Papa Francisco chama hipócritas aos que contestam as novas bênçãos ‘gay’ mas não se preocupam com o proletariado

Numa recente entrevista à revista católica italiana Credere, na edição de 8 de fevereiro, o Papa Francisco chamou hipócritas aos fiéis que criticam as novas bênçãos gay na Igreja. De acordo com o Santo Padre, esses católicos deviam valorizar esta inovação pastoral que visa o “acolhimento” homossexual e preocupar-se antes com as questões laborais entre o proletariado e o patronato.

“Os pecados mais graves são aqueles que se disfarçam com uma aparência mais ‘angelical’. Ninguém se escandaliza se eu der uma bênção a um empresário que talvez explore as pessoas: e isso é um pecado muito grave. Mas escandalizam-se se eu der a bênção a um homossexual…. Isso é uma hipocrisia! Todos devemos respeitar-nos uns aos outros. Todos! O cerne do documento é o acolhimento”.

Papa Francisco, fevereiro de 2024; in vaticannews.va, 07/02/2024 (tradução nossa).

Na verdade, o Santo Padre está a acusar de hipocrisia um grupo crescente de fiéis católicos que já conta com praticamente duas dezenas de conferências episcopais, dezenas de bispos, centenas de sacerdotes e um número incontável de leigos que ainda acreditam na Verdade Cristã. Quem acredita na doutrina católica só pode rejeitar completamente estas bênçãos sacrílegas que o Papa Francisco aprovou juntamente com o pornógrafo D. Víctor Fernández, através da herética declaração Fiducia Supplicans do Dicastério da Fé.

A própria Nossa Senhora de Fátima acaba por ser atingida por estas acusações papais, uma vez que nunca se referiu às preocupações do proletariado, pelo contrário, condenou os erros da Rússia, e advertiu que os pecados da carne são os que conduzem mais almas ao Inferno.

Arcebispo Viganò: o 3.º Segredo continua por publicar.

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Imagem que marca a Quaresma de 2020, no 7º ano do sinistro pontificado de Francisco. O Papa destacado e iluminado, acima de uma imagem ténue e sombria de Nosso Senhor Jesus Cristo crucificado. Fonte: Vatican News, 10/04/2020.

Numa entrevista publicada, no passado dia 21 de abril, no blogue Dies Irae, a qual merece ser lida na íntegra, o arcebispo D. Carlo Maria Viganò afirma que o 3º Segredo de Fátima continua até hoje por publicar. O ex-núncio apostólico nos EUA lembra que aqueles que tiveram a oportunidade de ler o manuscrito da Ir. Lúcia disseram que o segredo de Nossa Senhora referia-se à futura apostasia na Igreja.

“A terceira parte da mensagem que Nossa Senhora confiou aos pastorinhos de Fátima, para que eles a entregassem ao Santo Padre, permanece em segredo até hoje. Nossa Senhora pediu para ser revelada em 1960, mas João XXIII publicou, a 8 de Fevereiro daquele ano, um comunicado em que afirmava que a Igreja «não quer assumir a responsabilidade de garantir a veracidade das palavras que os três pastorinhos dizem que a Virgem Maria lhes dirigiu». Com este afastamento da mensagem da Rainha do Céu, deu-se início a uma operação de encobrimento, evidentemente porque o conteúdo da mensagem revelaria a terrível conspiração dos seus inimigos contra a Igreja de Cristo. Até há algumas décadas, pareceria inacreditável que pudéssemos ter chegado ao ponto de amordaçar também a Virgem Maria, mas nestes últimos anos temos também assistido a tentativas de censurar o próprio Evangelho, que é a Palavra do Seu divino Filho.

Em 2000, durante o Pontificado de João Paulo II, o Secretário de Estado, Cardeal Sodano, apresentou como Terceiro Segredo uma versão sua que, em relação a alguns elementos, apareceu claramente incompleta. Não admira que o novo Secretário de Estado, Cardeal Bertone, tenha procurado desviar a atenção sobre um evento do passado, a fim de fazer crer ao povo de Deus que as palavras da Virgem não tivessem nada que ver com a crise da Igreja e com o conluio entre modernistas e maçonaria realizado nos bastidores do Vaticano II. Antonio Socci, que investigou exaustivamente sobre o Terceiro Segredo, desmascarou este comportamento malicioso da parte do Cardeal Bertone. Por outro lado, foi o próprio Bertone a desacreditar fortemente e a censurar Nossa Senhora das Lágrimas de Civitavecchia, cuja mensagem concorda perfeitamente com o que Ela disse em Fátima.”

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“Quem leu o Terceiro Segredo disse claramente que o seu conteúdo diz respeito à apostasia da Igreja, iniciada precisamente no princípio dos anos sessenta e que, hoje, chegou a uma fase tão evidente que pode ser reconhecida por observadores seculares. Esta insistência quase obsessiva sobre questões que a Igreja condenou sempre, como o relativismo e a indiferença religiosa, um falso ecumenismo, o ecologismo malthusiano, a homoeresia e o imigracionismo, encontrou na Declaração de Abu Dhabi o cumprimento de um plano concebido pelas seitas secretas desde há mais de dois séculos.”

O texto do Segredo de Fátima devia ter sido conhecido “por ordem expressa de Nossa Senhora”, em 1960, no início da década em que, à boleia de interpretações erráticas do Concílio Vaticano II, uma grande parte da hierarquia católica iniciou um caminho de afastamento da Verdade Cristã. Essa deriva herética atingiu o seu apogeu no pontificado de Francisco, um papa que, não obstante o seu epíteto de “o humilde”, não aceita a Verdade Cristã conforme a recebeu, querendo, a todo o custo, aperfeiçoá-la de acordo com os seus gostos e inclinações pessoais.

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Momento em que o cardeal D. Tarcisio Bertone mostra um dos dois envelopes do 3º Segredo de Fátima, no programa “Porta a Porta” do canal italiano de televisão Rai Uno, em 2010.

D. Carlo Maria Viganò, cujo paradeiro, por razões de segurança pessoal, continua desconhecido, desde que denunciou o Vaticano pelo encobrimento dos abusos homossexuais do ex-cardeal Theodore Edgar McCarrick, faz, nesta entrevista, um forte apelo dirigido ao povo português:

“Sois um povo com uma grande responsabilidade.”

Na verdade, as únicas palavras de Nossa Senhora no 3º Segredo até agora publicadas referem-se especificamente a Portugal. Não as ignoremos…

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Basto 04/2020

James Martin SJ: O Papa Franciso nomeia bispos e cardeais pró-gay para mudar a Igreja Católica

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Acabaram-se as ambiguidades, os misericordistas próximos do Santo Padre falam agora de forma aberta e desinibida das estratégias políticas de Francisco para mudar a Igreja de Cristo.

Durante o seu discurso no encontro Ignatian Family Teach-in for Justice 2018, no início deste mês de novembro, em Washington DC, o Pe. James Martin SJ, editor-geral da revista America, disse aos estudantes que, com o Papa Francisco, “as coisas estão a mudar” na Igreja Católica no que concerne à homossexualidade. O sacerdote, consultor do Vaticano e famoso propagandista do lobby LGBT, mostrou como o Santo Padre se tem empenhado fortemente na nomeação de bispos homossexualistas na Igreja Católica.

Mas basta olhar para o que tem acontecido nos últimos cinco anos, desde que o Papa Francisco foi eleito. Antes de tudo, os comentários do Papa Francisco sobre as pessoas LGBT, como “quem sou eu para julgar”. As suas cinco palavras mais famosas foram em resposta a perguntas sobre as pessoas gay, não é verdade?

Ele é o primeiro Papa a empregar a palavra “gay”, digamos, numa frase. Ele tem amigos gay. Ele tem dito que quer que os gay se sintam bem-vindos na Igreja. Isto é um grande avanço.

Ele também nomeou bispos, arcebispos e cardeais pró-gay, como o Cardeal Tobin, arcebispo de Newark que, por exemplo, realizou uma missa de boas-vindas para pessoas LGBT na sua catedral. Precisamente no verão passado, ele celebrou uma missa de boas-vindas para todas as pessoas LGBT na sua arquidiocese.

Portanto isto é uma direção, o que o Papa Francisco diz e faz, não é? O que ele diz sobre as pessoas LGBT e o que ele faz em termos de quem nomeia.

(Pe. James Martin SJ, America – The Jesuit Review, 03/11/2018 – tradução livre)

Já para não falar de si próprio e das razões pelas quais terá sido nomeado pelo Papa como Consultor do Dicastério para as Comunicações e do convite para fazer a sua propaganda LGBT no Encontro Mundial de Famílias 2018.

As palavras do ativista gay da Companhia de Jesus são importantes na medida em que corroboram as acusações referidas no “Testemunho” de D. Carlo Maria Viganò, as quais pressupõem a existência de um lobby homossexualista na Igreja com influência até na nomeação de bispos.

Basto 11/2018

Vaticano alia-se à celebração do “triunfo” de divindades hindus “sobre o mal”

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In Vatican News, 31/10/2018 – tradução livre.

Com o mesmo carisma ecumaníaco da peregrinação de Ceuta, agora, por ocasião da celebração de mais um Deepavali, o Vaticano une-se espiritualmente à alegria dos irmãos hindus pelo triunfo do deus Rama sobre o demónio Ravana.

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In Boletim da Sala de Imprensa da Santa Sé, 31/10/2018 – tradução livre.

Como muitos católicos dirão, o Deepavali é um dos “muitos modos” de celebrar o “triunfo do bem sobre o mal”.

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“[…] procuram Deus ou encontram Deus de muitos modos.”, Papa Francisco in vídeo [sacrílego] de 2016.
 

A lenda diz que Rama era casado com a bela deusa Sita, mas Ravana queria-a para si. Como ela não aceitou recasar-se com Ravana, este resolveu raptá-la na noite mais escura do ano. Rama porém, seu legítimo esposo, acompanhado do seu divino irmão Lakshman, e ajudados por Hanuman, o deus macaco, enfrentaram Ravana, derrotaram-no e recuperaram Sita.

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Os protagonistas do “triunfo do bem sobre o mal”. Da esquerda para a direita: o deus Lakshman, a deusa Sita, o deus Rama e o deus Hanuman (também conhecido como o Rei dos Macacos ou ainda o Deus Macaco).

Depois de matar Ravana e de recuperar sua esposa, Rama e os restantes heróis viram o caminho de regresso iluminado pelas lamparinas das pessoas que ficaram cheias de alegria por este “triunfo do bem contra o mal”.

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Ravana, o rei demónio, personificação do mal, aquele que roubou a esposa de Rama e por isso foi destruído.

Mais preocupados com “bem-estar de todos” neste mundo do que com a necessidade de atrair almas para Reino de Deus, os senhores do Vaticano apresentam a nossa fé no Filho de Deus Vivo como uma mera tradição espiritual ou religiosa, equivalente a tantas outras ou à simples boa vontade.

Como crentes alicerçados nas nossas próprias tradições espirituais, e como indivíduos com preocupações compartilhadas pelo bem-estar de todos, podemos dar as mãos aos seguidores de outras tradições religiosas e a todas as pessoas de boa vontade, e fazer esforços coletivos e concertados para assegurar um presente feliz e um futuro promissor para os nossos irmãos e irmãs vulneráveis!

Desejamos a todos vocês um feliz Deepavali!

(Excerto da mensagem enviada pelo Vaticano aos hindus; in Boletim da Sala de Imprensa da Santa Sé, 31/10/2018 – tradução livre)

Mas como podem os apóstolos de Cristo convencer, deste modo, os outros de que ainda vale a pena crer?

 

Basto 11/2018

Propaganda gay disfarçada de doutrina cristã continua com o apoio da hierarquia católica

james.martin.lgbtO Pe. James Martin SJ continua obstinado nas suas ações de propaganda homossexualista através dos média e das redes sociais, num esforço incansável para enviar o maior número possível de almas para o Inferno. Fá-lo de forma pública e aberta, à vista de todos.

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In Twitter do Pe. James Martin SJ, 20/03/2018.

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Revista jesuíta America, 23/08/2018.

A aprovação papal das suas taras homopastorais é evidente, indo muito para além de um mero “quem sou eu para julgar”. O ativista gay da Companhia de Jesus nunca é repreendido por apoiar, em nome da Igreja, as práticas sexuais entre homens e entre mulheres. Pelo contrário, foi nomeado pelo Papa Francisco para o departamento de comunicações do Vaticano e convidado a proclamar a sua ideologia anti-cristã no Encontro Mundial das Famílias 2018, em Dublin.

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Ativista LGBT James Martin SJ no Encontro Mundial de Famílias 2018, em Dublin, a convite do Vaticano, numa forte ação de propaganda para angariar novos adeptos e simpatizantes da ideologia gay no universo católico e promover a aceitação da militância LGBT na Igreja de Cristo.

Tudo isto acontece à vista de todos: fiéis, padres, bispos e cardeais. Alguns veem, gostam e até elogiam, outros veem, fazem de conta que não veem e calam-se de forma tácita, indiferente ou cobarde. O silêncio é, assim, o grande cúmplice desta nova e aberrante deriva homopastoral da Igreja Católica.

Basto 11/2018

XV Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos termina com ambiente de discoteca

O chamado Sínodo dos Jovens terminou com um baile sinodal onde os “jovens ungidos com o dom da profecia e da visão” dançaram com os Padres Sinodais num ambiente espiritual que não se deixou, de modo algum, “sufocar e esmagar” por qualquer anúncio conhecido de “calamidades e desgraças”.

Queremos afirmar que compartilhamos o teu sonho: uma Igreja desinibida, aberta a todos, especialmente aos mais fracos, uma igreja hospital de campanha.

(Excerto da mensagem lida pelos jovens ao Papa Francisco durante o baile sinodal no encerramento da XV Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, in Vatican News, 27/10/2018 – tradução livre)

Um dos momentos altos da cerimónia aconteceu quando o cardeal D. Lorenzo Baldisseri, o apresentador oficial da Alegria do Amor, a exortação papal que aceita o divórcio e o recasamento, subiu ao palco para interpretar no piano o tema principal do filme “História de Amor” (1970).

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À esquerda, D. Lorenzo Baldisseri junto ao cardeal pró-gay D. Christoph Schönborn na apresentação oficial da exortação apostólica Amoris Laetitia em 08 de abril de 2018. À direita, em cima, o cartaz do filme Love Story (1970) e, em baixo, a capa do disco do tema escolhido por Baldisseri para o encerramento do Sínodo dos Jovens.

A música é de Andy Williams, chama-se Where do I begin?(em português, “Por onde começo?”) e faz parte do álbum “Hold Me Close”.

Basto 10/2018

D. António Marto recebe alto cargo na Cúria Romana

A Alegria do Amor tem proporcionado bastante alegria na carreira eclesiástica do prelado transmontano, um homem moderno de mente aberta e liberta dos velhos preconceitos católicos e fatimistas relativos ao divórcio e ao recasamento civil. Poucas semanas após ter sido criado de cardeal, D. António Marto é agora nomeado pelo mesmo Papa para o Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, vendo assim reconhecido o mérito da sua forte adesão às novas e revolucionárias doutrinas de Francisco sobre a família e o matrimónio.

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In Boletim da Sala de Imprensa da Santa Sé, 06/10/2018.

Depois de se ter empenhado afincadamente para ver implementada a prática de Amoris Laetitia em Portugal, o bispo de Leiria-Fátima irá agora exercer funções no departamento do Vaticano responsável pelas questões relacionadas com a família e, desse modo, ajudar a implementar essa prática sacrílega no resto do mundo católico.

O bispo português será um colaborador próximo do arcebispo pró-gay de Dallas (EUA), D. Kevin Farrell, também ele criado cardeal por Francisco e nomeado prefeito do mesmo dicastério.

In Agência Ecclesia, 12/04/2016.

Logo veremos se o bispo de Leiria-Fátima conseguirá convencer os mais céticos acerca da “genialidade” da nova solução pastoral do Papa Francisco para os casos de adultério continuado e persistente. No fundo, é como ensinar a fazer omeletes sem ovos…

Basto 10/2018

Cardeal Omella acredita que Francisco nos propõe “novos tipos de famílias”

O cardeal D. Juan José Omella, arcebispo de Barcelona, que anteriormente terá ficado escandalizado com a atitude de defesa do matrimónio e da família tradicional tomada pelos quatro cardeais dos dubia, exorta-nos agora a mostrar abertura perante o caminho dos “novos tipos de família” sugerido pelo Santo Padre.

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A sua declaração surgiu durante a conferência de imprensa realizada no Vaticano, na passada sexta-feira 12 de outubro, no âmbito do chamado Sínodo dos Jovens.

“Como pessoas maduras, não devemos ter medo de embarcar nesse novo caminho que o Papa nos indica. É um caminho que nos leva a novos tipos de famílias, novas relações familiares, e não devemos ter medo de nos abrir a isso.”

(D. Juan José Omella; in Catholic Sat, 13/10/2018 – tradução livre)

Esta posição vai ao encontro da manifestada pelo cardeal de Chicago, D. Blase Cupich, que deseja ver o reconhecimento de “outras formas de família” para além da única estabelecida por Deus.

Basto 10/2018

Correção Formal ao Papa Francisco: 12 factos que é preciso conhecer

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Por Dorothy Cummings McLean

ROMA, Itália, 18 de agosto, 2017 (LifeSiteNews) – Em entrevista ao The Wanderer, no dia 14 de agosto, o cardeal Leo Burke afirmou ser “necessária” uma “correção” formal de alguns dos ensinamentos do Papa Francisco a respeito do casamento e da família.

Aqui estão 12 factos sobre a correção proposta:

1) A correção será uma tentativa de eliminar a confusão e sanar as divisões na Igreja Católica causadas por divergentes interpretações da exortação pós-sinodal, do Papa Francisco, Amoris Laetitia.

2) A correção seguirá os cinco dubia (perguntas) sobre as implicações doutrinais dos parágrafos 300 a 305 da Amoris Laetitia enviados ao Papa Francisco e ao Cardeal Gerhard Müller, então Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, em 19 de setembro de 2016.

3) Os dubia, assim como a carta anexa, foram assinados pelos cardeais Walter Brandmüller, Carlo Caffarra, Joachim Meisner (agora falecido) e Raymond Burke.

4) O Papa Francisco optou por não responder aos dubia e, por conseguinte, a confusão e a divisão a respeito da Amoris Laetitia mantêm-se dentro da Igreja Católica, necessitando de uma correção.

5) Como evidência desta divisão, afirmou o cardeal Burke ao The Wanderer, “Os bispos contam-me que, quando insistem no verdadeiro ensinamento da Igreja a respeito das uniões matrimoniais irregulares, as pessoas simplesmente rejeitam os seus ensinamentos. Dizem que outro bispo ensina de modo diferente e eles preferem segui-lo”.

6) Como evidência adicional da divisão, o cardeal Burke citou o arcebispo de Malta, que declarou que os bispos malteses “seguem o ensinamento do Papa Francisco e não o de outros Papas”, uma afirmação que o cardeal Burke considera “chocante”.

7) Apesar de não ter acontecido durante séculos uma correção formal a um Pontífice reinante em questões doutrinárias, já houve correções a Papas anteriores em várias questões, incluindo assuntos administrativos.

8) A correção proposta afirmará o ensino claro da Igreja Católica a respeito do casamento, família, atos intrinsecamente maus e outros assuntos postos em causa pela Amoris Laetitia, confrontando-os com o que tem sido “de facto ensinado” pelo Papa Francisco.

9) Se houver uma correção, ela chamará o Papa Francisco a corrigir os seus ensinamentos em obediência a Cristo e ao Magistério da Igreja.

10) A correção constituirá uma declaração formal à qual o Papa Francisco será, na opinião do cardeal Burke, “obrigado” a responder.

11) O cardeal Burke afirmou que o Pontífice Romano é o princípio da unidade entre todos os bispos, tendo portanto a responsabilidade de pôr termo à atual divisão entre os bispos através de um pronunciamento claro do ensinamento da Igreja.

12) Rejeitando qualquer tipo de cisma formal, o cardeal Burke acredita que existe atualmente apostasia dentro da Igreja, conforme fora previsto por Nossa Senhora de Fátima.

A edição original deste texto foi publicada pelo LifeSiteNews a 18  de agosto de 2017. Tradução: odogmadafe.wordpress.com

Nota da edição: o conteúdo do artigo acima é da inteira responsabilidade do seu autor, salvo algum eventual erro de tradução. Sempre que possível, deve ser lido na sua edição original.

Basto 8/2017

Cardeal Burke: Como se configurará a correção formal ao Papa Francisco

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Por Pete Baklinski

16 de agosto, 2017 (LifeSiteNews) – Uma vez que o Papa Francisco optou por não responder às cinco questões sobre se a sua exortação Amoris Laetitia está em conformidade com os ensinamentos católicos, torna-se “necessária” uma “correção” das orientações em que o seu ensinamento se afasta da fé católica, disse o Cardeal Raymond Burke numa nova entrevista .

O Cardeal, que é um dos quatro que, há quase um ano, assinaram os dubia para pedirem ao Papa a clarificação dos seus ensinamentos, explicou, em entrevista ao The Wanderer, como prosseguiria o processo para a realização de uma “correção formal”.

“Parece-me que a essência da correção é bastante simples”, explicou Burke.

“Por um lado, define-se o ensino claro da Igreja; por outro lado, é apresentado o que é realmente ensinado pelo Pontífice Romano. Se houver uma contradição, o Pontífice Romano é chamado a corrigir o seu próprio ensinamento em obediência a Cristo e ao Magistério da Igreja”, afirmou.

“Levanta-se a questão: Como seria isso feito? É feito muito simplesmente por uma declaração formal à qual o Santo Padre seria obrigado a responder. Os cardeais Brandmüller, Caffarra, Meisner e eu usamos uma antiga prática da Igreja para propor os dubia ao Papa”, continuou o Cardeal.

“Isso foi feito de uma forma muito respeitosa e não de modo agressivo, a fim de dar-lhe a oportunidade de afirmar o ensino imutável da Igreja. O Papa Francisco escolheu não responder aos cinco dubia, portanto agora é necessário simplesmente afirmar o que a Igreja ensina sobre o casamento, a família, atos intrinsecamente maus e assim por diante. Estes são os pontos que não são claros nos atuais ensinamentos do Pontífice Romano; portanto, esta situação deve ser corrigida. A correção incidiria então principalmente sobre esses pontos doutrinários”, acrescentou.

No ano passado, os quatro cardeais trouxeram a público as suas perguntas (dubia) depois que o Papa não lhes ter dado uma resposta. Eles esperavam que, respondendo às suas cinco perguntas de sim-ou-não, o Papa dissiparia o que eles chamavam de “incerteza, confusão e desorientação entre muitos fiéis” decorrentes da controversa exortação.

Em junho, os quatro cardeais publicaram uma carta dirigida ao Papa na qual pediram, sem sucesso, uma audiência privada para discutir “a confusão e a desorientação” existente dentro da Igreja devido à exortação.

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Da esquerda para a direita, primeiro em cima e depois em baixo: cardeais Raymond Burke, Joachim Meisner (agora falecido), Walter Brandmüller e Carlo Caffarra

A exortação tem sido usada por vários bispos e grupos de bispos, incluindo os da Argentina, Malta, Alemanha e Bélgica, para emitir diretrizes pastorais que autorizam que a Comunhão seja dada a católicos divorciados-civilmente-recasados a viver em adultério. Mas os bispos do Canadá e da Polónia emitiram declarações, com base na leitura do mesmo documento, proibindo tais casais de receber a Comunhão.

O papa Francisco não entrou ainda em diálogo com os três restantes cardeais.

Burke afirmou na entrevista ao The Wanderer que o Papa é o “princípio da unidade dos bispos e de todos os fiéis”.

“No entanto, a Igreja está a despedaçar-se neste momento com confusão e divisão”, disse ele.

“O Santo Padre deve ser chamado a exercer o seu ofício para pôr fim a isto”, acrescentou.

Se o Papa mantiver a sua recusa em responder aos dubia, o “próximo passo seria uma declaração formal reafirmando os ensinamentos claros da Igreja, conforme o estabelecido nos dubia“, disse Burke.

“Para além disso, seria declarado que essas verdades da Fé não estão a ser afirmadas com clareza pelo Pontífice Romano. Por outras palavras, em vez de colocar as perguntas conforme foi feito nos dubia, a correção formal daria as respostas de forma clara, em conformidade com o que os ensinamentos Igreja”, acrescentou.

É  amplamente consensual que os Cardeais, seguindo as doutrinas da Igreja sobre o casamento, a confissão e a Eucaristia, responderiam às cinco perguntas de sim-ou-não deste modo:

  1. Seguindo as afirmações da Amoris Laetitia (n. 300-305), um casal adúltero habitual pode obter a absolvição e receber a Sagrada Comunhão? NÃO
  2. Com a publicação da Amoris Laetitia (ver n. 304), ainda se pode considerar válido o ensinamento de São João Paulo II, na Veritatis Splendor, de que existem “normas morais absolutas que proíbem atos intrinsecamente maus e que são vinculantes sem exceções”? SIM
  3. Depois da Amoris Laetitia (n. 301), ainda se pode afirmar que o adultério habitual pode ser uma “situação objetiva de pecado grave habitual”? SIM
  4. Após as afirmações de Amoris Laetitia (n. 302) são os ensinamentos de João Paulo II na Veritatis Splendor ainda válidos de que “circunstâncias ou intenções nunca podem transformar um ato intrinsecamente desonesto pelo seu objeto, num ato ‘subjetivamente’ honesto ou defensível como opção”? SIM
  5. Depois da Amoris Laetitia (n. 303), ainda é necessário considerar válido o ensinamento da encíclica Veritatis Splendor de São João Paulo II “que exclui uma interpretação criativa do papel da consciência, e afirma que a consciência jamais está autorizada a legitimar exceções às normas morais absolutas que proíbem ações intrinsecamente más pelo próprio objeto”? SIM

O cardeal Burke afirmou que os fiéis católicos que estão frustrados com a liderança do Papa Francisco na Igreja não devem considerar alguma ideia de “cisma”.

“As pessoas falam de um cisma de facto. Eu sou absolutamente contrário a qualquer tipo de cisma formal – um cisma nunca pode ser correto”, disse ele.

“As pessoas podem, no entanto, estar a viver numa situação cismática se o ensino de Cristo foi abandonado. A palavra mais apropriada seria a única que Nossa Senhora usou na sua Mensagem de Fátima: apostasia. Pode haver apostasia dentro da Igreja e, de facto, é o que está a acontecer. Relacionado com a apostasia, Nossa Senhora também se referiu à falha dos pastores em manter a Igreja unida”, acrescentou.

A edição original deste texto foi publicada pelo LifeSiteNews a 16 de agosto de 2017. Tradução: odogmadafe.wordpress.com

Nota da edição: o conteúdo do artigo acima é da inteira responsabilidade do seu autor, salvo algum eventual erro de tradução. Sempre que possível, deve ser lido na sua edição original.

Basto 8/2017