Dervixe girador dança na Sé Episcopal da Arquidiocese de Madrid

A Catedral de Santa Maria a Real de Almudena, em Madrid, foi palco de um ritual religioso em que um dervixe dançante bailou ao som de um cântico tradicional do islamismo sufista.

O ritual teve lugar em frente ao altar da catedral madrilena, no passado dia 21 de março, no âmbito da “VI Edição do Concerto de Três Culturas“, um concerto patrocinado pela UNESCO.

La catedral de la Almudena acogerá la VI edición del concierto de Tres Culturas

Ao contrário de outras edições deste concerto, que se realizam anualmente no âmbito da Semana Mundial da Harmonia Inter-Religiosa declarada pela Assembleia Geral das Nações Unidas, esta edição será celebrada de forma especial por três razões: a data, 21 de Março, marca o início da Primavera, a estação que simboliza um renascimento da natureza e de novos começos; o lugar, a Catedral de Almudena, um dos espaços arquitetónicos mais emblemáticos da cidade que oferece memória e aproximação ao transcendente; e, finalmente, a música, a linguagem universal através da qual os três grupos convidados demonstram, na continuação deste projeto fascinante, como a convivência, a harmonia e a concórdia são valores universais que não conhecem fronteiras.

(In página oficial da Arquidiocese de Madrid, 14/03/2019 – tradução livre)

Basto 03/2019

11 thoughts on “Dervixe girador dança na Sé Episcopal da Arquidiocese de Madrid

  1. maria esteves 29 de Março de 2019 / 11:58

    Ó meu Deus vinde logo com o chicote porque os vendilhoes do templo são mais que muitos! Vinde Senhor Jesus!

  2. maria martins 29 de Março de 2019 / 19:28

    Será que alguma vez dançaria, numa Mesquita muçulmana?

    • Basto 29 de Março de 2019 / 19:53

      Essa é uma boa questão, Maria. Visualizei alguns vídeos de dervixes dançantes mas nenhum deles me pareceu filmado dentro de uma mesquita. Neste grande esforço de sincretismo inter-religioso, talvez o Santo Padre convide o nosso Pe. José Cruz para fazer parte da comitiva na viajem apostólica a Marrocos, já que Portugal é um país vizinho. Isto porque, vendo bem as coisas, ele até parece uma espécie de dervixe católico…

  3. maria martins 30 de Março de 2019 / 7:17

    É pena, que toda esta euforia “histérica” não passe para a vivência da Palavra, no a dia.
    Folclore, folclore, folclore!
    Com a aproximação da Semana Santa, reproduzem-se os Artigos jornalísticos, fazendo publicidade às Procissões da Quaresma e Semana Santa, à Via Sacra, como chamariz turístico…, até querendo transformá-La numa atracção Ibérica, e tudo em nome do TURISMO RELIGIOSO; mas, se formos às igrejas onde Ela é, realmente, rezada, vê meia dúzia de pessoas e, por acaso, já com uma certa idade, na maioria dos casos, orientada por leigos, pois, os párocos têm “muitas ocupações!…
    Essa denominação (turismo religioso) sempre me confundiu, pois, NUNCA, para mim, a Religião foi encarada como Turismo!
    Sem fazer comentários, ia aceitando todo esse empolamento, até que, numa das idas a Nossa Senhora do Escorial, ouvi, durante a viagem, a leitura de uma das Mensagens, em que Nossa Senhora Se queixava do relaxe na oração das almas Consagradas, até, nos Carmelos… das férias dos Sacerdotes, e do TURISMO RELIGIOSO, dizendo: “Ai as férias, as férias; para quê, as férias?! E o Turismo Religioso, o que é isso de Turismo Religioso?!
    Nem sabe como fiquei aliviada com o que ouvi porque, às vezes, chego a temer estar a fazer juízos de valor errados.
    Como já referi, várias vezes, sou de uma geração, em que houve mudanças que me ajudaram a crescer na Fé e na VIvência da Palavra mas, “TUDO QUE É DEMAIS É MOLÉSTIA!
    Começo a acreditar, que havia mesmo uma intenção perversa, no meio de tudo isto!

    • francisco 1 de Abril de 2019 / 17:32

      De facto não é fácil descobrir as mudanças que ocorreram, até conseguiram retirar da missa estas duas orações à Santíssima Trindade:
      “Recebei, ó Trindade Santíssima, esta oblação, que vos oferecemos em memória da Paixão, Ressurreição e Ascensão de Nosso Senhor Jesus Cristo, e em honra da bem-aventurada e sempre Virgem Maria, de são João Batista, dos santos apóstolos Pedro e Paulo, e de todos os Santos; para que a eles sirva de honra e a nós de salvação, e eles se dignem interceder no céu por nós que na terra celebramos sua memória. Pelo mesmo Cristo, Senhor Nosso. Amém.”

      “Seja-vos agradável, ó Trindade santa, a oferta de minha servidão, a fim de que este sacrifício que, embora indigno aos olhos de vossa Majestade, vos ofereci, seja aceito por Vós, e por vossa misericórdia, seja propiciatório para mim e para todos aqueles por quem ofereci. Por Cristo Jesus Nosso Senhor. Amém.”

      Agora só ouvimos a palavra Trindade num Domingo por ano, dantes tínhamos estas duas orações em todas as missas.

      • Basto 1 de Abril de 2019 / 18:29

        Sempre tive uma grande curiosidade relativamente às orações que as pessoas de mais idade costumam murmurar na missa durante o ato de consagração… Poderá ser uma dessas jaculatórias, talvez a primeira. Obrigado por partilhar, vou tentar memorizá-la.

        O Deus Trinitário não é compatível com as modernas derivas ecuménicas portanto acaba por ser evitado…

  4. Maria Ribeiro 1 de Abril de 2019 / 20:14

    Os antigos rezavam assim, no momento da Comsagração:
    Na elevação da Hóstia:
    “Meu Senhor e Meu Deus, adoro-Vos profundamente, Verdadeiro Corpo… Alma e Divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo, tão real e perfeitamente como está no alto dos Céus!”
    Na elevação do cálice:
    Exactamente a mesma Oração, incluindo “Sangue” substituindo as reticências, em cima…
    Portanto reza-se duas vezes, com a diferença, apenas de uma Palavra.
    Aprendi com uma senhora, leiga consagrada da minha paróquia.

    O que o Francisco escreveu é referente às palavras do Celebrante

    • Basto 1 de Abril de 2019 / 20:38

      Então é isso, obrigado Maria, essa até me parece mais fácil de memorizar dada a semelhança parcial com a oração ensinada pelo Anjo de Portugal.

      Já tive vontade de perguntar mas ainda não se proporcionou.

    • francisco 2 de Abril de 2019 / 9:01

      Sim, as orações que referi são do celebrante, actualmente o padre já não as diz. Obrigado por esclarecer e partilhar as orações que os antigos rezavam no momento da Consagração, ainda hoje em dia os vejo a rezá-las. Também tinha curiosidade de saber o que rezavam.

  5. maria martins 2 de Abril de 2019 / 6:43

    Quando dava Catequese, era assim que ensinava , mas reconheço que, hoje, não se faz uma sensibilização muito profunda sobre tão “Especial Momento” .
    Depois, verificamos, que muitos dos presentes, na Eucaristia, já nem se ajoelham durante a Consagração.

  6. francisco 2 de Abril de 2019 / 9:20

    Penso que o problema do Homem moderno está em aceitar o que vem no catecismo neste ponto:
    “1949. Chamado à bem-aventurança, mas ferido pelo pecado, o homem tem necessidade da salvação de Deus. O auxílio divino é-lhe dado em Cristo, pela lei que o dirige e na graça que o ampara:
    «Trabalhai com temor e tremor na vossa salvação: porque é Deus que opera em vós o querer e o agir, segundo os seus desígnios» (Fl 2, 12-13).”

    Isto é completamente contrário ao sentido moderno da sociedade, é contrário ao moto da liberdade, igualdade e fraternidade.
    É necessária humildade para aceitarmos que temos uma falha (o pecado) e que necessitamos de Deus, o sentido moderno da sociedade vive do orgulho.

    Não é por acaso que actualmente até a realidade é negada, por exemplo com a ideologia de género onde até a ciência é colocada de lado. Orgulhosamente o Homem rejeita responder à realidade e quer edificar o paraíso na terra por si mesmo.

    Não existe liberdade absoluta, a liberdade que temos é de escolhermos livremente responder perante a realidade (Dignitatis Humanae), é a liberdade de escolher o que vem no início da Didaque “Existem dois caminhos: o caminho da vida e o caminho da morte. Há uma grande diferença entre os dois.”, é a liberdade de sabermos que fomos feitos para Deus.

    Não existe igualdade absoluta, temos a falha do pecado, temos a necessidade da ajuda de Deus, de ter Deus como Pai e Senhor.

    Não existe fraternidade puramente humana, o Homem por si só não consegue construir a sociedade fraterna da paz e do amor sem o auxílio de Deus.

    E o problema do modernismo na religião é querer alterar a religião para corresponder ao moto da liberdade, igualdade e fraternidade. Onde a liberdade não é respondermos à realidade mas acolhermos uma proposta de felicidade, onde se procura a igualdade do Homem e Deus com Jesus como sendo apenas um bom amigo, Deus apenas aceita e perdoa, onde a fraternidade é construção humana, de todas as religiões e todos os Homens, Jesus será um caminho privilegiado para nos ajudar nessa construção.

Deixe uma resposta para Basto Cancelar resposta