação conceptual absurda do Cardeal Fernández, porque os papas, tal como os bispos, são guardiões do ensinamento da Igreja e da sua tradição ininterrupta. As verdades são eternas e não mudam com o espírito dos tempos. […] Permanece o facto de que uma prática e relação pecaminosas não podem ser abençoadas porque contradizem a ordem da criação ou a vontade de Deus e, nesse caso, a bênção não pode ser dada nem recebida frutuosamente “. 

Fonte: https://kath.net/news/83366 (20/12/2023).

Arcebispo D. Héctor Rubén Aguer 

D. Héctor Rubén Aguer, Arcebispo Emérito de La Plata (predecessor de D. Víctor Manuel Fernández), Argentina, mantém o seu criticismo ao pontificado de Francisco e escreve: “Concluindo: ‘Fiducia suplicans’ não deve ser obedecida. E é perfeitamente correto negar bênçãos aos “casamentos” homossexuais e aos casamentos que vivem em situação irregular.”

Fonte: https://www.lifesitenews.com/opinion/bishop-aguer-francis-document-fiducia-supplicans-must-not-be-obeyed/?utm_source=most_recent (23/12/2023).

Bispo D. Philip Anyolo

D. Philip Subira Anyolo, Arcebispo Metropolitano de Nairóbi, no Quénia, escreveu uma carta dirigida à sua arquidiocese em que diz: “A palavra de Deus também condena fortemente tais uniões (Rm 1:24-27; 1 Car 6:10; 1 Tim 1:10). As tradições culturais africanas igualmente as detestam, pois são veementemente contra a transmissão da vida”.

Fonte: https://www.citizen.digital/news/bishop-anyolo-defies-popes-decision-forbids-blessing-of-same-sex-couples-in-nairobi-n333736 (18/12/2023).

D. Cleophas Oseso Tuka

D. Cleophas Oseso Tuka, Bispo de Nakuro, no Quénia, afirma: “Refutamos categoricamente as bençãos homossexuais e nunca permitiremos que isso aconteça nas nossa igrejas”.

Fonte: https://nation.africa/kenya/news/-catholic-bishop-oseso-says-no-blessing-for-same-sex-unions–4479484 (01/01/2024).

Bispo D. Martin Mtumbuka

D. Martin Anwel Mtumbuka, Bispo de Karonga, no Malawi, na homilia da missa de Natal: “Não temos escolha. Não podemos permitir que uma declaração tão ofensiva e aparentemente blasfema seja implementada na nossa diocese”.

Fonte: https://youtu.be/5FRajYRmG84 (26/12/2013).

Cardeal D. Daniel Sturla

O Cardeal D. Daniel Sturla, Arcebispo de Montevidéu, Uruguai, afirma: “É um não, mas sim, e um sim, mas não. O mesmo documento diz que não altera a doutrina da Igreja. Dada a falta de clareza do documento, pela minha leitura, entendo que devemos continuar com a prática que a Igreja tem tido até agora, que é abençoar todas as pessoas que pedem uma bênção, mas não abençoar os casais do mesmo sexo”.

Fonte: https://www.acidigital.com/noticia/57006/fiducia-supplicans-nao-era-um-tema-para-o-natal-diz-cardeal-arcebispo-de-montevideu (26/12/2023).

Bispos do Estado de DaKota do Sul (EUA)

Os bispos D. Peter M. Muhich, da Diocese de Rapid City, e D. Donald E. DeGrood, da Diocese de Sioux Falls, emitiram um comunicado conjunto onde alertam para o facto da declaração do Vaticano poder normalizar pecados graves, portanto “qualquer tipo de bênção que dê a aparência de tolerar o pecado não deve ser concedida.”

Fonte: https://www.complicitclergy.com/2023/12/29/south-dakota-bishops-warn-fiducia-supplicans-may-normalize-serious-sin/ (22/12/2023).

D. Joseph Strickland

D. Joseph Edward Strickland, Bispo Emérito da Diocese de Tyler, no Texas, EUA, escreveu na sua conta Twitter: “A Igreja não mudará para abraçar o comportamento pecaminoso. Alguns na Igreja poderão fazê-lo, mas a Igreja, a Noiva de Cristo, continuará a proclamar a verdade revelada por Jesus Cristo.”

Fonte: https://twitter.com/BishStrickland/status/1741175562238837242 (30/12/2023).

D. Adair José Guimarães

No final de uma celebração Eucarística, D. Adair José Guimarães, Bispo de Formosa, no Estado de Goiás, Brasil, declarou o seguinte: “Na diocese de Formosa não serão observadas estas solicitações e sugestões da Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé” completando que na sua diocese acolhem as “pessoas homoafetivas” e “casais em segunda união” serão todas acolhidas e atendidas, mas “na caridade, na Verdade as pessoas dentro dessas situações precisam também ser orientadas quanto à doutrina da Igreja, à tradição da Igreja e às orientações do magistério autêntico da Igreja.” A declaração foi videogravada e publicada no seu canal YouTube.

Fonte: https://youtu.be/j9sp0rqyDss (23/12/2023).

Mons. José Maria Pereira

O atual Administrador Pastoral da Diocese de Petrópolis, Mons. José Maria Pereira, publicou uma declaração coassinada pelo Pe. Anderson Alves, da Comissão de Doutrina Diocesana, onde se rejeita qualquer interpretação da declaração Feducia Supplicans contraditória ao anterior ensinamento da Igreja, afirmando que “pessoas em situação objetiva de pecado” poderão receber bençãos apenas “para que possam viver de acordo com a vontade de Deus”, desde que haja essa disposição por parte dos indivíduos que a pedem. “São proibidas, portanto, bençãos a grupos que pretendam com isso justificar uma situação irregular, objetivamente contrária à moral cristã e à verdadeira natureza do matrimónio, o que causaria confusão e escândalo entre os fiéis.”

Fonte: https://diocesepetropolis.com.br/nota-da-diocese-de-petropolis-sobre-a-declaracao-fiducia-supplicans/ (22/12/2022).

Bispos da Província Eclesiástica de Rennes (França)

Numa declaração conjunta assinada por todos os bispos da Província Eclesiástica de Rennes, que inclui nove dioceses francesas, os bispos reafirmam o ensinamento tradicional da Igreja, excluindo bençãos a casais irregulares ou homossexuais, dando um destaque gráfico à seguinte frase: “Por isso é oportuno abençoar espontaneamente, individualmente, cada uma das duas pessoas que formam um casal“.

Fonte: https://rennes.catholique.fr/actualite/411579-fiducia-supplicans-reflexions-et-orientations-des-eveques-des-dioceses-de-louest/ (01/01/2024).

D. Rafael López-Brea

D. Rafael Alfonso Escudero López-Brea, Bispo Prelado da Prelatura de Moyobamba, emite uma dura declaração onde afirma, entre outras coisas: “Abençoar os casais em situação irregular e os casais do mesmo sexo é um abuso grave do Santíssimo Nome de Deus, que se invoca sobre uma união objetivamente pecaminosa de fornicação, adultério ou, ainda pior, de atividade homossexual.”

Fonte: https://www.prelaturademoyobamba.com/mensaje-pastoral-del-obispo-prelado-de-moyobamba-sobre-la-declaracion-fiducia-supplicans/ (18/12/2023).

D. Robert Sarah

O Cardeal D. Robert Sarah, Prefeito Emérito da Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos, redigiu uma reflexão, partilhada no blogue italiano Settimo Cielo, no dia 6 de janeiro, com a qual exorta os fiéis a “responderem à confusão com a palavra de Deus”, explicando que “Não nos opomos ao Papa Francisco, mas opomo-nos firme e radicalmente a uma heresia que mina gravemente a Igreja, o Corpo de Cristo, porque é contrária à fé e à tradição católica”.

Fonte: https://www.diakonos.be/fiducia-supplicans-il-cardinale-sarah-ci-opponiamo-a-uneresia-che-mina-gravemente-la-chiesa/ (08/01/2024).

CLÉRIGOS DE RELEVO:

Pe. Santiago Martín

Pe. Santiago Martín Rodríguez, o mediático sacerdote espanhol fundador da congregação Os Franciscanos de Maria, questiona: “Será este o fim da Igreja Católica como a conhecemos e o início de um novo cisma? […] Devo dizer que me junto aos padres que já declararam que não abençoarão estas uniões”.

Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=g7QsnFLEkJY (22/12/2023).

Mons. Charles Pope

O mediático sacerdote responsável pela Paróquia Santo Consolador – São Cipriano e reitor da Arquidiocese de Washington DC informou que os párocos da sua não abençoarão ‘casais’ homossexuais, isso “levaria à confusão e ao escândalo entre os fiéis em relação ao ensinamento da Igreja sobre o casamento e a sexualidade”.

Fonte: https://www.lifesitenews.com/news/msgr-pope-informs-dc-parishioners-he-will-not-bless-couples-in-same-sex-or-irregular-unions/ (22/12/2023).

Rev. Gerald Murray

O mediático sacerdote e canonista, pároco da Igreja da Sagrada Família, em Nova Iorque, EUA, e comentador frequente em vários meios de comunicação social, com destaque para o canal católico americano EWTN, explica que, ao autorizar as bençãos homossexuais, “o Papa Francisco renuncia a todo o ensinamento moral da Igreja e isso tem 2000 anos”.

Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=OahSQL1gcdA (20/12/2023).

Pe. José Jacinto de Farias

O sacerdote dehoniano, Professor da Universidade Católica Portuguesa, nas suas “Conversas Dominicais”, programa do seu canal youtube, rejeitou claramente as bençãos aprovadas pelo Dicastério para a Doutrina da Fé e pelo Papa, explicando que o texto pontifício que aprova as bençãos a casais irregulares “cita apenas ou quase exclusivamente o Papa”, o mesmo Papa que o assinou, não se reportando, deste modo, à tradição bíblica, dogmática e moral da Igreja,

Fonte: https://youtu.be/8xQ9aDsj_V4 (07/01/2024).

Frases que nos fazem pensar: Pe. Anselmo Borges (2)

Fiquei feliz. Eu já dei a bênção a um casal de lésbicas. Pessoas excelentes, dedicadas aos outros. Fiz uma pequena celebração com elas e com a família. E estou convicto que essa bênção é realmente um sacramento.

Pe. Anselmo Borges, professor universitário e ensaísta português.

Contexto das frases acima reproduzidas:

Resposta à questão O Vaticano aprovou a “bênção espontânea” de casais do mesmo sexo e “em situações irregulares”. O que achou?‘, numa entrevista assinada pelo jornalista Licínio Lima, publicada no Jornal Novo, no dia 23 de dezembro de 2023.

Fonte: https://onovo.sapo.pt/noticias/padre-anselmo-borges-fazer-amor-e-tao-sagrado-como-ir-a-missa/

Presépio ‘fiducia’ em paróquia italiana: só falta a figura de D. Tucho no lugar do burro

Numa sincronia perfeita com a agenda gay do Vaticano, o Pe. Vitalino Della Sala, ativista LGBT e pároco da Igreja Paroquial de São Pedro e São Paulo, em Capocastello, diocese de Avellino, em Itália, voltou a recriar um presépio gay na sua igreja. O objetivo, este ano, foi criar um presépio blasfemo com duas mães lésbicas junto ao Menino, cometendo um grave sacrilégio contra a Sagrada Família junto ao altar da sua igreja, mesmo em frente do sacrário e de um quadro de Nossa Senhora.

Pe. Vitallino Della Sala recriando o seu presépio gay; fonte: redes sociais.

As ofensas do Pe. Vitallino Della Sala à Sagrada Família, nomeadamente no que se refere à utilização do presépio na sua igreja como meio de propaganda ideológica, não são uma novidade. No entanto, apesar da proximidade geográfica a Roma e da larga cobertura mediática dos seus escândalos, nada lhe acontece porque não quer saber do depósito da fé e está em perfeita sintonia com o Papa Francisco.

Então, como a Santíssima Virgem nos tinha dito que oferecêssemos também as nossas orações e sacrifícios para reparar os pecados cometidos contra o Imaculado Coração de Maria, quisemos combinar a oferecer cada um pela sua intenção.

Ir. Lúcia in Memórias da Irmã Lúcia I, 2007, 13.ª ed., Fátima: Secretariado dos Pastorinhos, pp.53.

Pe. James Martin SJ celebra o primeiro ‘fiducia’ depois da aprovação do Papa Francisco

Um dia depois da publicação da declaração gay do Dicastério para a Doutrina da Fé, o ativista LGBT da Companhia de Jesus, que também é assessor do Papa Francisco para assuntos de homossexualismo católico, celebra o seu primeiro fiducia de acordo com as diretrizes oficias da Santa Sé.

Jason Steidl Jack (à esquerda) e seu “marido” Damian Steidl Jack recebem uma bênção do editor do Outreach James Martin, SJ, em Manhattan, 19 de dezembro de 2023. (James Estrin, cortesia do New York Times, via outreach.faith)

O meu marido Damian e eu fomos abençoados pelo editor do Outreach, James Martin SJ, no início desta semana. Apenas um dia depois de o  Vaticano  ter anunciado que os padres poderiam oferecer “o dom da bênção que flui do Coração de Cristo através da sua Igreja”, procurámos o Padre Martin, que é amigo, mentor, aliado e pastor. 

Jason Steidl Jack, in outreach.faith, 21 de dezembro de 2023.

‘Fiducia supplicans’: Francisco autoriza bênçãos a relacionamentos homossexuais

Através de uma publicação sem precedentes em toda a história da Igreja Católica, no dia 18 de dezembro de 2023, o Dicastério para a Doutrina da Fé lançou um documento oficial, assinado pelo seu atual Prefeito e pelo Papa Francisco, que autoriza os clérigos católicos a administrar bênçãos a “casais” homossexuais. Por outras palavras, o repugnante pecado da sodomia, a prática sexual entre dois homens ou entre duas mulheres, pode agora ser abençoado por um padre ou um bispo católicos, com autorização do Papa e do mais alto departamento responsável pela doutrina da Igreja.

E é precisamente neste contexto que se pode compreender a possibilidade de abençoar casais em situação irregular e casais do mesmo sexo, sem validar oficialmente o seu estatuto ou alterar de forma alguma o ensinamento perene da Igreja sobre o Matrimónio.

Excerto da declaração “Fiducia supplicans” sobre o significado pastoral das bênçãos do Dicastério para a Doutrina da Fé, 18.12.2023; in press.vatican.va (tradução nossa).

Abençoar um degradante pecado mortal sem contrariar o ensinamento perene e infalível da Igreja? Como é isso possível? Das duas, uma: ou o cardeal D. Tucho é completamente burro e não sabe o que diz, assim como o Santo Padre, ou então estão ambos sob uma fortíssima influência do Demónio. Infelizmente, a segunda hipótese parece mais provável do que a primeira.

Que Deus Nosso Senhor nos ajude, por intermédio do Imaculado Coração de Maria, a desinfestar a Igreja Católica das legiões de demónios que proliferam no pontificado de Francisco.

O novo batismo gay na Igreja Católica: transexuais podem ser batizados, um homem pode ser madrinha e uma mulher padrinho

À esquerda, o batismo dos filhos adotivos de Roberto Carlos Trinidad (transexual que se identifica como Florencia de La V) e do seu amante Pablo Goycochea, junto do Pe. García Cuerva, recentemente promovido pelo Papa Francisco a Arcebispo de Buenos Aires. À direita, a transexual espanhola que se identifica como Diego Neria Lejárraga junto da sua namorada e do Papa Francisco, depois de ter aceitado o convite deste para visitarem o Vaticano.

Respostas do Dicastério para a Doutrina da Fé ao bispo D. José Negri

Fonte: www.vatican.va

D. Giuseppe Negri, conhecido como D. “José” Negri é um bispo católico nascido na Itália e radicado no Brasil, atualmente, titular da Diocese de Santo Amaro, no estado de São Paulo. Recentemente, enviou um conjunto de questões à Santa Sé relacionadas com a administração dos sacramentos, questões para as quais qualquer cristão minimamente formado sabia a resposta antes de sinistro pontificado de Francisco.

Cardeal Müller adverte que as últimas declarações da Doutrina da Fé “abrem a porta ao mal-entendido”

Cardeal D. Gerhard Müller 

Por Redaccioninfovaticana

O Cardeal Müller, ex-prefeito da Doutrina da Fé, enviou uma carta contundente a alguns meios de comunicação após o último documento publicado pelo Dicastério agora dirigido por Víctor Manuel Fernández.

Tucho Fernandez emitiu um documento – com a assinatura do Papa Francisco – em resposta às questões levantadas por um bispo brasileiro. Nessa declaração, o Vaticano abre a porta a que transexuais e homossexuais possam ser padrinhos de batismo e testemunhas de casamento. Sobre outras questões polémicas que contradizem o Magistério e o próprio catecismo, o Vaticano deixa à livre interpretação “pastoral” a decisão adequada.

Perante este novo documento, interpretado por muitos como mais um documento que, longe de esclarecer dúvidas, semeia mais confusão e preocupação, o Cardeal Müller enviou à InfoVaticana uma carta para esclarecer alguns pontos, que aqui facultamos integralmente:

Esclarecimento das respostas da DDF às perguntas do Bispo Negri pelo Cardeal Gerhard Müller

A tarefa do Magistério Romano, quer seja do Papa diretamente ou através do Dicastério para a Doutrina da Fé, é preservar fielmente a verdade da revelação divina. Foi instituído por Cristo e atua no Espírito Santo para proteger os fiéis católicos de todas as heresias que põem em perigo a salvação e de toda a confusão em matéria de doutrina e de vida moral (cf. Vaticano II, Lumen Gentium 18,23).
As respostas do Dicastério a várias perguntas de um bispo brasileiro (3 de novembro de 2023) recordam, por um lado, verdades de fé bem conhecidas, mas, por outro, abrem também a porta ao mal-entendido de que há lugar para a coexistência do pecado e da graça na Igreja de Deus.

O batismo é a porta para uma nova vida em Cristo

O Filho de Deus, nosso Salvador e Cabeça da Igreja, que é o seu corpo, instituiu o sacramento do batismo para que todos os homens possam alcançar a vida eterna através da fé em Cristo e de uma vida a segui-Lo. O amor incondicional de Deus liberta o homem do domínio mortal do pecado, que o mergulha na desgraça e o separa de Deus, fonte de vida.

A vontade universal de Deus para a salvação (1Tm 2,4ss) não diz que basta professar com os nossos lábios Jesus como nosso Senhor para entrar no Reino de Deus, enquanto nos apoiamos na fraqueza humana para evitar o cumprimento da nossa promessa. Esta deve ser dispensada pela vontade santa e santificadora de Deus (cf. Mt 7,21-23).

A simples metáfora “a Igreja não é uma alfândega”, que pretende significar que o carácter de Cristo não pode ser medido burocraticamente pela letra da lei, tem os seus limites quando se trata da graça que nos leva a uma vida nova para além do pecado e que conduz à morte. O apóstolo Paulo diz que, antes de chegar à fé em Cristo, todos nós éramos “escravos do pecado”. Mas agora, através do batismo em nome de Cristo, o Filho de Deus, e da unção do Espírito Santo, “tornamo-nos obedientes de coração à doutrina a que fomos entregues”. Assim, não devemos pecar porque já não somos aqueles que não seguem a lei, uma vez que estamos sujeitos à graça, mas já não nos é permitido pecar porque estamos sujeitos à graça. “Não deixem portanto que o pecado domine o vosso corpo mortal, nem obedeçam aos seus desejos mais do que aos homens que passaram da morte para a vida” (Romanos 6,12s).

Na mais antiga ordem eclesiástica, escrita em Roma (cerca de 200 d.C.), são estabelecidos os critérios de admissão ou recusa (ou mesmo de simples adiamento) ao catecumenato e à receção do batismo e exigem a renúncia a todas as profissões duvidosas, associações ilícitas e comportamentos imorais que contradigam a vida de graça do batismo (Traditio Apostolica 15-16).

São Tomás de Aquino, louvavelmente citado nas respostas do Dicastério, dá uma resposta dupla e matizada à questão de saber se os pecadores podem ser batizados:

  1. Certamente aqueles pecadores que pecaram pessoalmente no passado e estavam sob o poder do “Pecado de Adão” (ou seja, o pecado original) podem ser batizados. Pois o batismo é instituído para o perdão dos pecados que Cristo adquiriu para nós pela Sua morte na cruz.
  2. No entanto, aqueles “que são pecadores, porque vêm ao batismo com a intenção de continuar a pecar”, resistindo assim à santa vontade de Deus, não podem ser batizados. Isto é verdade não só por causa da contradição interna entre a graça de Deus para connosco e o nosso pecado contra Deus, mas também por causa do falso testemunho externo que mina a credibilidade do anúncio da Igreja, pois os sacramentos são sinais da graça que transmitem (cf. Tomás de Aquino, Summa theologiae III q.III Quaestio 68, artigo 4).

Na armadilha da terminologia transumanista

É confuso e prejudicial o facto de o Magistério utilizar a terminologia de uma antropologia niilista e ateia e, desse modo, parecer dar ao seu falso conteúdo o estatuto de opinião teológica legítima na Igreja. “Não lestes”, diz Jesus aos fariseus, “que lhe querem armar uma cilada, que no princípio o Criador criou o homem e a mulher?” (Mateus 19,4).

Na verdade, não existem pessoas transexuais ou homófilas (homoafetivas ou homossexuais), nem na ordem da natureza da criatura, nem na graça da Nova Aliança em Cristo. Na lógica do Criador do homem e do mundo, dois sexos são suficientes para garantir a continuidade da existência da humanidade e para permitir que as crianças floresçam na comunidade familiar com o seu pai e a sua mãe.

“Pessoa”, como sabem todos os filósofos e teólogos, é o homem na sua individualidade espiritual e moral, que a relaciona diretamente com Deus, seu Criador e Redentor. No entanto, cada pessoa humana existe em natureza físico-espiritual e especificamente como homem ou mulher através do ato de criação em que Deus a fez (e na relação recíproca no casamento) na sua parábola da sua eterna bondade e amor trino. E tal como foi criado, Deus ressuscitará cada ser humano no seu corpo masculino ou feminino, sem se irritar com aqueles que mutilaram genitalmente outras pessoas (por muito dinheiro) ou que, confundidos por falsa propaganda, foram deliberadamente enganados quanto à sua identidade masculina ou feminina.

O transumanismo, em todas as suas variantes, é uma ficção diabólica e um pecado contra a dignidade pessoal dos seres humanos, mesmo que seja negligenciado sob a forma de transexualismo em termos de terminologia como “redesignação de género autodeterminada”. Para a doutrina e a prática, a Igreja Romana estipula claramente: “A prostituta, o fornicador, o mutilador e qualquer pessoa que faça qualquer coisa que não seja dita [1 Cor 6, 6-20] será rejeitada [do catecumenato e do batismo]” (Traditio Apostolica 16).

A “sã doutrina” (1Tm 4,3) é uma pastoral saudável

O motivo pastoral, que quer que os pecadores que violam o sexto e o nono mandamentos do Decálogo sejam tratados com a maior “doçura e compreensão” possível, só é louvável se o pastor não enganar o seu paciente sobre a gravidade da sua doença, como se fosse um mau médico, mas apenas se o bom pastor “se alegrar mais com o céu por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos que não precisam de se arrepender [devido a um falso autojulgamento]” (Lc 15,6). Também aqui é necessário fazer uma distinção fundamental entre o sacramento (único) do batismo, que apaga todos os pecados anteriores e nos confere o carácter permanente de sermos incorporados no corpo de Cristo, e o sacramento (repetível) da penitência, através do qual são perdoados os pecados que cometemos depois do batismo.

De acordo com a preocupação da Igreja com a salvação, é sempre justo que possa e deva ser baptizada uma criança cuja educação católica possa ser garantida pelos seus responsáveis, sobretudo através de uma vida exemplar.

No entanto, a Igreja não pode deixar dúvidas sobre o direito natural da criança a crescer com os seus próprios pais biológicos ou, em caso de emergência, com os seus pais adoptivos, que moral e legitimamente tomam o seu lugar. Qualquer forma de barriga de aluguer ou de produção de uma criança num laboratório (como uma coisa) para satisfazer desejos egoístas é, de uma perspetiva católica, uma grave violação da dignidade pessoal de um ser humano a quem Deus ordena à existência física e espiritual através da sua própria mãe e do seu próprio pai para chamar à existência um filho de Deus na vida eterna.

Porque é que Deus só constrói a Igreja através da fé correta

No âmbito do sínodo sobre a sinodalidade, foi frequentemente utilizada a formulação bíblica: “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às congregações” (Ap 2,11). No último livro da Sagrada Escritura, trata-se da “fidelidade à palavra de Deus e ao testemunho de Jesus Cristo” (Ap 1,2). O autor da Traditio Apostolica dos Apóstolos Pedro e Paulo está convencido de que “a edificação da Igreja se faz pela aceitação da fé correta”.

Conclui a sua obra com as palavras que merecem ser consideradas: “Porque, se todos ouvirem a tradição apostólica, a seguirem e a observarem, nenhum herege ou qualquer outra pessoa poderá desviar-nos do caminho. Com efeito, as muitas heresias surgiram porque os governantes [bispos] não quiseram que lhes fosse ensinado o ensinamento dos apóstolos, mas agiram segundo o seu próprio critério e não como convinha. Se nos esquecemos de alguma coisa, amados, Deus revelá-la-á àqueles que forem dignos. De facto, ele guia a Igreja para chegar ao refúgio do seu repouso” (Traditio Apostolica 43).

Fonte: infovaticana.com em 9 de novembro de 2023 (tradução nossa).

Mais informação em:

Dicastério para a Doutrina da Fé responde aos dubia sobre transgéneros

Por Luke Coppen

O gabinete do Vaticano responsável pela doutrina respondeu às perguntas de um bispo sobre o papel das pessoas que se identificam como LGBT nos batismos e casamentos católicos.

Cardeal D. Víctor Manuel Fernández, prefeito do Dicastério para a Doutrina da Fé; fotografia de 30 de setembro de 2023. Crédito: Mazur/cbcew.org.uk.

O Dicastério para a Doutrina da Fé (DDF) publicou, a 8 de novembro, um documento de três páginas em italiano para responder a seis questões controversas.

O texto está assinado pelo Papa Francisco numa audiência do dia 31 de outubro, bem como pelo novo prefeito do DDF, o cardeal D. Víctor Manuel Fernández.

O DDF referiu ter recebido uma carta, datada de 14 de julho, do Bispo D. José Negri, do Brasil, com perguntas “sobre a possível participação nos sacramentos do batismo e do matrimónio por pessoas transexuais e homoafetivas”. 

O Dicastério não apresentou uma definição para a expressão “pessoas homoafetivas”, parecendo usá-la para se referir a alguém que estabelece relacionamentos com pessoas do mesmo sexo.

O gabinete responsável pela doutrina afirmou que emitiu as suas respostas após o seu estudo e que, essencialmente, reafirmava posições que tinha expressado anteriormente, incluindo numa “nota confidencial” de 2018 em que abordava “algumas questões canónicas inerentes ao transexualismo”.

O DDF resumiu as perguntas do bispo da seguinte forma:

  1. Uma pessoa transsexual pode ser batizada?
  2. Uma pessoa transsexual pode ser padrinho ou madrinha no batismo? 
  3. Uma pessoa transsexual pode ser testemunha em um casamento?
  4. Duas pessoas “homoafetivas” podem ser admitidas como pais de uma criança que deve ser batizada e que foi adotada ou obtida por outros métodos, como a barriga de aluguer?
  5. Uma pessoa “homoafetiva” e coabitante pode ser padrinho de uma pessoa batizada?
  6. Uma pessoa “homoafetiva” e coabitante pode ser testemunha de um casamento?

A resposta mais longa foi para a primeira pergunta. 

O DDF afirmou que uma pessoa transexual que foi submetida a uma cirurgia pode receber o sacramento do batismo “nas mesmas condições que outros fiéis, se não houver situações em que haja risco de gerar escândalo público ou desorientação entre os fiéis”.

O documento acrescentou uma série detalhada de considerações destinadas a abordar os casos em que “há dúvidas sobre a situação moral objetiva em que uma pessoa se encontra, ou sobre sua disposição subjetiva para a graça”.

Acrescentou que crianças ou adolescentes com “problemas de natureza transgénera” também poderiam receber o batismo, se estiverem bem preparados e dispostos a ser batizados.

O próprio direito canónico não estabelece critérios específicos relativamente aos pais das crianças apresentadas para o batismo, estipulando apenas que o ministro do batismo deve ter uma “esperança fundada” de que uma criança batizada será criada como católica.

Respondendo à segunda pergunta, o DDF disse que adultos transexuais submetidos a cirurgia poderiam servir como padrinhos ou madrinhas “sob certas condições”.

“No entanto, como esta função não constitui um direito, a prudência pastoral exige que não seja permitida se houver risco de escândalo, legitimação indevida ou desorientação na esfera educativa da comunidade eclesial”, afirmou.

Por sua vez, o direito canónico estabelece que o padrinho de batismo deve ser um católico confirmado, que “leve uma vida consentânea com a fé e o múnus que vai desempenhar”.

Sobre a terceira questão, o gabinete de doutrina do Vaticano disse que não há proibição no direito canónico em relação a uma pessoa transgênero atuar como testemunha num casamento católico.

Passando à quarta questão, o DDF enfatizou que deve haver uma esperança bem fundamentada de que uma criança apresentada ao baptismo seja educada na fé católica.

A resposta não abordou especificamente as questões que pareciam ser colocadas, nomeadamente, se ambas as pessoas numa união homossexual deveriam ser consideradas como “pais”, ao avaliar as permissões necessárias para o batismo de uma criança e ao registar o baptismo nos registos paroquiais. — ambas as questões frequentemente discutidas entre os canonistas.

Em relação à quinta questão, o Dicastério observou que o direito canónico exige que os padrinhos batismais possuam aptidão para a função e levem “uma vida de fé de acordo com a função a ser desempenhada”.

Acrescentou que “quando a coabitação de duas pessoas homoafetivas consistir não em simples coabitação, mas em relação estável e declarada more uxorio [união sexual análoga à união estável], bem conhecida da comunidade”, a situação seria “diferente”. ”— manifestamente não é um indício de uma vida “de acordo com a função a ser assumida”.

“Em qualquer caso, a devida prudência pastoral exige que cada situação seja considerada com sabedoria, para salvaguardar o sacramento do batismo e sobretudo a sua receção, que é um bem precioso a ser protegido, pois é necessário para a salvação”, afirmou.

Prosseguiu: “Ao mesmo tempo, é necessário considerar o valor real que a comunidade eclesial atribui aos deveres dos padrinhos e madrinhas, ao papel que desempenham na comunidade e à consideração que demonstram pelo ensinamento da Igreja”. 

“Finalmente, deve levar-se em conta também a possibilidade de que possa haver outra pessoa do círculo familiar para atuar como garante da correta transmissão da fé católica ao batizado, sabendo-se que se pode ainda assistir ao rito do batismo de uma pessoa não apenas como padrinho ou madrinha, mas também como testemunhas do ato batismal”.

Abordando a sexta e última questão, o DDF disse: “Não há nada na atual legislação canónica universal que proíba uma pessoa homoafetiva e coabitante de ser testemunha de um casamento”.

Fernández, que foi nomeado chefe doutrinário do Vaticano em julho e assumiu o cargo em setembro, prometeu trazer uma abordagem diferente para a função. 

Numa entrevista ao jornal argentino Clarín, manifestou reservas a respeito de um documento de 2021 do DDF que afirmava que a Igreja não tem o poder para abençoar as uniões homossexuais. Referiu que muitas pessoas comentavam que isso “não cheira a Francisco”.

D. Negri é bispo de Santo Amaro, São Paulo. O bispo milanês, de 64 anos , é membro do Pontifício Instituto para as Missões Estrangeiras (PIME) e trabalha há décadas no Brasil.

Fonte: pillarcatholic.com, em 8 de novembro de 2023 (tradução nossa).

Bispo alemão pede aos padres que ‘abençoem’ as uniões homossexuais, citando o Papa Francisco e o Caminho Sinodal

O bispo D. Karl-Heinz Wiesemann, de Speyer, encorajou os padres a realizarem ‘bênçãos’ para relacionamentos homossexuais e outros relacionamentos pecaminosos, dizendo ainda que ninguém ‘deve temer sanções’ por fazê-lo na sua diocese.

Bispo D. Karl-Heinz.

Por Louis Knuffke

SPEYER, Alemanha (LifeSiteNews) – O Bispo D. Karl-Heinz Wiesemann, da Diocese de Speyer, Alemanha, apelou aos padres da sua diocese para realizarem “cerimónias de bênção” para uniões homossexuais, bem como para relações adúlteras e pecaminosas fora do casamento.

Numa carta de 2 de novembro ao clero e ao pessoal da sua diocese, o bispo invocou o Caminho Sinodal Alemão, que votou 93% a favor das “bênçãos” para homossexuais, assim como outras práticas heterodoxas. Wiesemann também invocou a declaração do Papa Francisco: “Quem sou eu para julgar?” e sugeriu que tais “bênçãos” deveriam ser adotadas pela Igreja em geral através do Sínodo sobre a Sinodalidade.

Alegando a urgência da “bênção” das uniões homossexuais, Wiesemann escreveu: “Tanto no que diz respeito aos crentes cujos casamentos foram desfeitos e que se casaram novamente, e especialmente no que diz respeito às pessoas orientadas para o mesmo sexo, é urgentemente tempo, especialmente no contexto de uma longa história de feridas profundas, demnencontrar uma atitude pastoral diferente inspirada no Evangelho, como muitos de vocês praticam há muito tempo”.   

O bispo apelou a uma reviravolta no ensino católico sobre a homossexualidade, declarando: “ É por isso que defendi uma reavaliação da homossexualidade no ensinamento da Igreja e também a possibilidade de bênçãos para casais homossexuais. Eu mantenho isso. Espero que esta questão premente do nosso tempo possa também ter um bom desenvolvimento no caminho do Sínodo Mundial.” 

Discutindo sobre pessoas em relacionamentos homossexuais que buscam “bênçãos”, Wiesemann pediu aos pastores da sua diocese “que trabalhassem com eles para encontrar maneiras que sejam adequadas para eles, para que possam experimentar a bênção de Deus na sua jornada compartilhada pela vida”.

A política que endossa “bênçãos” para pessoas do mesmo sexo foi anunciada na página web da diocese, onde o bispo alega que foi inspirada pela “sua própria longa experiência pastoral” para oferecer “cuidado pastoral para casais que não podem ou não querem receber o sacramento do casamento por várias razões.”

O bispo afirmou que “ ninguém que realiza tais celebrações de bênçãos deve temer sanções ” e que, ao conceder tais “bênçãos”, “ damos a estes fiéis um sinal claro da proximidade de Deus na comunidade da Igreja.”

Sem abordar a pecaminosidade de toda atividade sexual fora do casamento, Wiesemann disse que “respeitaria” quando os pastores “não conseguem conciliar uma bênção com a sua consciência e compreensão da fé”, mas também os instruiu a “encaminhar os casais que pedem uma bênção” para a diocese.

Embora a diocese tenha instruído que “a bênção deve diferir em palavra e sinal de um casamento na igreja, uma vez que não é a celebração de um sacramento”, afirmou, no entanto, que se pretende “fortalecer expressamente como um ato de bênção o que existe na relação do casal em termos de amor, compromisso e responsabilidade mútua”, em contradição explícita com o ensinamento católico.

O bispo anunciou que estava a criar um “gabinete de mediação” especial na diocese para lidar com pedidos de “bênçãos” fora do casamento, através do qual os “casais” seriam encaminhados aos párocos da sua região. 

A carta do Bispo Wiesemann à sua equipa pastoral pode ser vista aqui . 

Em 2021, a Congregação para a Doutrina da Fé condenou as “bênçãos” das uniões homossexuais e declarou que “não é lícito conceder uma bênção” em relacionamentos que incluam atividade sexual fora de um casamento válido.

“Pelas razões acima mencionadas, a Igreja não tem, e não pode ter, o poder de abençoar uniões de pessoas do mesmo sexo”, afirmava o texto, acrescentando que Deus “não abençoa e não pode abençoar o pecado”.

A Igreja Católica ensina que toda atividade sexual fora do casamento é gravemente pecaminosa e que a homossexualidade é “desordenada” e um “mal moral intrínseco”, de acordo com a Sagrada Escritura e a Tradição constante da Igreja.

Fonte: lifesitenews.com, em 3 de novembro de 2023 (tradução nossa).

Francisco volta a demonstrar o seu apoio à nova pastoral do homossexualismo católico

Num momento histórico em que se travam guerras sangrentas cujas dimensões religiosas e proféticas são assustadoras, um grupo de convidados, em Roma, dialoga acerca do diálogo… Simultaneamente, o Sumo Pontífice da Santa Igreja Católica Apostólica Romana continua determinado na sua política perversa de apoio à nova pastoral gay.

Desta vez, o reconhecimento papal dirigiu-se a Stan “JR” Zerkowski, um ativista LGBT, responsável pelo departamento gay da Igreja de São Paulo, na cidade de Lexington, nos EUA. Nessa paróquia do Estado de Kentucky, o acompanhamento pastoral dos fiéis homossexuais está a cargo de uma organização chamada Fortunate Families, que os confirma nos diversos estilos de vida homossexual.

Ícone sacrílego da “Mãe do Orgulho [Gay]”, patente na página oficial da Igreja de São Paulo, em Lexington, Kentucky, EUA.

Foi precisamente no dia 13 de outubro, no aniversário do Milagre do Sol e da última aparição de Nossa Senhora de Fátima, que o Santo Padre terá enviado a Stan “JR” Zerkowski uma breve carta manuscrita de agradecimento pelo seu “ministério” homopastoral.

Carta manuscrita do Papa Francisco ao ativista LGBT Stan “JR” Zerkowski. Fonte: facebook.com/FortunateFamilies em 14/10/2023.

Tradução:

Querido irmão, muito obrigado pelo teu email. Obrigado pelo teu ministério. Eu rezo por ti, por favor, continua a fazer isso por mim. Que o Senhor te abençoe e Nossa Senhora cuide de ti.

Papa Francisco, a 13 de outubro de 2023. Fonte: facebook.com/FortunateFamilies em 14/10/2023 (tradução e sublinhado nossos).

Como seria de esperar, Zerkowski publicou de imediato o documento papal nas redes sociais, de onde viria a disseminar-se rapidamente por diversos meios de comunicação, como tem sido habitual.

De acordo com a sua interpretação, as encorajadoras palavras do Papa Francisco não tinham um destinatário individual, uma vez que surgiram em resposta a uma carta sua, remetida por email ao Santo Padre três dias antes, onde lhe agradecera por “ter aberto a porta ao ministério LGBTQ+” na Igreja Católica e onde lhe descrevera o trabalho pastoral da sua organização nos EUA.

Aqui ficam alguns exemplos do ultrajante material catequético publicado pela organização Fortunate Families nas redes sociais:

A Igreja de Cristo está mesmo infestada por uma quantidade incrível de demónios… Quase todos os dias vemos novas perversidades inimagináveis que se torna difícil acompanhar e digerir tanta aberração. Será que a cegueira generalizada é também uma perturbação demoníaca? Deus nos ajude!

Delegação homossexual calorosamente recebida em Roma, na Casa de Santa Marta

Foi no passado dia 17 de outubro que o Santo Padre abriu as portas da Casa de Santa Marta à Ir. Jeannine Gramick, a freira ativista LGBT, cofundadora do New Ways Minister, uma espécie de prelatura gay não oficial destinada a católicos com vocação homossexual, obviamente condenada pelos papas anteriores. A freira apóstata fez-se acompanhar de um grupo de três altos representantes da organização homossexualista por ela fundada nos EUA, nomeadamente, Matthew Myers, Francis DeBernardo e Robert Shine.

Papa Francisco com a Irmã Jeannine Gramick, juntamente com os membros da delegação do New Ways Ministry, em frente do ícone da Virgen Desatanudos. Fonte: newwaysministry.org (17/10/2023).

De acordo com a notícia publicada na página da New Ways Minister, a Ir. Jeannine Gramick agradeceu ao Santo Padre a sua abertura à benção de uniões homossexuais e o seu apoio à descriminalização universal das práticas homossexuais.

Santo Padre confirma os irmãos transexuais no transexualismo

Ao mesmo tempo que declamava nos palcos aqueles chavões ideológicos genéricos que marcaram a JMJ Lisboa 2023, em âmbitos mais restritos, mas não menos públicos, Francisco concretizava subtilmente algumas das suas frases mais ambíguas. Foi o que aconteceu na entrevista à publicação espanhola Vida Nuova, publicada no passado dia 4 de agosto, a escassas semanas do tenebroso Sínodo de Outubro, cujo tema oficial é a sinodalidade – e o não oficial é a homossexualidade – na Igreja Católica.

Tudo bem articulado no quadro de uma forte campanha de propaganda iniciada ao mesmo tempo que o chamado processo sinodal atualmente em curso.

Missa LGBT em Lisboa interrompida por um pequeno grupo de jovens católicos

Aproveitando a presença do Papa Francisco em Portugal, principal mentor desta nova ideologia moral alternativa ao ensinamento católico sobre a homossexualidade, foi celebrada, na Igreja de Nossa Senhora da Encarnação da Ameixoeira, em Lisboa, uma Eucaristia LGBT. A cerimónia, inicialmente programada para o Convento de São Domingos, terá sido organizada pelo “centro arco-íris”, uma espécie de estaleiro LGBT não oficial para a JMJ Lisboa 2023.

Tudo pareceu muito fácil de arranjar no território pastoral do Patriarcado de Lisboa, adaptado à modernidade (ou ao modernismo), até se conseguiram dois sacerdotes para a celebração, um dos quais com paramentação gay, adequada à ocasião. O único obstáculo talvez tenha sido apenas uma dúzia de jovens católicos tradicionais, que interromperam momentaneamente a celebração com um coroajoso “ato de reparação” pelos sacrilégios que ali seriam cometidos. De acordo com a imprensa, foram rapidamente desmobilizados e identificados pelas autoridades judiciais, incorrendo agora na contraordenação por “impedimento, perturbação ou ultraje a ato de culto”, o que é bastante paradoxal.

Isto aconteceu na tarde de 3 de agosto, no dia do “Acolhimento” da JMJ, quase em sincronia com o poderoso discurso do Papa Francisco no Parque Eduardo VII, em que declarou que “todos têm lugar na Igreja”, aliás, “todos, todos, todos”. De acordo com a convicção ideológica do Santo Padre, todos são chamados a fazer parte Igreja como são, sem necessidade de conversão ou de adequação das suas vidas à doutrina moral da Igreja Católica.

Os milhares de peregrinos ali presentes aplaudiram e, incitados, repetiram histericamente o slogan ideológico criado pelo Santo Padre.

JMJ: Ativista LGBT James Martin Sj prega na Igreja de São Roque

Fonte: Facebook/Fr. James Martin, SJ (02/08/2023)

O evento inseriu-se no programa da Companhia de Jesus para a JMJ 2023, denominando-se “Today’s FAQs about faith”, ou seja, “Perguntas frequentes de hoje sobre fé”.

Agradeço aos organizadores da Jornada Mundial da Juventude #JMJ2023 por me convidarem para falar aos jovens sobre “FAQs sobre a Fé”, como parte do Largo da Misericórdia dos Jesuítas, na Igreja de São Roque. Desculpas a quem não coube na igreja! A minha palestra foi publicada pela @America como “Deus existe? E outras perguntas frequentes sobre fé e religião”.

Pe. James Martin, SJ, em 02 de agosto de 2023 (tradução nossa).
Fonte: Twitter/Fr. James Martin, SJ (02/08/2023)

A Igreja de São Roque, em Lisboa, sobreviveu ao terramoto de 1755, mas não conseguiu resistir à apostasia que atualmente afeta a Igreja Católica até ao topo. Valha-nos Deus!