YouGov: Papa Francisco entre os 20 homens “mais admirados do mundo” em 2019

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Partindo da opinião dos britânicos, a empresa de sondagens YouGov classificou o Papa Francisco como um dos 15 homens “mais admirados do mundo” de 2019. A mesma empresa classifica ainda Francisco como a 3ª figura pública “mais popular” e “mais famosa” do mundo.

Papa Francisco I

O Papa Francisco I é a 3ª figura pública mais popular a nível mundial e a 3ª mais famosa. O Papa Francisco I é descrito pelos fãs como: em contacto com as pessoas comuns, humilde, que defende as pessoas comuns, honesto e genuíno.

(In YouGov, em 21 de julho de 2019 – tradução livre)

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In YouGov, em 21 de julho de 2019.

 

Basto 07/2019

Frases que nos fazem pensar: Pe. José Júlio Rocha

m.josé.júlio.rocha“Nós estamos diante de muita gente que é divorciada e recasada e esta gente precisa de nós. Já são quase em maior número os que estão casados pelo civil porque não o podem fazer por igreja. Ora, a igreja não pode senão dar uma resposta de misericórdia a esta gente pois se levarmos o Direito Canónico à letra tornamo-nos fariseus.”

(Pe. José Júlio Rocha, pároco na diocese de Angra do Heroísmo e professor de Teologia Moral)

Contexto da frase:

Explicação da nova doutrina do Papa Francisco sobre o Sacramento do Matrimónio durante uma conferência promovida pela Confraria do Santíssimo Sacramento da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Estrela da Ribeira Grande; in Igreja Açores, 07/05/2019.

Basto 05/2019

Grupo de personalidades católicas acusa o Papa Francisco de heresia

heresia2.jpgUm grupo de reconhecidos clérigos e académicos publicou uma carta aberta dirigida aos bispos da Igreja Católica (disponível aqui em espanhol) onde lhes é pedido um procedimento judicial perante as heresias do Papa Francisco. A carta foi firmada na semana de Páscoa e tornada pública no dia de Santa Catarina de Sena, uma santa que aconselhou vários Papas do seu tempo.

O referido documento parte da Correctio Filialis, de 2017, onde 62 académicos censuraram “sete proposições falsas e heréticas” de Francisco a respeito do casamento, da moral e do acesso aos sacramentos, especialmente à luz de sua controversa exortação apostólica Amoris Laetitia. Como as “proposições heréticas” não foram ainda corrigidas, antes pelo contrário, os autores da carta aberta pedem agora que o Santo Padre seja julgado por essas e por outras posições heréticas que são do conhecimento comum e estão amplamente documentadas. Alegam que agora se tornou claro que o Papa Francisco está ciente das suas próprias posições contrárias à fé e que chegou a hora de dar um “passo em frente” e declarar que o Papa Francisco é “culpado do crime de heresia”.

Aos 19 subscritores iniciais do documento têm vindo a juntar-se outras personalidades do mundo católico, numa lista que ainda não parou de crescer, como tem dado conta a publicação de origem canadiana LifeSiteNews. Por outro lado, uma petição online, que pede aos bispos católicos uma “investigação ao Papa Francisco por heresia”, reunindo deste modo apoio popular à carta aberta, já recolheu milhares de assinaturas.

Basto 05/2019

Vaticano censura imagens televisivas do Papa Francisco durante transmissão da celebração da Missa do Domingo de Páscoa

O facto de Francisco repetidamente evitar ajoelhar-se diante do Santíssimo Sacramento, ou sequer fazer uma breve genuflexão, parece estar a causar algum embaraço, no Vaticano, aos responsáveis pela gestão da imagem papal. Durante a transmissão televisiva da Missa do Domingo de Páscoa, a equipa de produção do Vaticano cortou, por duas vezes, as imagens da câmara que filmava o Santo Padre em grande plano, precisamente nos momentos em que, de acordo com a Instrução Geral do Missal Romano, o celebrante deve fazer uma genuflexão diante das espécies consagradas.

Como se constata no vídeo acima, a transmissão televisiva da imagem papal foi interrompida nos instantes que se seguem à elevação da Hóstia Consagrada e imediatamente depois da elevação do cálice com o Sangue do Senhor.

O mesmo embaraço foi também percetível nos critérios de edição de imagem das transmissões televisivas das celebrações da Missa Crismal e da Vigília Pascal.

Basto 04/2019

Frases que nos fazem pensar: Donald Tusk

m.donald.tusk“De acordo com o nosso Papa, o Inferno ainda está vazio. Isso significa que existem ali muitos lugares.”

(Donald Tusk, Presidente do Conselho Europeu e ex-Primeiro-ministro da Polónia)

Contexto da frase:

Resposta jocosa a uma questão sobre a problemática do Brexit, levantada por uma jornalista, ontem, durante a conferência de imprensa conjunta dos Presidentes do Conselho Europeu e da Comissão Europeia; in BBC News, 21/03/2019 – tradução livre.

Basto 03/2019

Núncio apostólico revela razão pela qual Francisco reabilitou Ernesto Cardenal

De acordo com as explicações fornecidas pela Nunciatura Apostólica na Nicarágua, a “benevolência” do Santo Padre no levantamento das sanções canónicas impostas sobre Ernesto Cardenal justificou-se porque o sacerdote “havia abandonado, desde há muitos anos, todo o compromisso político.”

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Comunicado da Nunciatura Apostólica na Nicarágua, in Ecclesia, 18/02/2019.

O núncio devia dar uma olhadela nas redes sociais, por uma questão de prudência…

https://twitter.com/PoetaCardenalNi/status/986837531885998080

https://twitter.com/PoetaCardenalNi/status/1078074536665534466

https://twitter.com/PoetaCardenalNi/status/991041727766192128

Basto 02/2019

Cardeal Müller publica manifesto em que clarifica confusões doutrinais do pontificado de Francisco

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O Cardeal D. Gerhard Müller, anterior Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, publicou uma “Declaração de Fé onde reafirma algumas verdades doutrinais que têm sido relativizadas pela Igreja durante o pontificado de Francisco. Não é uma correção formal ao Papa Francisco, mas parece.

Declaração de Fé

“Não se perturbe o vosso coração!” (Jo 14, 1)

Diante de uma confusão cada vez mais generalizada no ensino da fé, muitos bispos, sacerdotes, religiosos e leigos da Igreja Católica pediram-me para dar testemunho público da verdade da Revelação. A tarefa dos pastores é guiar os homens que lhes são confiados pelo caminho da salvação, e isso só pode acontecer se tal caminho for conhecido e se eles forem os primeiros a percorrê-lo. A esse respeito, o Apóstolo advertiu: “Transmiti-vos, em primeiro lugar, o que eu próprio recebi” (1Cor 15, 3). Hoje, muitos cristãos nem sequer conhecem os fundamentos da fé, com um crescente perigo de não encontrarem o caminho que leva à vida eterna. No entanto, a tarefa própria da Igreja continua a ser levar as pessoas a Jesus Cristo, a luz dos gentios (cf. LG 1). Nesta situação, alguém se pergunta como encontrar a orientação correta. Segundo João Paulo II, o Catecismo da Igreja Católica representa uma “norma segura para o ensino da fé” (Fidei Depositum IV). Foi escrito para fortalecer os irmãos e irmãs na fé, uma fé posta à prova pela “ditadura do relativismo”[1].

1. Deus uno e trino, revelado em Jesus Cristo

O epítome da fé de todos os cristãos reside na confissão da Santíssima Trindade. Nós tornamo-nos discípulos de Jesus, filhos e amigos de Deus, através do Batismo em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. A diferença das três pessoas na unidade divina (254) marca uma diferença fundamental na fé em Deus e na imagem do homem em relação às outras religiões. Reconhecido Jesus Cristo, os fantasmas desaparecem. Ele é verdadeiro Deus e verdadeiro homem, encarnado no ventre da Virgem Maria pela obra do Espírito Santo. O Verbo feito carne, o Filho de Deus é o único Salvador do mundo (679) e o único mediador entre Deus e os homens (846). Por esta razão, a primeira carta de João refere-se àquele que nega a sua divindade como o anticristo (1Jo 2, 22), visto que Jesus Cristo, Filho de Deus, desde a eternidade é um único ser com Deus, seu Pai (663). É com clara determinação que é necessário enfrentar o reaparecimento de antigas heresias que em Jesus Cristo viam apenas uma boa pessoa, um irmão e um amigo, um profeta e um exemplo de vida moral. Ele é, antes de tudo, a Palavra que estava com Deus e é Deus, o Filho do Pai, que tomou a nossa natureza humana para nos redimir e que virá para julgar os vivos e os mortos. Só a Ele adoramos em união com o Pai e o Espírito Santo como o único e verdadeiro Deus (691).

2. A Igreja

Jesus Cristo fundou a Igreja como sinal visível e instrumento de salvação, que subsiste na Igreja Católica (816). Ele deu à sua Igreja, que “nasceu do coração trespassado de Cristo morto na cruz” (766), uma estrutura sacramental que permanecerá até ao pleno cumprimento do Reino (765). Cristo, cabeça, e os crentes como membros do corpo são uma pessoa mística (795), por essa razão a Igreja é santa, visto que Cristo, o único mediador, a estabeleceu na terra como um organismo visível e continuamente a apoia (771). Por meio dela, a obra redentora de Cristo torna-se presente no tempo e no espaço com a celebração dos Santos Sacramentos, especialmente no Sacrifício Eucarístico, a Santa Missa (1330). Com a autoridade de Cristo, a Igreja transmite a revelação divina, “que se estende a todos os elementos da doutrina, incluindo a moral, sem a qual as verdades salvíficas da fé não podem ser guardadas, expostas ou observadas” (2035).

3. A Ordem sacramental

A Igreja é em Jesus Cristo o sacramento universal da salvação (776). Ela não se reflecte a si mesma, mas a luz de Cristo, que resplandece no rosto, e isso só acontece quando o ponto de referência não é a opinião da maioria, nem o espírito dos tempos, mas a verdade revelada em Jesus Cristo, que confiou à Igreja Católica a plenitude da graça e da verdade (819): Ele mesmo está presente nos Sacramentos da Igreja.

A Igreja não é uma associação criada pelo homem, cuja estrutura pode ser modificada pelos seus membros à vontade: é de origem divina. “O próprio Cristo é a origem do ministério na Igreja. Ele instituiu-a, deu-lhe autoridade e missão, orientação e fim” (874). A admoestação do Apóstolo ainda é válida hoje, segundo a qual é amaldiçoado alguém que proclama outro Evangelho, “nós mesmos, ou um anjo do céu” (Gl 1, 8). A mediação da fé está intrinsecamente ligada à credibilidade humana dos seus pregadores: em alguns casos, abandonaram aqueles que lhes haviam sido confiados, perturbando-os e prejudicando seriamente a sua fé. Para eles cumpre-se a palavra da Escritura: “virão tempos em que o ensinamento salutar não será aceite, mas as pessoas acumularão mestres que lhes encham os ouvidos, de acordo com os próprios desejos” (2 Tm 4,3-4).

A tarefa do Magistério da Igreja para com o povo de Deus é “protegê-lo de desvios e falhas” para que possa “professar sem erro a fé autêntica” (890). Isto é especialmente verdadeiro em relação aos sete sacramentos. A Sagrada Eucaristia é “a fonte e o cume de toda a vida cristã” (1324). O Sacrifício Eucarístico, em que Cristo nos envolve no sacrifício da cruz, visa a união mais íntima com Ele (1382). Por isso, a Sagrada Escritura alerta para as condições para receber a Sagrada Comunhão: “Assim, todo aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor indignamente será réu do corpo e do sangue do Senhor” (1Cor 11, 27) e, em seguida, “Quem está ciente de que cometeu um pecado grave, deve receber o sacramento da Reconciliação antes de receber a Comunhão” (1385). Da lógica subjacente ao sacramento percebe-se que os divorciados e recasados ​​civilmente, cujo casamento sacramental diante de Deus ainda é válido, bem como todos aqueles cristãos que não estão em plena comunhão com a fé católica e também todos aqueles que não estão devidamente preparados, não recebem a Sagrada Eucaristia frutiferamente (1457), porque deste modo não os leva à salvação. Realçá-lo, corresponde a uma obra de misericórdia espiritual.

O reconhecimento dos pecados na Santa Confissão, pelo menos uma vez por ano, é um dos preceitos da Igreja (2042). Quando os crentes já não confessam os seus pecados recebendo a absolvição, a salvação trazida por Cristo torna-se vã, pois Ele fez-se homem para nos redimir dos nossos pecados. O poder do perdão, que o Ressuscitado conferiu aos Apóstolos e aos seus sucessores no Episcopado e no Sacerdócio, restaura os pecados graves e veniais cometidos depois do Baptismo. A prática actual da confissão mostra que a consciência dos crentes não está suficientemente formada. A misericórdia de Deus é-nos dada para que possamos cumprir os seus Mandamentos para nos conformarmos à sua santa vontade e não para evitar o chamamento à conversão (1458).

“É o sacerdote que continua a obra da redenção na terra” (1589). A ordenação, que confere ao sacerdote “um poder sagrado” (1592), é insubstituível porque, através dele, Jesus torna-se sacramentalmente presente na sua ação salvadora. Os sacerdotes escolhem voluntariamente o celibato como “um sinal dessa nova vida” (1579). Trata-se da entrega de si para o serviço de Cristo e do Seu Reino vindouro. A fim de conferir a ordenação validamente nos três graus do Sacramento, a Igreja reconhece-se como limite para a escolha feita pelo próprio Senhor, “por esta razão a ordenação de mulheres não é possível” (1577). A este respeito, falar de discriminação contra as mulheres demonstra claramente uma incompreensão deste Sacramento, que não diz respeito a um poder terrestre, mas à representação de Cristo, o Esposo da Igreja.

4. A lei moral

Fé e vida são inseparáveis, porque a fé sem as obras feitas no Senhor é morta (1815). A lei moral é o trabalho da sabedoria divina e leva o homem à beatitude prometida (1950). Consequentemente, a “lei divina e natural mostra ao homem o caminho a seguir para fazer o bem e alcançar o seu objetivo” (1955). A sua observância é necessária para que todas as pessoas de boa vontade alcancem a salvação eterna. De facto, aquele que morre em pecado mortal sem arrependimento permanecerá para sempre separado de Deus (1033). Isto implica consequências práticas na vida dos cristãos, entre as quais é oportuno recordar aquelas que hoje são mais frequentemente negligenciadas (cf. 2270-2283; 2350-2381). A lei moral não é um fardo, mas faz parte dessa verdade libertadora (cf. Jo 8, 32), através da qual o cristão caminha no caminho da salvação e não deve ser relativizada.

5. Vida Eterna

Muitos hoje perguntam porquê a Igreja ainda existe se os próprios bispos preferem agir como políticos, em vez de mestres da fé e proclamar o Evangelho. O olho não se deve deter em questões secundárias, mas é mais necessário do que nunca para a Igreja assumir a sua própria tarefa. Todo o ser humano tem uma alma imortal, que na sua morte é separada do corpo, mas com a esperança da ressurreição dos mortos (366). A morte toma a decisão do homem a favor ou contra Deus. Todos terão que enfrentar o juízo pessoal imediatamente após a morte (1021): ou será necessária uma purificação ou o homem irá diretamente para a felicidade celestial e será permitido contemplar Deus face-a-face. Mas há também a terrível possibilidade de que uma pessoa, até ao fim, permaneça em contradição com Deus: rejeitando definitivamente o seu amor, “chorará imediatamente para sempre” (1022). “Deus, que nos criou sem nós, não nos quis salvar sem nós” (1847). A eternidade da punição do Inferno é uma realidade terrível, que, de acordo com o testemunho das Sagradas Escrituras, diz respeito a todos aqueles que “morrem em estado de pecado mortal” (1035). O cristão atravessa a porta estreita, “porque larga é a porta e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que seguem por ele” (Mt 7, 13).
Manter em silêncio estas e outras verdades da fé ou ensinar o oposto é o pior engano contra o qual o Catecismo adverte vigorosamente. Esta representa a última prova da Igreja, ou “uma impostura religiosa que oferece aos homens uma solução aparente para os seus problemas, ao preço da apostasia da verdade” (675). É o engano do Anticristo, que vem “com todo o tipo de seduções de injustiça para os que se perdem, porque não acolheram o amor da verdade para serem salvos” (2Ts 2, 10).

Apelo

Como trabalhadores na vinha do Senhor, todos nós temos a responsabilidade de recordar estas verdades básicas que se agarram ao que nós mesmos recebemos. Queremos dar coragem para percorrer o caminho de Jesus Cristo com determinação, a fim de obter a vida eterna seguindo os Seus mandamentos (2075).

Pedimos ao Senhor que nos deixe saber quão grande é o dom da fé católica, através do qual a porta para a vida eterna é aberta. “Pois quem se envergonhar de mim e das minhas palavras entre esta geração adúltera e pecadora, também o Filho do Homem se envergonhará dele, quando vier na glória de seu Pai, com os santos anjos” (Mc 8, 38). Portanto, estamos comprometidos em fortalecer a fé confessando a verdade que é o próprio Jesus Cristo.

O aviso que Paulo, o apóstolo de Jesus Cristo, dá ao seu colaborador e sucessor Timóteo é dirigido particularmente a nós, bispos e padres. Ele escreveu: “Diante de Deus e de Cristo Jesus, que há-de julgar os vivos e os mortos, peço-te encarecidamente, pela sua vinda e pelo seu Reino: proclama a palavra, insiste em tempo propício e fora dele, convence, repreende, exorta com toda a compreensão e competência. Virão tempos em que o ensinamento salutar não será aceite, mas as pessoas acumularão mestres que lhes encham os ouvidos, de acordo com os próprios desejos. Desviarão os ouvidos da verdade e divagarão ao sabor de fábulas. Tu, porém, controla-te em tudo, suporta as adversidades, dedica-te ao trabalho do Evangelho e desempenha com esmero o teu ministério” (2Tm 4, 1-5).

Que Maria, Mãe de Deus, implore a graça de nos apegarmos à confissão da verdade de Jesus Cristo sem vacilar.

Unidos na fé e na oração,

Gerhard Cardeal Müller
Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé entre 2012 e 2017

 

[1] Os números que aparecem no texto correspondem ao Catecismo da Igreja Católica.

Fonte: lifepetitions.com (página acedida no dia 9 de fevereiro de 2019).
Tradução: diesiraept.blogspot.com (página acedida no dia 9 de fevereiro de 2019).

Quem quiser apoiar o manifesto do Cardeal D. Gerhard Müller poderá fazê-lo subscrevendo o documento aqui.

Basto 02/2019

Nova “Bíblia da Amizade”

Com o prefácio do Papa Francisco e do rabino talmudista – que espera a chegada do Anticristo – Abraham Skorka.

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Um obra que surge numa época em que Jesus Cristo, infelizmente, é reduzido à condição de mero elemento de diversidade cultural na grande fraternidade humana universal.

O objetivo não é chegar a uma leitura unificada da Bíblia em que as diversidades se diluam a ponto de anular, mas conhecer melhor suas respectivas interpretações e leituras, aceitando que sejam diferentes.

(In Gruppo Editoriale San Paolo, 17/01/2019 – tradução livre)

Nestas coisas de diálogo inter-religioso, o Pentateuco é sempre mais consensual do que o Novo Testamento, mas é interessante notar como os judeus adoram Francisco apesar de não gostarem muito de Jesus Cristo…

Basto 01/2019

Ícone de um desastroso pontificado

logo.pope.moroccoPor Christopher A. Ferrara

Eis o logótipo da próxima viagem inútil do Papa a Marrocos: a lua crescente, simbolizando a religião inventada por Maomé, envolve quase por completo uma cruz distorcida. Como este Papa promove obsessivamente a migração em massa de homens muçulmanos para as capitais da Europa Ocidental, incluindo até mesmo Roma, a imagem sugere que o corpo de fiéis cristãos, supostamente representados pela Cruz, não tem agora quase nenhuma possibilidade de escapar àquilo que o Papa Pio XI, numa época mais sã, chamou “a escuridão do Islão”, numa oração que os Católicos Romanos tradicionais ainda hoje recitam na tradicional Festa de Cristo Rei. Como essa oração do Ato de Consagração da Raça Humana ao Sagrado Coração de Jesus declara: “Sede o Rei de todos os que ainda estão envolvidos pela escuridão da idolatria ou do Islamismo e não deixeis de os atrair a todos para a Luz e Reino de Deus.”

Este logótipo absurdo e ofensivo tem camadas mais profundas de significado maligno. Como explica o Zenit, um obediente órgão de comunicação da linha partidária do Vaticano, a “cruz e um crescente […] representam o diálogo inter-religioso entre cristãos e muçulmanos”. Porém, o que é retratado não é um dia-logo, do grego dialogesthai, que significa uma conversa entre duas ou mais partes, mas sim dia – “através de” ou “entre” – uma distância que as separa, uma distância que nenhum diálogo entre a religião fundada por Deus e outra fundada por Maomé jamais eliminará. O que vemos então é uma das partes do “diálogo”, o Islão, cercando visualmente a outra: ou seja, o catolicismo, representado por uma cruz distorcida que, por sua vez, representa uma Igreja distorcida no meio da pior crise da sua história.

Mas há mais. Citando novamente o Zenit, o logótipo ostenta “as cores dos dois países: verde e vermelho de Marrocos, amarelo e branco (o fundo) do Vaticano”. Note-se que o verde de Marrocos é representado no traço horizontal da Cruz, enquanto que o vermelho de Marrocos é visto na lua crescente que a circunda quase por completo, formando um cerco em torno da Cruz.

No total, 99% dos marroquinos são muçulmanos, enquanto os poucos cristãos existentes naquele país são quase todos estrangeiros. Além disso, em Marrocos “é um crime possuir uma Bíblia cristã escrita em língua árabe, parte de uma lei mais ampla que proíbe proselitismo de muçulmanos para qualquer outra crença”, enquanto a Constituição Marroquina estabelece que o Islão é a única religião do Estado de Marrocos. Não há “diálogo” entre Cristianismo e Islão em Marrocos, apenas um monólogo que favorece o Islão com a força da lei. Se a colocação das cores no logótipo significa alguma coisa, então só pode ser o cerco do Cristianismo pelo Islão, até ao ponto de se tornar um elemento de uma cruz distorcida que representa a sujeição de Cristo a Maomé.

Finalmente, citando novamente o Zenit, o logótipo declara que o Papa Francisco é o “Servo da Esperança” – mais um contributo para a nuvem de slogans vazios que têm assolado a Igreja desde o Concílio Vaticano II, e tão significativo como “Servo do Otimismo” ou “Servo da Alegria”. Qual é exatamente a “esperança” que Francisco serve? Não fazemos a menor ideia. Sabemos bem, no entanto, qual é a esperança que Francisco não serve. A esperança expressa pela Mãe de Deus em Fátima: “Por fim, o Meu Imaculado Coração triunfará. O Santo Padre consagrar-Me-á a Rússia, que se converterá, e será concedido ao mundo um tempo de paz.”

E por paz, Nossa Senhora queria dizer a coisa mais distante do programa que Francisco segue nesta fase final da crise pós-conciliar da Igreja. Citando Pio XI numa monumental encíclica que acabou enterrada e esquecida sob uma montanha tóxica de ruinosas novidades pós-conciliares: “Os homens devem procurar a paz de Cristo no Reino de Cristo”, cujo império “se estende não só sobre os povos católicos e sobre aqueles que, tendo recebido o batismo, pertencem por direito à Igreja, ainda que o erro os tenha extraviado ou o cisma os separe da caridade, mas também compreende a todos quantos não participam da fé cristã, de sorte que sob a potestade de Jesus se encontra todo o género humano”.

Só quando essa verdade da revelação tiver sido redescoberta e novamente proclamada pelo elemento humano desobediente da Igreja, sobretudo o homem que detém o cargo de Romano Pontífice, é que esta crise acabará finalmente.

A edição original deste texto foi publicada pelo Fatima Center a 10 de janeiro de 2019. Tradução: odogmadafe.wordpress.com

Nota da edição: o conteúdo do texto acima é da inteira responsabilidade do seu autor, salvo algum eventual erro de tradução. A presente edição destina-se exclusivamente à sua divulgação, sempre que possível deve ser lido na sua edição original.

Basto 01/2019

Francisco no Natal: A salvação vem através do amor e do respeito pela humanidade?

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Por Christopher A. Ferrara

Na sua Mensagem de Natal “Urbi et Orbi”, o Papa Francisco propõe uma concepção da Encarnação que reduz Cristo a um mero facilitador passivo de uma fraternidade humanista entre homens de qualquer crença ou persuasão, incluindo aqueles que rejeitam o Seu Evangelho e a Sua Igreja. As palavras proferidas por Francisco não deixam dúvidas a este respeito:

E que nos diz aquele Menino, nascido, para nós, da Virgem Maria? Qual é a mensagem universal do Natal? Diz-nos que Deus é um Pai bom, e nós somos todos irmãos.

Esta verdade está na base da visão cristã da humanidade. Sem a fraternidade que Jesus Cristo nos concedeu, os nossos esforços por um mundo mais justo ficam sem fôlego, e mesmo os melhores projetos correm o risco de se tornar estruturas sem alma.

Por isso, as minhas boas-festas natalícias são votos de fraternidade.

Fraternidade entre pessoas de todas as nações e culturas.

Fraternidade entre pessoas de ideias diferentes, mas capazes de se respeitar e ouvir umas às outras.

Fraternidade entre pessoas de distintas religiões. Jesus veio revelar o rosto de Deus a todos aqueles que o procuram.

E o rosto de Deus manifestou-se num rosto humano concreto. Apareceu, não sob a forma dum anjo, mas dum homem, nascido num tempo e lugar concretos. E assim, com a sua encarnação, o Filho de Deus indica-nos que a salvação passa através do amor, da hospitalidade, do respeito por esta nossa pobre humanidade que todos compartilhamos numa grande variedade de etnias, línguas, culturas… mas todos irmãos em humanidade!

Então, as nossas diferenças não constituem um dano nem um perigo; são uma riqueza. Como no caso dum artista que queira fazer um mosaico: é melhor ter à sua disposição ladrilhos de muitas cores, que de poucas.

Resumindo esta espantosa mensagem: de acordo com Francisco, Cristo “concedeu” a fraternidade a todos os homens indiferentemente, sem ter em conta as suas “ideias diferentes” e “distintas religiões”, e a salvação vem, não da conversão a Ele, da aceitação da verdade do Seu Evangelho e da autoridade da Igreja que Ele fundou como Arca da Salvação, mas sim “através do amor, da hospitalidade, do respeito por esta nossa pobre humanidade que todos compartilhamos”.

Note-se bem: a salvação, segundo Francisco, vem através do amor, da hospitalidade, do respeito pela humanidade, e não por amor, aceitação e respeito a Cristo e obediência à Lei de seu Evangelho.

Pior ainda, de acordo com Francisco, as diferenças entre os homens – ou seja, as suas diferenças em relação à verdade revelada pelo Verbo Encarnado – “não constituem um dano nem um perigo; são uma riqueza”, são parte de um maravilhoso “mosaico” feito de “ladrilhos de muitas cores…” Isto não é mais do que uma ressonância do mantra liberal que diz que “a diversidade é a nossa força”. Mas não há força numa “diversidade” de ideias relativamente ao que é certo e errado, ou no que concerne aos deveres para com Deus. Pelo contrário, apenas há conflito e caos, assim como risco de perdição de almas.

Como diz a Bíblia num versículo que o Pe. Gruner citava frequentemente a propósito da crise civilizacional e eclesiástica mencionada por Nossa Senhora de Fátima: “O meu povo perde-se por falta de conhecimento; porque rejeitaste a instrução, excluir-te-ei do meu sacerdócio. Já que esqueceste a Lei do teu Deus, também Eu me esquecerei dos teus filhos.” (Os 4:6)

Em nenhuma parte da mensagem de Francisco à Igreja e ao mundo pelo Natal existe qualquer referência, ainda que disfarçada, às palavras do próprio Cristo à Igreja que Ele fundou: “«Ide pelo mundo inteiro, proclamai o Evangelho a toda a criatura. Quem acreditar e for batizado será salvo; mas, quem não acreditar será condenado.” (Mc 16:15-16) O mandato divino desapareceu sem deixar rasto e o que temos agora é precisamente a falsificação humanista da fraternidade dos homens promovida pelo movimento francês Sillon, outrora condenado pelo Papa São Pio X como falsa fraternidade “que não será nem católica, nem protestante, nem judia”. Será uma religião… mais universal do que a Igreja Católica, que une todos os homens para se tornarem finalmente irmãos e camaradas no «Reino de Deus»”.

Os organizadores do movimento Sillon vangloriavam-se deste modo: “Nós não trabalhamos para a Igreja, nós trabalhamos para a humanidade” – como se trabalhar para a humanidade não exigisse precisamente trabalhar para a Igreja como meio para o florescimento humano neste mundo e para a salvação eterna no próximo. Tal pensamento, advertiu São Pio X, é apenas “um miserável afluente do grande movimento de apostasia que está a ser organizado em todos os países com vista ao estabelecimento de uma Igreja Mundial Única que não terá dogmas, nem hierarquia, nem disciplina para a mente, nem restrição para as paixões…”. Uma “igreja” na qual as diferenças entre os homens, significando diferenças entre verdade e erro, são celebradas como “uma riqueza”, em vez de motivo de lamento, como um mal a ser vencido pela graça de Deus e pela unidade de um só Senhor, uma só Fé, um só Batismo para a remissão dos pecados. E um evangelho que, para citar Pio X, não apresenta o Cristo Rei, mas “um Cristo diminuído e distorcido”, que apenas preside a uma fraternidade panreligiosa na qual a verdade já não importa para a salvação.

Esta é, certamente, a situação que a Mãe de Deus antevia quando apareceu aos três pastorinhos em Fátima.

A edição original deste texto foi publicada pelo Fatima Center a 26 de dezembro de 2018. Tradução: odogmadafe.wordpress.com

Nota da edição: o conteúdo do texto acima é da inteira responsabilidade do seu autor, salvo algum eventual erro de tradução. A presente edição destina-se exclusivamente à sua divulgação, sempre que possível deve ser lido na sua edição original. As citações do documento papal em análise neste artigo estão aqui apresentadas na versão oficial em português publicada pelo Vaticano.

Basto 12/2018

Papa Francisco nega o dogma da Imaculada Conceição

Durante a audiência geral do passado dia 21 de dezembro, enquanto se referia ao presépio, o Santo Padre negou subtilmente a Imaculada Conceição de Maria.

Catecismo da Igreja Católica:

491. Ao longo dos séculos, a Igreja tomou consciência de que Maria, «cumulada de graça» por Deus (139), tinha sido redimida desde a sua conceição. É o que confessa o dogma da Imaculada Conceição, procla­mado em 1854 pelo Papa Pio IX:

«Por uma graça e favor singular de Deus omnipotente e em previsão dos méritos de Jesus Cristo, Salvador do género humano, a bem-aventurada Virgem Maria foi preservada intacta de toda a mancha do pecado original no primeiro instante da sua conceição» (140).

(In Vatican.va, 2018)

Basto 12/2018

Conclusão dos jornalistas para as acusações de Viganò: “Um raio de luz ilumina o Papa Francisco”

No final do mês de agosto, durante a sua viajem de regresso de Dublin, depois da participação no Encontro Mundial [pró-LGBT] das Famílias, o Santo Padre escusou-se a responder à questão de um jornalista que o confrontou com as graves acusações publicadas na declaração de D. Carlo Maria Viganò.

Eu acho que a declaração fala por si e vocês têm a capacidade jornalística suficiente para elaborar uma conclusão.

(Papa Francisco, 26/08/2018, in CNS – tradução livre)

A objetividade jornalística, sempre presente quando dá jeito, levou imediatamente alguma comunicação social a elaborar esta mística conclusão: “um raio de luz ilumina o Papa Francisco enquanto ele [não] responde à questão de um jornalista”.

As acusações – ainda hoje sem resposta – são graves e fundamentadas. No seu detalhado “Testemunho”, D. Carlo Maria Viganò acusou Francisco de ter protegido o cardeal homossexual e pedófilo D. Theodore McCarrick e de promover clérigos homossexualistas para cargos na Igreja. Face às acusações, um feixe de luz solar, que incidiu momentaneamente sobre a cruz peitoral de Francisco, serviu de sinal seráfico que dispensa qualquer resposta.

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In Catholic News Service, 26/08/2018 – tradução livre.

A publicação dos jesuítas chegou mesmo a publicar uma imagem de alta resolução, enfatizando, deste modo, a beatitude momento da não resposta do Santo Padre.

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In America (Publicação da Sociedade de Jesus nos EUA), 28/08/2018.

Uma foto de alta resolução que põe em evidência aquela coruja que ninguém quer ver…

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In America (Publicação da Sociedade de Jesus nos EUA), 28/08/2018.

Basto 12/2018

Frases que nos fazem pensar: Timothy Gordon

T.gordon.jpg“Penso que vocês disseram que há alguma coisa de errado com o Papa, eu diria que há muitíssimas coisas erradas com o Papa! Nós não devíamos aprender com o Santo Padre o que é coprofagia ou muitos dos conceitos a que ele tem feito referência…”

(Timothy Gordon, autor e docente de filosofia nos EUA)

Contexto da frase:

Resposta aos comentários de Taylor Marshall e Patrick Coffin a respeito do sinistro pontificado de Francisco, num debate online intitulado “Red Pilled on Pope Francis”; in Youtube, 21/11/2018 – tradução livre.

Basto 12/2018

Papa Francisco retratado numa gárgula da Catedral de Colónia

A imagem do Papa Francisco foi imortalizada numa gárgula da Catedral de Colónia, na Alemanha. Um trabalho da responsabilidade do mestre Peter Füssenich.

As gárgulas são elementos esculturais exteriores característicos da arquitetura religiosa medieval. Tradicionalmente, costumavam representar demónios e animais fantásticos.

Basto 11/2018

Papa Francisco: “testemunhar é romper um costume”

E isso – explica o Santo Padre – “atrai” pessoas “e faz a Igreja crescer”…

Talvez seja essa a razão pela qual o Santo Padre tanto se esforça por romper os costumes da Igreja Católica. É que, de facto, isso tem agradado às pessoas, dentro e fora da Igreja.

Basto 11/2018

Papa Francisco: Estamos habituados a insultar

Estará o Santo Padre a ponderar deixar de chamar rígidos, teimosos, ideólogos da doutrina, fascinados, batedores inquisitoriais, escribas, fariseus, fundamentalistas, narcisistas religiosos, múmias espirituais, fascinados, pelagianos, restauracionistas, teólogos iluminados, bispos de aeroporto, triunfalistas, viciados em certas modas, paganizados, prisioneiros das ideias, pequenos monstros, legalistas, heréticos, escravos da superficialidade, rigoristas, fanáticos e tantos outros nomes insultuosos, quando voltar a referir-se aos católicos que defendem a doutrina cristã de sempre?

Basto 10/2018

Cardeal Omella acredita que Francisco nos propõe “novos tipos de famílias”

O cardeal D. Juan José Omella, arcebispo de Barcelona, que anteriormente terá ficado escandalizado com a atitude de defesa do matrimónio e da família tradicional tomada pelos quatro cardeais dos dubia, exorta-nos agora a mostrar abertura perante o caminho dos “novos tipos de família” sugerido pelo Santo Padre.

novos.tipos.de.família

A sua declaração surgiu durante a conferência de imprensa realizada no Vaticano, na passada sexta-feira 12 de outubro, no âmbito do chamado Sínodo dos Jovens.

“Como pessoas maduras, não devemos ter medo de embarcar nesse novo caminho que o Papa nos indica. É um caminho que nos leva a novos tipos de famílias, novas relações familiares, e não devemos ter medo de nos abrir a isso.”

(D. Juan José Omella; in Catholic Sat, 13/10/2018 – tradução livre)

Esta posição vai ao encontro da manifestada pelo cardeal de Chicago, D. Blase Cupich, que deseja ver o reconhecimento de “outras formas de família” para além da única estabelecida por Deus.

Basto 10/2018

Santo Padre alerta para o perigo que vem dos que se mantêm firmes na Fé

Se os cristãos têm uma aparência de “perfeitos” e “rígidos” na defesa da doutrina católica, então devemos ter cuidado com eles…

Devemos confiar antes nos que revelam condutas erráticas e defendem doutrinas novas e diabólicas?

Basto 10/2018